segunda-feira, 31 de outubro de 2016

ELIANE BRUM: Ana Júlia e a palavra encarnada


O movimento de ocupação da escola pública tornou-se a principal resistência ao projeto não eleito e pode ser a pedra no caminho do PSDB em 2018. 

Para ler o texto de Eliane Brum clique aqui

A representatividade feminina no cinema

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Pense em personagens femininas no cinema. Agora tente se lembrar de alguma não estereotipada como frágil, indefesa ou sem controle emocional. E mesmo em torno da heroína há uma figura masculina ou uma história de amor envolvida. Isso é um reflexo do papel da mulher na industria cinematográfica, por ainda faltarem mulheres em cargos de liderança, as histórias contadas são superficiais, clichês e irreais. Ainda ansiamos por mais representatividade feminina no cinema e em tantas outras áreas.... 
Para ler o texto completo de Debora Delta clique aqui

O que nos diferencia não é o ateísmo - O Anticristo

Nietzsche

Não basta ser ateu para "matar" deus. Nietzsche tem outra perspectiva sobre a demolição de ídolos. Para ler o texto de Lucas Kuntz clique aqui

Valter Hugo Mãe: "A aventura maior da literatura é dizer o que até então estava sem nome"

Valter Hugo Mãe na Feira do Livro do Porto. Foto da Câmara Municipal do Porto

O escritor Valter Hugo Mãe está a comemorar o 20º aniversário da sua carreira literária. Em entrevista ao esquerda.net fala da força transformadora da arte e do futuro do país que deixou de estar aprisionado pelo discurso miserável da culpabilização do povo. 
Para ler sua entrevista clique aqui

Por que só o esforço individual não garante o sucesso


Ao comparar a evolução de renda de pessoas de diferentes classes nos EUA, economistas mostram que ascensão social é mais difícil para quem nasce com menos. 

Para ler o texto de Ana Freitas clique aqui

"Há cegueira da esquerda para entender a nova classe trabalhadora"


Para sociólogo, cresce politização da religião, mas vida prática, e não moral, é fator decisivo no voto. 

Para ler a entrevista de Roberto Dutra clique aqui

Destaque da semana: Estados Unidos - o Brasil é logo ali

Darren McGee/ Office of Governor Andrew Cuomo

Hillary Clinton foi condenada antes do processo sequer começar. No melhor estilo do 'sem provas, mas com convicção'. 

Para ler o texto de Flavio Aguiar clique aqui

domingo, 30 de outubro de 2016

José de Sousa Miguel Lopes - Livro "Cultura acústica e letramento em Moçambique: em busca de fundamentos antropológicos para uma educação intercultural"

