Depois da eleição de Obama, é mais difícil falar sobre raça na América
Yonamine. Untitled, 2010. Cortesia Cristina Guerra Contemporary Art.
Quando Barack Obama reagiu à morte de Trayvon Martin, o jovem afro-americano abatido a tiro num condomínio privado da Florida por um vigilante nocturno em Fevereiro deste ano, os jornalistas que cobrem a Casa Branca andavam há cinco dias a tentar obter um comentário do Presidente americano sobre um caso que ganhara a dimensão de uma tragédia nacional.
A intervenção de Obama não podia ter sido mais moderada. Ele falou sobre o caso de uma forma pessoal, dizendo que “se tivesse um filho, ele seria parecido com Trayvon”. Obama não convocou uma conferência de imprensa nem voluntariou a sua opinião. O seu comentário foi uma resposta a uma pergunta (a única pergunta) que os jornalistas puderam fazer na primeira oportunidade que tiveram de se encontrar frente a frente com o Presidente – durante o anúncio da nomeação do novo presidente do Banco Mundial.
Antes de Obama pronunciar-se sobre Trayvon Martin, a condenação do caso transcendeu divisões partidárias e os apelos a uma investigação séria e credível sobre os acontecimentos foram consensuais. Depois de Obama ter falado, tornou-se um tema radioactivo.
Para ler o texto completo de Kathleen Gomes clique aqui
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