MÍDIA & CIÊNCIA: Uma caracterização histórica do darwinismo
Poucos assuntos científicos rivalizam com a biologia evolutiva em termos do grau de interesse que despertam entre leitores e o público em geral. Não é de estranhar, portanto, que os holofotes da mídia estejam constantemente voltados para temas e assuntos próprios dessa área – ver, por exemplo, o rol de matérias publicadas recentemente pelaeditoria de Ciência da Folha de S.Paulo. É preocupante perceber, no entanto, que boa parte do material produzido entre nós se caracteriza pelo tratamento superficial, pelo sensacionalismo ou pela elevada densidade de erros e mal-entendidos conceituais.
Tenho flagrado a ocorrência desses problemas em uma ampla variedade de obras, incluindo livros-textos, teses universitárias, artigos técnicos e de divulgação, além, claro, de uma grande quantidade de matérias e artigos publicados na mídia – ver, nesteObservatório, os artigos “Somos todos africanos“, “A hipótese do cozimento e a evolução humana“, “Quando a ausência não é uma falha“, “Considerações acerca do envelhecimento“ , “Nem sempre é culpa da mídia“ e “Com quantos ‘efes’ se escreve ‘evolução’?“ .
Em uma tentativa de organizar, equacionar e esclarecer alguns desses problemas, este artigo traça um esboço da história do darwinismo ao longo dos últimos 150 anos. Evitei, no entanto, indicar exemplos negativos. Ênfase é dada a três períodos históricos mais ou menos distintos, embora aqui frouxamente delimitados: o darwinismo primordial (1858-1889), o neodarwinismo (1892-1910) e a síntese evolutiva (1918-1950). Autores, obras e avanços que marcaram cada período são apresentados e resumidamente discutidos. Procurei minimizar o uso de jargão técnico, mas, em caso de dúvida, o leitor interessado no assunto deveria consultar algum livro-texto de biologia evolutiva (e.g., FREEMAN & HERRON 2009).
Para ler o texto completo de Felipe A. P. L. Costa clique aqui
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