sábado, 18 de julho de 2015

Nem Rosa Nem Azul


#NEM ROSA NEM AZUL

Rosa para as meninas, azul para os meninos. A prisão aos estereótipos de gênero começa antes mesmo da pessoa nascer e limita suas possibilidades de ação e expressão por toda a vida. Em pleno século XXI, apesar dos muitos avanços nas discussões e lutas sobre as questões de gênero, a maioria das pessoas nem questiona a obediência cega aos padrões masculino e feminino estandardizados de estilo e comportamento e ainda considera como aberração qualquer desvio desses padrões
No atual momento, um papel que permanece menos questionado é o do homem heterossexual. Apesar de ainda terem um longo caminho a percorrer na direção da igualdade, tolerância e até mesmo da transcendência das categorias de gênero, mulheres, homossexuais e trans já articularam a discussão em torno de sua identidade. Por sua posição “dominante” na estrutura patriarcalista, os homens hetero em geral nem se tocam que essa posição constitui uma jaula incrivelmente estreita que restringe completamente suas potencialidades. Qualquer traço associado ao padrão feminino é considerado um rebaixamento que põe à prova sua condição de homem. A manutenção cega desse pilar do patriarcalismo é prejudicial a homens e mulheres, por amputar da alma dos homens as maravilhas do universo restrito às mulheres e por consagrar uma visão de mundo em que tudo que é feminino é considerado inferior.
Essa visão de mundo é que também mantém forte a aceitação do papel padronizado das mulheres, apesar de todas as suas conquistas, e ainda resulta nas inúmeras formas de violência contra a mulher.
Antes de tudo somos seres humanos. Que cada um possa se vestir, sentir e agir como quiser, respeitando o mesmo direito dos outros. Que a gente possa caminhar para uma sociedade mais tolerante, em que cada um possa criar seu estilo e identidade com autonomia e liberdade, sem que isso seja ditado por um padrão associado ao seu sexo de nascimento ou a qualquer outra característica. Pelas infinitas possibilidades de criação e expressão!
EU NÃO NASCI DE ROSA, EU NÃO NASCI DE AZUL!

#NEM ROSA NEM AZUL é um movimento contra a intolerância e pelo questionamento dos estereótipos de gênero iniciado por artistas de Belo Horizonte. Como marco inicial, 28 artistas se reuniram para a gravação do videoclipe da canção tema do movimento, composta pelo Grupo Nem Secos, com produção de Luã Linhares. A campanha, coordenada pelo Nem Secos, Retalho Cult e La Otra, prevê ainda uma série de ações e eventos artísticos em prol da liberdade de construção da identidade de gênero e contra todas as formas de padronização.
FONTE: aqui
Para ver a interpretação de "EU NÃO NASCI DE ROSA, EU NÃO NASCI DE AZUL clique no vídeo aqui  

1 comentários:

Márcia 18 de julho de 2015 às 18:26  

O texto nos incita a uma reflexão bem realista principalmente quando pensamos na falsa "liberdade" de escolha que nos é imposta.
Você é livre na sua escolha desde que sua opção seja aquela pré estabelecida por uma sociedade totalmente corrompida a valores que muitas das vezes se confrontam com essa tal liberdade.
Podemos associar a veracidade dos fatos expostos a nossa própria Constituição Federal de 1988, onde em seu art 5° cita: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...
Art.XLI – a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;"
A lei irá punir qualquer ato discriminatório que atente contra os direitos e liberdades fundamentais. Pois bem, se somos livres nas nossas escolhas por que da criação de uma lei que venha a garantir o direito a essa "liberdade". A contradição a "falsa liberdade" se configura a partir da criação de leis para que se faça valer seus direitos. Desta feita podemos perceber o peso do azul e do rosa em nossas vidas.
Que a "educação e os movimentos sociais" consigam transmitir os conhecimentos necessários onde a reflexão desses fatos se façam presentes e que a partir desses o respeito à liberdade perpetue.

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