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Prefácio

Este prefácio é fruto dos costumes do ofício; a José Miguel Lopes deveriam caber os exclusivos direitos de fazer o leitor compreender que as questões de escolarização e de letramento, que envolvem o povo de Moçambique, estão embebidas dos decisivos problemas que a modernidade impôs aos povos da periferia do mundo ocidental e cristão; portanto, a nós brasileiros também.
Por isso mesmo, a banca que avaliou a sua tese de doutorado, que agora vem a público, não sugeriu a publicação: demandou-a.
Miguel obriga a pensar sempre em questões nada fáceis e de respostas nada simples. Eles nos incita a pensar que não há uma linha reta a unir a difusão da leitura e escrita em sociedades como a moçambicana, e a partilha universal dos benefícios das culturas urbanas e tecnológicas. Porque a palavra escrita não carrega apenas os benefícios das belas-letras; ela pode ser, como mais das vezes tem sido, o algoz da “cultura acústica”, da memória, do fio do tempo de que cada membro de uma nova geração pode ser herdeiro e portador.
A mim, Miguel teve a sensibilidade de ajudar a apreender a tensão entre “cultura oral” e “cultura escrita” em toda a sua complexidade presenteando-me – em meio à elaboração deste trabalho – com a primeira novela de seu conterrâneo Mia Couto de uma série que eu mesma fui descobrindo e lendo afoitamente. Ambos testemunham o sofrimento dos que dependem dos escreventes para preservar uma cultura que só é possível pela oralidade.
José Miguel não é dado a românticas críticas à escola; por isso, o leitor não corre o risco de esbarrar, uma vez se quer, com fantasias milenaristas, regressos a tempos perdidos. Sua reflexão carrega todo o senso das incongruências, contradições, antinomias a que povos colonizados foram e são obrigados a enfrentar na luta pela libertação política: descartar-se da metrópole ao mesmo tempo que horizontes mais humanos de cultura vão sendo compostos.
O povo moçambicano ensaiou esses horizontes, e viu seus esboços de futuro borrados por protótipos culturais produzidos e reproduzidos por outras sociedades. Brasil é, nesse sentido, o verso e o reverso de Moçambique.
José Miguel fala de Moçambique como se lesse a palma da mão. Estava lá, entre as lideranças revolucionárias que lutaram por uma nova cultura e uma nova sociedade pautada em uma economia autônoma. Falando de Moçambique, contudo, ele abre seu pensamento para os universais problemas de inclusão social por via da escolarização.
Há de se atentar para a maestria com que Miguel maneja vastíssima e atualizada bibliografia em torno do seu foco central; sua destreza em rastrear diversas posições teóricas e interrogá-las à luz das condições concretas do seu país de origem, ao mesmo tempo que interroga aquelas condições com base na diversidade empírica fornecida pela bibliografia compulsada, confere universalidade à problemática moçambicana.
Assim, experimentado dirigente educacional em tempos revolucionários, Miguel dá provas de senhor dos ofícios acadêmicos do bem pensar. E não lhe parecendo ainda suficiente, faz da sua escrita ensejo de um tanto desmentir Ítalo Calvino: seu texto é a um só tempo leve e pesado; sombrio e iluminado; crítico e esperançoso.
Conheci Miguel por obra deliberada da sua então orientadora de mestrado, Lucíola Licínio de Castro Paixão Santos, que repetindo a generosidade de que sempre me dá provas, convidou-me para a banca de defesa da dissertação para que eu já me encantasse com Miguel e me armasse de coragem para ser sua futura orientadora de doutorado. Acho que Lucíola acertou em seu prognósticos: ganhei muito conhecendo-o. Os anos de convívio na PUC-SP foram mais do que suficientes para pavimentar uma amizade que, pelos meus prognósticos, será duradoura.
Torço para que muitos além de mim e da banca que aprovou este trabalho, com enfáticas recomendações para publicação, tenham a sorte de lê-lo. Assim como torço para que a presença de Miguel em nossos meios acadêmicos se torne definitiva.

Fevereiro de 2003.

Mirian Jorge Warde


O livro publicado em 2004 é resultado da tese de doutorado do autor, defendida em janeiro de 2000. 
Para ter acesso a algumas páginas (298 páginas), num total de 675 páginas clique aqui

"Back do black" de Amy Winehouse faz 10 anos. E nós recordamos todos os vídeos extraídos do álbum

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Há precisamente dez anos, Amy Winehouse lançava o seu segundo - e último - álbum, por conseguinte o seu mais aclamado: Back To Black, "casa" para temas como "Rehab" ou "Love Is A Losing Game".
Back To Black foi um sucesso tanto em termos de vendas, tendo chegado a disco de platina, como de crítica, permitindo à cantora britânica vencer o Grammy para Melhor Artista Pop Vocal. 
Para ler o texto completo e assistir aos seis vídeos do álbum clique aqui

Eleições: Dizer que religião e política não se discutem é sinal de covardia

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Sabe aquele mantra de que “religião e política não se discutem''? Então, é cascata – e das mais grossas. Coisa de covarde.
Pois é exatamente ao não discutir esses dois assuntos fundamentais do cotidiano que sacerdotes e políticos ou sacerdotes-políticos ganham liberdade para fazerem o que quiserem da vida alheia. 
Para ler o texto completo de Leonardo Sakamoto clique aqui

Reitor do MIT: "Não procuramos os alunos populares, e sim os diferentes"


Rafael Reif fala sobre como funciona a instituição que dirige, considerada a melhor do mundo. 

Para ler sua entrevista clique aqui  

"Teses sobre Feuerbach" - Karl Marx

Marx

Marx, nessa curta obra, analisa a filosofia de Feuerbach com as suas noções que fizeram nascer o materialismo-dialético, além da práxis revolucionária.
Para ler o texto completo de Henrique Filgueiras clique aqui

Pedro Rossi: 'PEC 241 é o desmonte do Estado social'

reprodução

Documento revela a falácia dos argumentos da austeridade imposta pelo governo ilegítimo e antinacional de Michel Temer. 

