E se Isabel dos Santos fosse inglesa?
Ainda hoje sou um fascinado pelo circo.
Desde o tempo dos Cardinali, dos Luftman que gosto de palhaços e de
ilusionistas. Rio-me sempre das velhas piadas dos palhaços, dos estalos
fingidos com um bater de palmas e sempre quis perceber os truques. Conheço o
princípio do ilusionismo: fazer o espetador olhar para o dedo enquanto o
ilusionista esconde ou faz aparecer o coelho, mas agora esforço-me para ver
para além da ponta do dedo. Sintoma de velhice. Continuam, no entanto, a
fascinar-me os crentes e os ilusionistas que os levam à certa. No circo, em
crianças, pagamos para ser iludidos, em velhos, encoirados, pagamos para ver os
outros a serem iludidos. Reflexões sobre as palhaçadas e os truques de
algibeira a propósito da questão da fortuna de Isabel dos Santos.
Para ler o texto de Carlos de Matos Gomes
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Isabel dos Santos na "era das colónias"
Com Luanda Leaks, a investigação de um consórcio internacional de jornalismo que envolveu 36 meios de comunicação (entre os quais o Expresso e a SIC), com 120 jornalistas de 20 países, completa-se o cerco inevitável a Isabel dos Santos. Inevitável porque o poder mudou em Angola. Entre 1992 e 2019, Isabel dos Santos e o seu marido, Sindika Dokolo, tiveram participações em 423 empresas (e respetivas subsidiárias), das quais 155 eram portuguesas e 99 angolanas. Excluindo as subsidiárias, são 192 empresas, espalhadas por 25 países, de que Isabel dos Santos e Sindika Dokolo são ou foram acionistas. Não se constrói um império destas dimensões, espalhado pelo mundo, sozinha.
Para ler o texto de Daniel Oliveira clique aqui
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