domingo, 29 de abril de 2012

ALBERT CAMUS: Os quatro pilares da imprensa livre

É certo que toda liberdade tem seus limites. É preciso, ainda, que eles sejam reconhecidos. Sobre os obstáculos que hoje são postos à liberdade de pensamento, aliás, já dissemos tudo o que foi possível dizer e diremos novamente, à saciedade, tudo o que nos será possível dizer.
Em particular, uma vez imposto o princípio da censura, jamais nos espantará o bastante ver que a reprodução de textos publicados na França e examinados pelos censores da metrópole seja proibida no Soir Républicain [jornal publicado em Argel, do qual Albert Camus era redator-chefe], por exemplo.
O fato de que, a esse respeito, um jornal dependa do humor ou da competência de um homem demonstra melhor do que qualquer outra coisa o grau de inconsciência a que chegamos. Um dos bons preceitos de uma filosofia digna desse nome é o de jamais se derramar em lamentações inúteis diante de um estado de fato, que não pode mais ser evitado.
A questão na França não é mais a de saber como preservar as liberdades da imprensa. É a de procurar saber como, diante da supressão dessas liberdades, um jornalista pode permanecer livre. O problema não interessa mais à coletividade. Ele diz respeito ao indivíduo.
Para ler o texto completo de Albert Camus clique aqui

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