"Intermezzo" - Carlos Loures
Intermezzo
A noite desce com brilho adamantino
acendendo candelabros, sóis distantes,
a lua com a sua luz branca é discreta
e deixa ver as estrelas cintilantes.
Reina a quietude doce, cristalina
da água pura, da esperança secreta:
– amanhã será um dia bom, pensamos.
O vento enfunará as velas, amanhã
nascerá o poema por que esperamos…
Como disse o poeta hubert juin,
a pior morte é “quando nos foge a esperança”.
Amanhã, pensa o poeta. A nave, serenamente, avança.
Carlos Loures
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