sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

El País, decadência e arrogância

Demissões editoriais em massa, enquanto dirigentes ganham 1 milhão de dólares por mês e se aproximam dos grandes grupos empresariais europeus
O lançamento, na semana passada, da seção em português da edição de internet do jornal espanhol El Pais, elucida e ilustra, com clareza, a visão neocolonial e rasteira que continua dominando o comportamento dos espanhóis com relação ao Brasil — apesar da condição de crise e de extrema fragilidade que caracteriza a Espanha neste momento.
Sem entrar nos detalhes do regabofe promovido pelo Grupo Prisa em São Paulo, vale a pena analisar o fato, e o que se pode ler nas entrelinhas do evento e da publicação.
Controlado em pouco mais de 30% pela família Polanco, e com o restante do capital na mão de investidores e fundos internacionais — não espanhóis — o Grupo Prisa, que edita o El Pais, tem atravessado sucessivas crises nos últimos anos.
Em 2008, o valor de suas ações despencou 80%, o lucro diminuiu em 56%, foi preciso suspender o pagamento de dividendos aos acionistas e vender ativos imobiliários, entre os quais a própria sede do jornal El Pais, no valor de 300 milhões de euros, para fazer frente a compromissos.
Isso não impede, no entanto, que o Grupo Prisa seja conhecido tanto pelos altíssimos salários que paga aos seus executivos — Juan Luis Cebrian ganha mais de 1 milhão de euros por mês — quanto pelos problemas que tem com os sindicatos locais.
Os jornalistas do grupo têm ido às ruas protestar contra as frequentes ondas de demissões que varrem as redações de suas publicações e emissoras. A última, no mês passado, atingiu a revista ON Madrid.
Para ler o texto completo de Mauro Satayana clique aqui

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