Fronteiras, hibridismo e mestiçagem e seus desdobramentos formativos
Neste trabalho começaremos por discutir os conceitos de fronteira,
hibridismo e mestiçagem, procurando realizar um esforço transdisciplinar, que
atravesse as fronteiras do saber, do pensar e do viver contemporâneo que contém
relações multiculturais, elementos diferentes que, ao entrarem em contato, se
misturam e configuram novas particularidades. Seguidamente, e privilegiando
alguns recortes temáticos, procuraremos incitar cinco autores de vários campos
do saber, - autores que designamos por “provocadores” - , ao diálogo com a
Educação. São intelectuais que trabalham temas da Filosofia (Michel Onfray), da
História (Jack Goody), da Ciência Política (Domenico Losurdo) e da Sociologia
(Zygmunt Bauman e Boaventura de Sousa Santos). Onfray procura olhar os
“estilhaços” acumulados sob o peso monumental da filosofia idealista que
ignorou os filósofos vencidos. Goody analisa o “roubo”, perpetrado pelo
Ocidente, das conquistas de outras culturas o que tem conduzido ao nacionalismo
estreito, à xenofobia e ao racismo. Losurdo desmantela as ideologias vigentes e
historicamente determinadas, justificadoras do domínio da modernidade
capitalista do Ocidente e de seu poder desmedido. Bauman embora faça referência
a um fato específico - o holocausto -, mostra-nos como sua reflexão pode (e
deve) ser aplicada aos conflitos do mundo de hoje no que consiste à (busca da)
compreensão da (ir) racionalidade humana. Santos desnuda o modo como as
epistemologias dominantes refletem os interesses dominantes — que, de modo mais
ou menos direto, são os do capitalismo global — se compreendendo, então, como é
tão difícil a luta por justiça social quanto à luta por justiça cognitiva.
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