sexta-feira, 31 de março de 2017

JOSÉ DE SOUSA MIGUEL LOPES: Cinema de Moçambique no pós-independência: uma trajetória

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O cineasta moçambicano Ruy Guerra dirigindo o filme Mueda, Memória e Massacre (1979), uma reconstituição cinematográfica do Massacre de Mueda, um dos últimos episódios de resistência da história contra o colonialismo português antes do início da Guerra Colonial em 1964.  Este é considerado o primeiro longa-metragem de ficção de Moçambique.

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Esta cinematografia terá seu ponto forte na produção de documentários que tiveram o nome de Kuxa Kanema (literalmente “o nascimento do cinema”), filmes cujo objetivo era “registrar a imagem do povo e devolvê-la ao povo”.

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A cineasta moçambicana Isabel Noronha


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O Dockanema é o festival do documentário em Moçambique, que teve início em 2006 e ocorre de ano a ano durante um período de dez dias.

Inicialmente, e a partir de uma metodologia apoiada na pesquisa bibliográfica, abordaremos um momento importante na cinematografia moçambicana que foi a criação do Instituto Nacional de Cinema (INC) e suas motivações. Em seguida, e em decorrência desta criação, analisaremos como o governo moçambicano procurou atrair talentos de várias nacionalidades para poderem ajudar a colocar em prática uma cinematografia moçambicana. Está em marcha a busca de um novo cinema para, em alguma medida, descolonizar as mentes. Esta cinematografia terá seu ponto forte na produção de documentários que tiveram o nome de Kuxa Kanema (literalmente “o nascimento do cinema”), filmes cujo objetivo era “registrar a imagem do povo e devolvê-la ao povo”. Salientaremos a criação da Associação Moçambicana de Cineastas, a AMOCINE, cujo objetivo é o de revitalizar a produção cinematográfica no país. Analisaremos também a criação do festival internacional de documentários “Dockanema”, um dos momentos mais significativos da arte cinematográfica nacional. Finalmente, abordaremos alguns dos problemas com que se defronta a Sétima Arte em Moçambique e algumas sugestões que poderão, em alguma medida, contribuir para romper com alguns constrangimentos com que ela se depara.
Para ter acesso ao texto completo de José de Sousa Miguel Lopes clique aqui

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A história do cinema moçambicano confunde-se com Licínio de Azevedo, 62 anos, um repórter brasileiro que adaptou ao cinema a vontade de contar histórias, já com vários prêmios e louvores.

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É possível enxergar contornos definidos naquilo que, no campo dos estudos de cinema, chamamos de “cinema africano”? A expressão designaria, em caso afirmativo, a reunião dos filmes realizados em África ou um conjunto de filmes feitos por africanos, dentro e fora dos limites do continente africano? A que público se destina esse “cinema africano”? Qual seria sua relação com os corpus e os conceitos encobertos pela etiqueta “cinema mundial”? Como pensar, a partir de um leque abrangente de filmes africanos, a ideia de “africanidade(s)”, de identidade(s) africana(s) ou de identidade(s) cinematográfica(s) africana(s)? Impossível tentar responder a qualquer uma dessas interrogações sem aceitar o enfrentamento com um emaranhado de ambivalências e contradições.
Para ter acesso a todos os artigos do último número v. 5, n. 2 (2016) da revista Rebeca (Revista Brasileira de Cinema e Audiovisual) e ao seu extenso dossiê sobre o cinema africano clique aqui


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