Para ler a entrevista de Pedro Rossi clique aqui

Guia eleitoral das políticas de Clinton na América Latina

wikimedia commons

Ouviu-se muito pouco sobre a América Latina nas primárias Democratas. Hillary Clinton acumulou um histórico profundo, tanto antes quanto durante seu tempo como secretária de Estado, o que é válido examinar com profundidade. 
Para ler o texto de Greg Gradin clique aqui

sábado, 29 de outubro de 2016

O hedonismo nas lentes de David LaChapelle

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Sorriso fluoxetina. Maquiagem opulente. Plástico intangível. Olhar de pornôpose. Cabelos embebidos em laquê. Personagens exibidos simulando o prazer. Pura performance.
LaChapelle esconde sua violência sob a máscara do sarcasmo. 
Para ler o texto completo de Bruna Regina Pietta Abrahão clique aqui

Nove pessoas mortas pela polícia por dia. E tem gente que acha pouco

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Policiais não são monstros alterados por radiação para serem insensíveis ao ser humano. Não é da natureza das pessoas que decidem vestir farda (por opção ou falta dela) tornarem-se violentas. Elas aprendem a agir assim.
No cotidiano da instituição a que pertencem (e sua natureza mal resolvida), na formação profissional que tiveram, na exploração diária como trabalhadores e na internalização de sua principal missão: manter a ordem (e o status quo) a qualquer preço. 
Para ler o texto completo de Leonardo Sakamoto clique aqui

Dia do Servidor Público: o único presente é a juventude #OcupaTudo

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Ontem, 28 de outubro “comemorou-se” o dia do servidor público. Nós, assim como as e os demais trabalhadores do Brasil, as estudantes, a juventude da periferia e todo o andar de baixo da sociedade brasileira, estamos sob ataque. Como se anunciava nos momentos anteriores à retirada ilegítima de Dilma Rousseff da Presidência da República, o que se seguiu àquilo foi a implementação de um governo golpista, montado com inúmeros quadros derrotados nas eleições de 2014 e que busca implementar às pressas um programa de desmonte do Estado e de transferência de renda dos setores mais pobres do país para os mais ricos. 
Para ler o texto completo de Rodrigo Santaella clique aqui

'Big data' revela autoria mista em peças de Shakespeare


Célebre dramaturgo recebeu ajuda para escrever 17 peças, inclusive de seu suposto arquirrival Christopher Marlowe; coautoria foi revelada em nova edição da obra do escritor inglês, baseada em pesquisa de dados complexos. 
Para ler o texto completo clique aqui

Dez passos para entender didaticamente como os bancos nos empurraram abismo abaixo


Em apenas dez passos você poderá entender claramente como os grandes bancos globais, os verdadeiros detentores do poder no capitalismo, estão empurraram o planeta e em especial 99% de sua população abismo abaixo. Eu achava que era coisa para economista com muitos anos de estudo, para experts. Mas, não -ainda bem! A leitura combinada de um entrevista e um artigo veiculados no Outras Palavras esclarece tudo. 
Para ler o texto completo de Mauro Lopes clique aqui

A charada de Aleppo e Mosul

Mosul antes da invasão do Iraque pelos EUA: uma cidade complexa, de 2 milhões de habitantes, que foi há 5 mil anos centro do Império Assírio
Mosul antes da invasão do Iraque pelos EUA: uma cidade complexa, de 2 milhões de habitantes, que foi há 5 mil anos centro do Império Assírio

Em duas cidades com milênios de História, na Síria e Iraque, duas coalizões distintas lutam contra o Estado Islâmico. Mas os Estados Unidos têm um Plano B diferente…
Para ler o texto de Pepe Escobar clique aqui

Sam Peckinpah ou uma forma cruel e compassiva de enxergar o mundo

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Peckinpah, todos sabem, marcou época e deixou muitos rastros. Mas poucos conseguem analisar seu cinema com a profundidade que ele supõe. Peguemos "The Wild Bunch" (Meu Ódio Será Sua Herança), por exemplo. 
Para ler o texto completo clique aqui

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Cinco fantásticos músicos argentinos

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CINCO FANTÁSTICOS MÚSICOS ARGENTINOS surgem como parte da explosão internacional do rock and roll. Como movimento artístico com a sua própria identidade nos meados dos anos 60, causada pela opressão militar, ideias da juventude, o ambiente intelectual e contracultura. 
Para ler o texto de Geraldo Costa clique aqui

