sábado, 4 de fevereiro de 2017

Carla Rodrigues: "Luto e barbárie"


Um país é tanto mais democrático quanto menor for a desigualdade na distribuição do luto público. A violência de estado, essa com a qual nos deparamos todos os dias em maior ou menor medida, diz respeito não apenas à maneira como as pessoas morrem, mas também como são enlutadas. Esse é um resumo muito sintético da argumentação que a filósofa Judith Butler vem desenvolvendo na sua crítica à tortura, às prisões, e sobretudo ao modo como reconhecemos certas vidas com mais ou menos valor no momento em que são perdidas. O reconhecimento de que uma vida foi perdida seria a única forma de continuarmos vivos. Cerimônias fúnebres e rituais funerários são práticas que “têm por tarefa lembrar aos vivos de amanhã a existência dos mortos de ontem e de hoje”, para usar os termos de outra filósofa, Jeanne Marie Gagnebin
Para ler o texto completo de Carla Rodrigues clique aqui

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