Autopografias - Peter Weiss em Auschwitz
É sabido como o conceito de pós-memória foi entrando progressivamente no discurso científico a partir da publicação da obra Family Frames, de Marianne Hirsch, em 1997. A reflexão sobre as dimensões transgeracionais do conceito de memória é, contudo, naturalmente, muito anterior à proposta de Hirsch. Em particular na literatura do Holocausto, a construção de uma “memória do não-vivido”, característica da atitude pós-memorial, constitui um modelo que pode ser abundantemente documentado e que, justamente pela força do paradigma da confrontação com o Holocausto para o conjunto dos estudos sobre violência, trauma e memória, merece uma atenção particular. Neste âmbito, o texto “Meine Ortschaft”, “A minha localidade”, do escritor alemão Peter Weiss, um ensaio relativamente pouco conhecido e ainda não traduzido para português, oferece-se como exemplo particularmente poderoso, pela articulação que leva a cabo entre memória e pós-memória e a sua inscrição no espaço da violência.
Para ler o texto completo de Antonio Sousa Ribeiro clique aqui
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