Tudo e nada: a aposta do capital em Moçambique

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O artigo resume duas apostas econômicas para a redução da miséria em Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, mostrando a completa esquizofrenia entre elas: capital de um lado e trabalho do outro. Mas o capital ganhando sempre. 
Para ler o texto completo de Beluce Belucci clique aqui

Entre a desilusão e o possível reencantamento

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Por que o enorme número de votos em “ninguém”, nas eleições de 2016, pode ser ponto de partida para refletir sobre a necessidade de nova esquerda.
Para  ler o texto de Djalma Nery clique aqui

Sebastião Salgado prevê extinção da fotografia nas próximas décadas

São Paulo, 10.03.2014 - SP - Brasil - Sebastião Salgado - O fotógrafo Sebastião Salgado lança sua biografia o livro Da minha terra à Terra, escrita em parceria com Isabelle Francq. ( Foto: Bruno Poletti/Folhapress - FSP Mônica Bergamo )

Sebastião Salgado prevê extinção da fotografia nas próximas décadas

DA AFP - 28/10/2016  

Sebastião Salgado apareceu mancando e de muletas. O fotógrafo brasileiro rompeu o menisco em sua última viagem à Amazônia, onde retratou comunidades indígenas há três anos. Mas, vestido de gala para receber um prêmio, senta-se e dispara: "a fotografia está acabando".
Aos 72 anos, um dos melhores fotógrafos dos séculos 20 e 21 se sente tão desconectado da tecnologia, dos celulares e aplicativos como o Instagram quanto as tribos que está registrando nos últimos meses.
"Eu não sei nem ligar um computador", confessa com um sorriso.
O homem que imortalizou a pobreza e a natureza selvagem em todo o mundo continua trabalhando como fazia antes: com negativos e impressões, que revê e toca. Mas agora produz suas fotos com uma câmera digital.
"Eu me adaptei um pouco, como os dinossauros antes de morrer", brinca diante de um pequeno grupo de jornalistas na entrega do prêmio Personalidade, concedido pela Câmara de Comércio França-Brasil, no Rio de Janeiro.
Mas Sebastião Salgado não tem Instagram nem "nada" disso. "Eu não gosto. Sei que os jovens gostam, mas eu não consigo", diz.
Às vezes, explica ele com sua voz arrastada, olha o celular de seus sobrinhos e fica horrorizado ao ver como os aplicativos para compartilhar fotos acabam servindo para "exibir toda a sua vida, para que todos a vejam".
"Olha, às vezes tem fotos interessantes, mas para fotografar você tem que ter uma boa câmera com uma lente adaptada, tem que ter uma série de condições, a luz... não pode ser um processo automatizado", explica.
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IMAGEM X FOTOGRAFIA

Autor de livros antológicos, como "Trabalhadores" (1996), "Outras Américas" (1999), "Êxodos" (2000) e "Gênesis" (2013), Salgado acredita que a fotografia tem que passar pelo papel.
"A fotografia está acabando porque o que vemos no celular não é a fotografia. A fotografia precisa se materializar, precisa ser impressa, vista, tocada, como quando os pais faziam antes com os álbuns de fotos de seus filhos", afirma. "Estamos em um processo de eliminação da fotografia. Hoje temos imagens, mas não fotografias", insiste.
Salgado recorda como nas filmagens do documentário premiado sobre a sua vida, "O Sal da Terra" (2014), a câmera que Wim Wenders e seu filho utilizaram era a mesma que ele utilizava em seus trabalhos. "Uma câmera não é mais uma câmera 100% fotográfica", lamenta.
Filho de uma geração analógica e praticamente artesanal, o brasileiro se atreve a prever uma data de expiração para a fotografia: "Eu não acredito que a fotografia vá viver mais do que 20 ou 30 anos. Vamos passar para outra coisa".
Mas antes que sua profecia se cumpra, Salgado tenta contribuir com seu grão de areia. Sua mais recente obsessão: buscar as raízes de seu país nas comunidades indígenas da floresta amazônica para que os mais jovens se lembrem através de exposições em escolas e universidades.
"O Brasil é um dos poucos países do mundo que pode conviver com sua pré-história!", diz emocionado o artista, arqueando as espessas sobrancelhas brancas.
Embora por um tempo tenha ficado deprimido com o que via através das lentes e acreditasse que não havia esperança para o homem, Salgado seguiu adiante encontrando refúgio na natureza com o seu projeto ecológico Instituto Terra.
Agora, a meio caminho entre Paris e Brasil, está animado com a Amazônia. Nem sua idade, nem o menisco rompido conseguem pará-lo.
"Depois disso, não sei o que vou fazer". Salgado faz uma pausa e sorri: "Se o outro joelho não quebrar...". 
FONTE: Aqui

