"Ritual do amor" - Maria Teresa Horta
Ritual do amor
II
Depois é a penumbra
E o vestido
A tirar pela cabeça
Amarrotado
As mãos abocanhando
O cimo do vestido
No desatino – na pressa
Que as invade
Acesa a carne
No ócio da tarde
Liberta enfim da seda do vestido
Que em vez de seda é sede
E é a tarde
Acesa enfim no corpo sem vestido.
Maria Teresa Horta
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