Casimiro de Brito - O último poema de “Música nua”
Amo a tua taça
e na tua taça me sacio
e embriago. E amo-a tanto
que não suporto a ideia
de outro alguém
nela beber.
Amo a tua taça e amo-a tanto
que não me passa pelo desejo
em outra taça alguma beber.
Assim tu desejes
a minha boca e os meus líquidos
desejes como eu aos teus
e nada mais intenso tenho
para fazer.
Casimiro de Brito
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