Não serei eu mulher? As mulheres negras e o feminismo
Quando era pequena, percebi que queria ser escritora. Desde jovem que os livros me proporcionavam visões de novos mundos, diferentes daquele que me era mais familiar. Os livros, como novas terras, estranhas e exóticas, traziam‑me aventura, novas maneiras de pensar e de ser. Acima de tudo, traziam‑me uma perspectiva diferente, que quase me obrigava a sair da minha zona de conforto. Deslumbrava‑me os livros serem capazes de dar outro ponto de vista, as palavras na página poderem transformar‑me e mudar‑me, mudar‑me as ideias. Nos meus anos de faculdade, o movimento feminista contemporâneo contestava os papéis definidos pelo sexismo, num apelo ao fim do patriarcado. Nesses dias inebriantes, emancipação feminina era o nome que se dava a esta nova e espantosa forma de pensar o gênero. Como eu nunca tinha sentido que havia lugar para mim nas noções sexistas tradicionais do que uma mulher deve ser e fazer, tinha vontade de participar na emancipação feminina, queria criar um espaço de liberdade para mim, para as mulheres que amava, para todas as mulheres.
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