JOSÉ DE SOUSA MIGUEL LOPES: Cinema de Moçambique no pós-independência: uma trajetória
O cineasta moçambicano Ruy Guerra dirigindo o filme Mueda, Memória e Massacre (1979), uma reconstituição cinematográfica do Massacre de Mueda, um dos últimos episódios de resistência da história contra o colonialismo português antes do início da Guerra Colonial em 1964. Este é considerado o primeiro longa-metragem de ficção de Moçambique.
Esta cinematografia terá seu ponto forte na
produção de documentários que tiveram o nome de Kuxa Kanema (literalmente “o nascimento do
cinema”), filmes cujo objetivo era “registrar a imagem do povo e devolvê-la ao povo”.
A cineasta moçambicana Isabel Noronha
O Dockanema é o festival do documentário em Moçambique, que teve início em 2006 e ocorre de ano a ano durante um período de dez dias.
Inicialmente, e
a partir de uma metodologia apoiada na pesquisa bibliográfica, abordaremos um
momento importante na cinematografia moçambicana que foi a criação do Instituto
Nacional de Cinema (INC) e suas motivações. Em seguida, e em decorrência desta
criação, analisaremos como o governo moçambicano procurou atrair talentos de
várias nacionalidades para poderem ajudar a colocar em prática uma
cinematografia moçambicana. Está em marcha a busca de um novo cinema para, em
alguma medida, descolonizar as mentes. Esta cinematografia terá seu ponto forte
na produção de documentários que tiveram o nome de Kuxa Kanema (literalmente “o
nascimento do cinema”), filmes cujo objetivo era “registrar a imagem do povo e
devolvê-la ao povo”. Salientaremos a criação da Associação Moçambicana de
Cineastas, a AMOCINE, cujo objetivo é o de revitalizar a produção
cinematográfica no país. Analisaremos também a criação do festival
internacional de documentários “Dockanema”, um dos momentos mais significativos
da arte cinematográfica nacional. Finalmente, abordaremos alguns dos problemas
com que se defronta a Sétima Arte em Moçambique e algumas sugestões que
poderão, em alguma medida, contribuir para romper com alguns constrangimentos
com que ela se depara.
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A história do cinema moçambicano
confunde-se com Licínio de Azevedo, 62 anos, um repórter brasileiro que adaptou
ao cinema a vontade de contar histórias, já com vários prêmios e louvores.
É possível
enxergar contornos definidos naquilo que, no campo dos estudos de cinema,
chamamos de “cinema africano”? A expressão designaria, em caso afirmativo, a
reunião dos filmes realizados em África ou um conjunto de filmes feitos por
africanos, dentro e fora dos limites do continente africano? A que público se
destina esse “cinema africano”? Qual seria sua relação com os corpus e os
conceitos encobertos pela etiqueta “cinema mundial”? Como pensar, a partir de
um leque abrangente de filmes africanos, a ideia de “africanidade(s)”, de
identidade(s) africana(s) ou de identidade(s) cinematográfica(s) africana(s)?
Impossível tentar responder a qualquer uma dessas interrogações sem aceitar o
enfrentamento com um emaranhado de ambivalências e contradições.
Para ter acesso
a todos os artigos do último número v. 5, n. 2
(2016) da revista Rebeca (Revista Brasileira de Cinema e Audiovisual) e ao seu
extenso dossiê sobre o cinema africano clique aqui
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