Donald Trump foi racista a vida inteira. Ele não vai mudar só por causa de Charlottesville
"O racismo é perverso", declarou Donald Trump na segunda-feira. “E os que agem violentamente em seu nome são criminosos e bandidos, inclusive o KKK, os neonazistas, os supremacistas brancos e demais grupos de ódio, todos repugnantes do ponto de vista do que nós, norte-americanos, mais valorizamos”.
Tudo bem, “declarou” é um verbo meio forte para qualificar o que fez o presidente dos Estados Unidos. “Afirmou” talvez seja melhor. “Leu” é o termo mais preciso. Trump fez essas “observações complementares” bastante a contragosto, depois de dois dias ouvindo duras críticas por parte da imprensa e de caciques do Partido Republicano em relação à sua declaração inicial, quando culpou “muitos lados” pela violência neonazista em Charlottesville, no estado da Virgínia. Essas não foram palavras dele. Foram redigidas por assessores e lidas com a ajuda de um teleprompter. O presidente preferiu deixar sua ira pessoal para o CEO negro da Merck, não para os fascistas brancos da Virgínia.
Boa parte da intensa cobertura da mídia para o que a CNN chamou de “48 horas de tumulto na Casa Branca” desconsiderou um ponto bastante crucial. Trump não gosta de ser forçado a denunciar o racismo por uma simples razão: ele é e sempre foi racista.
Para ler o texto completo de Mehdi Hasan clique aqui
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