Assassino de Campinas atirou sozinho, mas não inventou assassinato de mulheres sozinho, diz filósofa
Os primeiros minutos de 2017 ficaram marcados por um massacre que chocou o país. Em Campinas (SP), um homem invadiu a casa onde sua ex-mulher celebrava o Ano-Novo com a família e começou a atirar. Ela e mais 11 pessoas morreram, incluindo outras oito mulheres e o filho de ambos, de oito anos. Em seguida, ele se matou. Diante da atitude e da "justificativa" do assassino, muitos passaram a tratá-lo como psicopata e enxergaram o caso como algo "bizarro", desconectado da realidade. Mas, para a filósofa Márcia Tiburi, ele não cometeu o crime sozinho.
Especialista na questão de gênero e autora de livros como "As Mulheres e a Filosofia" e "Mulheres, Filosofia ou Coisas do Gênero", ela alerta para o papel da sociedade na barbárie. "Ele não inventou esse assassinato das mulheres sozinho. Ele pode ter atirado sozinho, mas o que ele fez é simbolicamente muito mais grave", afirmou ela à BBC Brasil.
"A culpa é de um sistema, de um imaginário de ódio às mulheres, que deixa os indivíduos descompensados."
Veja os principais trechos da entrevista de Márcia Tiburi clicando aqui
"A culpa é de um sistema, de um imaginário de ódio às mulheres, que deixa os indivíduos descompensados."
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