Última entrevista de João Lobo Antunes: '"O pessimismo é uma profecia que se cumpre"

CIÊNCIAS E LETRAS A vida do neurocirurgião estas preenchida pela letras e pela ciência em igual proporção


Para ler o texto de Luciana Leidrfarb clique aqui

A inspiração dos Panteras Negras, 50 anos depois

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Breve história do movimento antirracista que sacudiu os EUA nos anos 1960. Foi rebelde e popular porque enfrentava a polícia, promovia formação política inspirada no marxismo e praticava formas criativas de assistência social.
Para ler o texto de Augusto C. Buonicore clique aqui

Boaventura de Sousa Santos: “Somos todos anticapitalistas”

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Em seu novo livro, sociólogo afirma: lutas operárias já não podem libertar a sociedade; cabe à esquerda despertar múltiplos sujeitos que sistema quer manter inertes.
Para ler o texto de Boaventura de Sousa Santos clique aqui

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

"Poemanifesto dos afetos" - Luciana Tonelli

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"Poemanifesto dos afetos"

pela manifestança da vida em todas as suas mininfestações
esta é uma brigada de combate ao medo: contra o medo
séculos de medo que geram a célula ensimesmada sempre
refratária ao outro sempre enfraquecendo sua semente
de coragem por não ver nela lucro imediato garantias
imediatas sossego imediato. para longe lancemos para bem
longe o medo o mesmo medo que faz de um grupo de
pessoas seja lá qual for seu laço um enlace para a guerra
uma aliança isolada incapaz de qualquer construção
coletiva porque narcísica.

pela coragem do encontro com o outro qualquer que seja
esse outro contanto que potencialize a vida a vida a vida
a vida a vida.

aqui seguimos livres de culpa: livres da ancestral culpa
que nos imputam os fundamentalismos de direitas de
esquerdas de certezas enrijecidas sigamos livres de suas
máquinas de endurecimento a invadir nosso centro
a entulhar de compromissos nosso desejo. sigamos
resistindo às invasões sigamos livres das prisões do
pensamento sigamos atentos. aqui esvaziamos de poder
fascismos usurpadores de energia vital fomento de miséria
material e simbólica. aqui gargalhamos de todo e qualquer
dogma aqui celebramos a alegria a festa o fluxo da vida.

pela liberdade de escolher e fazer da forma mais atrapalhada
contanto que cedendo a um impulso de vida
de vida de vida de vida de vida.

se ainda há ira brademos contra a razão hipertrofiada
do patriarcado que há séculos ignora subestima submete
toda diferença todo desencaixe tudo o que não cabe em
sua planilha de orçamento a um pensamento de cimento
armado. raza razão logocêntrica a promover a disputa
por cada palmo de qualquer que seja o espaço a expedir
certificados para o inaceitável a intimidar a fala que não
nasce de seus formatos fechados. contra ingenuamente
contra como uma criança como um palhaço como um
louco e seu cão se manifestariam contra contra o jogo
de retóricas vazias e cheias de promessas facilmente
desmontáveis por crianças palhaços loucos e cães
movimentando apenas olhos e caudas.

pela palavra que surge inteira de nossos corpos fazendo
vibrar nossos pensamentos preenchendo-os de vida
de vida de vida de vida de vida.

se há desejo de vingança maquinemos nosso olhar frio
opaco irredutível olhar-bomba e o lancemos com frieza
de estrategista sobre o aparato político econômico
midiático que sustenta a farsa do capital e continua seu
trabalho de lobotomia: terroristas travestidos de estadistas
e vorazes capitalistas na pele de homens de carne e
sangue. sendo inócua nossa indignação contra a ganância
e o capital desprezo pela vida gritemos contra a burrice
a suprema burrice dos homens que fazem as guerras e
pensam em sair ilesos em seus helicópteros.

pela lucidez de enxergar onde é gestada a morte e manter
vivo em nossas mentes em nossos corações o desejo de
fortalecer a vida a vida a vida a vida a vida.

