terça-feira, 14 de março de 2017

Casimiro de Brito - O último poema de “Música nua”

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O último poema de “Música nua” (escrito ontem)

Amo a tua taça
e na tua taça me sacio
e embriago. E amo-a tanto
que não suporto a ideia
de outro alguém
nela beber.

Amo a tua taça e amo-a tanto
que não me passa pelo desejo
em outra taça alguma beber.

Assim tu desejes
a minha boca e os meus líquidos
desejes como eu aos teus
e nada mais intenso tenho
para fazer.


Casimiro de Brito

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