quarta-feira, 7 de junho de 2023

O Assassinato de Alcindo Monteiro

 





Um jovem negro de 27 anos, num sábado à noite, caminha sozinho numa rua deserta de Lisboa. De repente, perante os seus olhos, aparece-lhe um grupo de bestas perigosas. Adivinhando-lhes as intenções, roda sobre os calcanhares e tenta fugir, invertendo a marcha. Cobardes, mas rápidos em movimentos, alguns elementos da matilha encurralam-no, agarram-no pelas costas, pregam-lhe uma rasteira. Para ler o texto de João Pedro George clique aqui

Para ler um excerto do livro “O império às costas: retornados, racismo e pós-colonialismo” clique aqui







 O si-mesmo como sujeito imperial Literatura colonial dos anos 1920: o caso de Moçambique - Introdução




Com este ensaio propõe-se um percurso que se quer exaustivo da literatura colonial portuguesa dos anos 1920 relativa a Moçambique. Numa primeira parte, são facultados dados contextuais e definidos conceitos operatórios de análise indispensáveis para se empreender o estudo das narrativas coloniais e do seu tempo histórico. São depois apresentados dados biográficos dos principais autores desse período, bem como as suas obras. A análise centra-se em seguida nos dois grandes vetores, geográfico e morfológico, de constituição e divisão dos sujeitos coloniais. A percepção morfológica do outro baseada num referencial geográfico encontra-se diretamente ligada às representações do pensamento racial português, desenvolvidas em larga medida a partir da mitologia ariana e do darwinismo social. Os textos em estudo mostram como as noções de «luta de raças» e de seleção das comunidades mais aptas contribuem para a elaboração de uma «estratégia da crueldade» e para o desencadear de fluxos de morte de grande intensidade. O duplo processo de desterritorialização das populações pelas conquistas e da sua reterritorialização com a transformação social do espaço pelo capitalismo colonial tem lugar num contexto político totalitário. A instauração da ditadura racial e a generalização do terror geram a redução dos colonizados a uma condição de servidão económica e sexual. O desejo colonial permite também a emergência de formas de hibridismo social ou cultural e o questionamento da autoridade discursiva, imediatamente contrariados pelo desenvolvimento de uma política de domesticidade colonial. Para ler o texto de João Manuel Neves clique aqui

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