brindemos à saúde plena saúde livre de medos e culpas
saúde que traz em si a alegria e a amizade e o espanto
e a capacidade de se indignar perante o que parece inevitável
o que diz a lei o que dita o dito o que determina o
destino de uma civilização enferma. brindemos à saúde
das relações. que os corpos coletivos não sucumbam
perante disputas egoísmos pequenas mesquinharias que
se instalam em seus entres. que saibamos seguir adiante e
fazer a louvação quando a tristeza pesar no ventre. fazer a
louvação do que deve ser louvado.

pela poesia que se instala no cotidiano e inaugura novos
espaços de existência e irriga o pensamento e não deixa
que ele se enrijeça e intensifica a vivência do tempo e
lembra ao homem seus valores mais vitais. pela poesia
capaz de realizar a mais alta potência da arte: a reinvenção
da vida.

pela poesia utopia ativa no presente
pela revolução imanente

Luciana Tonelli | 19/10/2016

O cérebro adapta-se à desonestidade e a mentira cresce


Mentir várias vezes em benefício próprio vai diminuindo a reação do nosso cérebro à desonestidade. E, assim, mente-se cada vez mais. 
Para ler o texto completo de Andrea Cunha Freitas clique aqui

Cinema e temporalidade: O que você faria se controlasse o tempo?

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Uma lista com 25 filmes para viajar e perder-se no tempo e em seus infinitos desdobramentos. 
Para ler o texto completo de Luana Peres clique aqui

Gilmar quer ser o Bonaparte de um Brasil ancorado em dinamite social

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Ele ataca Moro e o Ministério Público que ameaçam seus amigos, mas seu alvo prioritário é sepultar a democracia social personificada em Lula. 

Para ler o texto completo de Saul Leblon clique aqui

Cultura Inútil: Honrados, dignos e virtuosos

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Cadê eles? Estão no governo? No Congresso? No Judiciário? Nas redações de jornais e revistas? Nas emissoras de rádio e TV? Nas igrejas?
Nesses lugares todos tem gente posando como se tivessem essas qualidades e exigindo-as dos outros.
Para ler o texto completo de Mouzar Benedito clique aqui

Doença mental e sociedade - Doença Mental e Psicologia

michel foucault

A sociedade é fato indiscutível na emergência da doença mental, afinal, a doença só pode ser tal coisa quando é classificada assim pela sociedade. Desta forma, para além da fenomenologia e da psicanálise, há outro viés necessário na empreitada foucaultiana. 
Para ler o texto completo de Vinicius Sequeira clique aqui

10 fotos que mostram a exuberância da vida selvagem em 2016


Para ver as fotos vencedoras da premiação 'Wildlife Photographer of The Year' que mostram os olhares mais criativos e geniais diante da natureza neste ano clique aqui

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Bob Dylan e sua nova expressão poética! Prêmio Nobel de Literatura 2016

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Robert Allen Zimmerman nasceu em Duluth em 24 de maio de 1941, nos Estados Unidos da América. É compositor, cantor, pintor, ator e escritor. Bob Dylan, torna-se o primeiro e único artista na história a ganhar, além do Prêmio Nobel, o Oscar, Grammy e o Globo de Ouro. 
Para ler o texto completo de Alfredo Passos clique aqui

A política espacial e o Tratado do Espaço

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A Política precede o Direito. As discussões, negociações e acordos políticos é que, na prática, engendram as leis, os códigos e os tratados, tanto no Direito Interno de cada país, quanto no Direito Internacional, do conjunto regional ou geral dos países. “Normalmente, a ‘política espacial’ descreve a estratégia de um país em relação a seu programa espacial civil e o uso militar e comercial do espaço exterior. 
Para ler o texto completo de  José Monserrat Filho clique aqui

Diplomacia e intervencionismo yankee na era das guerras intermináveis

The Independent

Os Estados Unidos estão no limite de consagrar a intervenção humanitária como princípio de sustentação da sua política externa? 

Para ler o texto completo de Conn Hallinan clique aqui

'O que parece estar ocorrendo na América Latina é a substituição da farda pela toga', diz jurista


'O que temos hoje no Brasil e na América Latina é a existência de um estado de exceção que governa com violência os territórios ocupados pela pobreza', afirma Pedro Serrano. 

