MÍDIA & RELIGIÃO: A Rede Globo e os evangélicos
Artigo publicado na Folha de S.Paulo sobre um encontro entre líderes
evangélicos e o responsável por projetos especiais da Globo, Amauri Soares,
durante o qual esses líderes, incluindo o mais falante deles, Silas Malafaia,
solicitariam a criação de uma heroína evangélica em novela da emissora como
reparo à imagem negativa de personagens evangélicos, permite-nos analisar o fato
sob vários aspectos para não perpetuar o erro que posturas como a desses líderes
acabam reforçando: que os evangélicos precisam de bajulação para recuperar sua
autoestima, uma vez que sempre foram estigmatizados pela principal emissora de
TV do país.O principal aspecto, a meu ver, que traduz o erro de análise por parte dos pastores, é de fundo teológico: quem precisa da TV Globo, e demais emissoras, não são os evangélicos, e muito menos a sua mensagem, para reverter qualquer prejuízo que novelas e outros produtos dessas emissoras historicamente tenham imposto à religião evangélica.
Quem precisa das televisões são os líderes religiosos, cujo principal objetivo é o crescimento de seus impérios ministeriais iniciados de forma tímida, tendo ganhado a dimensão atual pela inserção de programas nas grades televisivas a um custo milionário, patrocinado pelos fiéis que adquirem os produtos ofertados durantes esses programas com a promessa de que, assim fazendo, os “parceiros” ministeriais ou mantenedores serão abençoados por Deus. A teologia da prosperidade, que permeia todos esses programas, criou um sistema autótrofo, ou seja, capaz de se sustentar a partir de elementos produzidos em seu interior, independentemente de fatores externos. Como isso é possível?
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