sexta-feira, 20 de abril de 2012

MUSEUS E MEMÓRIA: As histórias que contamos a nós próprios

Aos 11 anos, em visita a Constantinopla, fiquei surpreendida quando, devido a uma avaria no nosso carro, várias pessoas procuraram ajudar-nos e não desistiram nem nos atacaram quando souberam que éramos Gregos (era suposto odiarmo-nos mutuamente). Aos 12, fiquei chocada quando ouvi num documentário estrangeiro que Alexandre o Grande era um imperialista e assassino de povos (era suposto todos o admirarem e reconhecerem a sua grandeza). Aos 19, de novo na Turquia, em Smirna, fiquei perplexa quando um velho pescador, ao saber que éramos Gregos, começou a chorar e disse que era de Creta (mas não falava grego, como seria suposto). Nessa mesma viagem, chegando a Afyonkarahisar, senti-me desconcertada ao ver na praça central uma estátua que representava a luta entre um Turco e um Grego, este último caído no chão (era suposto os Gregos estarem sempre de pé). Aos 23, numa visita a um museu de história em Halifax na Inglaterra, fiquei indignada ao ver fotografias de combatentes da resistência cipriota contra os colonos britânicos onde eram referidos como “terroristas” (era suposto serem celebrados por todos como heróis).
Para ler o artigo completo de Maria Vlachou clique aqui

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