Para ler sua entrevista clique aqui

Marta Pereira da Costa & Tara Tiba - "Moon"

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A guitarrista portuguesa Marta Pereira da Costa dá a conhecer “Moon” com a participação da cantora iraniana Tara Tiba. Um dos temas mais marcantes do álbum de estreia de Marta Pereira da Costa, este terceiro single junta duas mulheres que rompem as tradições musicais dos seus países. Para assistir à interpretação de “Moon” clique no vídeo aqui

"Um livro imprescindível!" | Frei Betto escreve sobre o "A difícil democracia", de Boaventura de Sousa Santos

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A esquerda precisa urgentemente se reinventar. E essa reinvenção passa necessariamente por uma reflexão profunda sobre os impasses da experiência democrática cujos sintomas despontam de maneira mais aguda no presente. É essa a tônica de A difícil democracia: reinventar as esquerdas, o novo livro do renomado sociólogo português Boaventura de Sousa Santos que acaba de chegar, quentíssimo, da gráfica aqui. A obra tem sua primeira publicação mundial no Brasil pela Boitempo e será debatida pelo autor em uma série de atividades na III Bienal do Livro e da Leitura, em Brasília, que acontece agora entre 21 e 30 de outubro de 2016, e tem Boaventura como Homenageado Internacional deste ano. 
Confira o texto de orelha do livro, escrito por Frei Betto clicando aqui

Daniel Sampaio: "A psiquiatria não me fez entender o amor mas tornou-me mais humano"


O rapaz sombrio fez 70 anos, saiu do Hospital de Santa Maria, a casa que durante 52 anos foi sua, e prepara-se para aprender a trabalhar sem equipa. Viveu para contar um percurso que quer que dure mais dez anos. Afinal, ainda há livros para escrever, jogos de futebol para ver e, sobretudo, netos com quem se rir. 

Para ler a entrevista de Daniel Sampaio clique aqui

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

ELIANE BRUM: "Mulheres, corpo e insurreição"

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Ao relacionar violência sexual e direitos reprodutivos com greve do trabalho, argentinas e polonesas atingiram muito mais do que parece. 

Para ler o texto completo de Eliane Brum clique aqui

"A maioria das universidades do mundo vai desaparecer"


Especialista em inovação e membro da Singularity University, a universidade do Vale do Silício, acredita que o diploma já não é útil. 

Para ler a entrevista de David Roberts clique aqui

Podemos dar o Nobel a Leonardo Cohen?


A pergunta tem razão de ser – a poesia melancólica de Cohen tem marcado gerações, mas o recém-lançado décimo quarto álbum de estúdio, “You want it darker”, relembra-nos da maestria do músico na hora de compor (e de dizer adeus, seja às suas mulheres, à religião ou aos fãs). Ele garante que está “pronto para morrer” no álbum que a Rolling Stone descreve como “o mais obscuro de Cohen”; quem o ouve tem a certeza de que a tristeza e as despedidas nunca soaram tão bem. 

Para ler o texto completo de Mariana Lima Cunha clique aqui

Seis dias para lutar pelo Rio de Janeiro

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Marcelo Freixo (PSOL)

Crivella é um homem perigoso. Quer ver as igrejas evangélicas presidirem ao Brasil e ao mundo.
Para ler o texto de Alexandra Lucas Coelho clique aqui

O que o cinema tem a dizer sobre tabu, preconceito, estereótipo, fetiche e a busca do amor?

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Cena do filme "A moça com a valise", de Valerio Zurlini


Alguns filmes deixam marcas na pele da alma e independente da nossa visão de mundo, algumas obras nos incomodam de uma maneira avassaladora e muitas vezes inexprimível. 
Para ler o texto completo de Sílvia Marques clique aqui

Carlo Ginzburg e a micro-história: 15 artigos e teses online

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Carlo Ginzburg é um dos historiadores mais importantes do século XX. Seu conceito de analisar uma sociedade em um escopo especifico, com base nos documentos e fontes, levando em conta os elementos da vida social, lhe coloca como um dos fundadores da micro-história junto com Giovanni Levi. 
Para ler o texto de Lucas Silva clique aqui

Quais os riscos de replicar estratégias de guerra para isolar epidemias como o zika e o ebola

Unidade é administrada pelos EUA

Ao classificar doenças como ‘ameaça à paz e à segurança internacionais’, Nações Unidas isolam e estigmatizam populações, desencorajando a notificação de novos casos, diz ao ‘Nexo’ Carina Vance, diretora de órgão de saúde da Unasul. 

Para ler o texto completo de João Paulo Charleaux clique aqui

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