terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A violência na escola e o papel dos educadores

 
A escola é uma das mais importantes instituições de controle social (Dewey, 2011), sendo responsável por ensinar e regular uma série de comportamentos que, juntamente com outras instituições, podem ou não garantir aquilo que entendemos por coesão social. Para Durkheim (1930/1999), a coesão social é uma ligação resultante da solidariedade entre as pessoas. A intensidade dessa solidariedade mede a ligação entre os indivíduos, variando segundo o modelo de organização de cada sociedade.
Assim, a escola não apenas reproduz as violências presentes na sociedade, já que não é uma cápsula fechada e isolada do mundo, mas, sendo uma instituição ativa, também produz violências. Essas violências podem ser encontradas em vários níveis: verbal, físico, psicológico e simbólico, como demonstrou Bourdieu (2005). Ele chama atenção para a violência que não é sentida por aqueles que a sofrem porque é invisibilizada, naturalizada. É a imposição de categorias de percepção do mundo social que são cultivadas nas classes dominantes e impostas sem questionamento a todas as outras classes. Essas categorias estão presentes na língua, nas artes e em qualquer outra estrutura capaz de moldar a forma de pensar e agir dos indivíduos. É violência porque é imposta e arbitrária. Essa violência é tipicamente encontrada na escola e praticada cotidianamente pelos professores, sem que estes saibam que estão sendo violentos e sem que os alunos percebam que estão sendo violentados.
Para ler o texto completo de Joyce Kelly Pescarolo & Pedro Rodolfo Bodê de Moraes clique aqui

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