As paixões exóticas da aristocracia portuguesa e os marchands d'art em 2018
Sabia que uma determinada África vai caber em Évora, mais especificamente, num palácio de família? O festival “Évora África” (só o nome é todo um programa) estende-se até 25 de agosto e inaugura hoje - dia de África - com uma festa VIP. A direção está a cargo de Alexandra de Cadaval, o lugar principal do evento é o Palácio dos Duques de Cadaval - que está a ser restaurado para receber o Festival-, e os curadores da exposição integrada no evento, African Passions, são André Magnin e Philippe Boutté que escolheram artistas representados pela sua própria galeria. Mas já lá vamos.
No momento de reflexão e de disputa de narrativas que vivemos, de questionamento sobre a história imperial portuguesa, no qual começam a cair por terra certos mitos empedernidos; após a já exangue contestação às representações e apropriações de uma ideia de “arte africana” e, sobretudo, numa altura em que quem de direito toma a palavra para falar por si e sobre si, este festival mostra-se anacrónico e com alguns problemas, tanto na retórica como nas práticas. Assim, pretendo com este pequeno texto acionar o sentido de alerta para sabermos responder ao que parece aqui veiculado no discurso e nas prioridades dos apoios em Portugal.
Para ler o texto completo de Marta Lança clique aqui
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