Michael Löwy: A crítica romântica de Charles Dickens ao capitalismo
Embora fosse completamente
alheio às ideias socialistas, Charles Dickens era um dos autores favoritos de
Marx. Seu romance Tempos difíceis, publicado em 1854, contém uma expressão
excepcionalmente articulada da crítica romântica à sociedade
industrial. Não faz uma homenagem tão explícita às formas
pré-capitalistas, geralmente medievais, quanto a maioria dos românticos
ingleses – como Burke, Coleridge, Cobbett, Walter Scott, Carlyle (a quem Tempos difíceis é dedicado),
Ruskin e William Morris –, mas a referência aos valores morais do passado é um
componente essencial da atmosfera criada por ele. Por um paradoxo que é apenas
aparente, o refúgio desses valores aparece na forma de um circo, uma comunidade
um tanto arcaica, mas autenticamente humana – na qual as pessoas ainda têm um
“bom coração” e uma “atitude muito natural” – que se situa fora, e em franca
oposição, à sociedade burguesa “normal”.
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