TINTIM: A reportagem do racismo
Tintim está na mídia. Mas não pelo filme que virá dirigido por Steven Spielberg. Um dos álbuns – Tintin au Congo – de autoria de Hergé está no banco dos réus. O herói nacional enfrenta o julgamento no país que o criou, a Bélgica. E o poder para tamanho questionamento vem de Bienvenu Mbutu Mondondo. Nascido em 1968, o autor do processo foi uma criança que leu a obra no Congo, o país colonizado pelos belgas e retratado nessa história.
A circunstância interessa à sociedade brasileira que acabou de refletir acerca de um caso bastante semelhante envolvendo obra juvenil de autor ícone e educação antiracista. Embora poucas matérias por aqui arrisquem opiniões, silêncio este que não significa neutralidade. E, antes que estas sobreponham ao episódio, o estilo do autor, as linhas do brilhante desenhista, ou transformem o africano proponente da ação num imbecil a ser zombado por sua atitude de se indignar sob a alegação do saco cheio pelo politicamente correto e até retomar o direito à liberdade de expressão versus a censura, vale sairmos do ralo.
As imagens de África que circularam para leitores juvenis d´outros tempos fizeram parte de uma rede simbólica a atingir diretamente a percepção não apenas da vida africana de outrora. Muitas delas permanecem ativadas no histórico das identidades espelhadas nessa descendência. Embora expressões artísticas do passado, o texto escrito ou ilustrado foi difusor de argumentos culturais e fonte de crenças e a elas valorizações e desvalorizações que ainda repercutem como camadas assentadas para o imaginário coletivo. Para ler o artigo completo de Heloisa Pires de Lima clique aqui...
A circunstância interessa à sociedade brasileira que acabou de refletir acerca de um caso bastante semelhante envolvendo obra juvenil de autor ícone e educação antiracista. Embora poucas matérias por aqui arrisquem opiniões, silêncio este que não significa neutralidade. E, antes que estas sobreponham ao episódio, o estilo do autor, as linhas do brilhante desenhista, ou transformem o africano proponente da ação num imbecil a ser zombado por sua atitude de se indignar sob a alegação do saco cheio pelo politicamente correto e até retomar o direito à liberdade de expressão versus a censura, vale sairmos do ralo.
As imagens de África que circularam para leitores juvenis d´outros tempos fizeram parte de uma rede simbólica a atingir diretamente a percepção não apenas da vida africana de outrora. Muitas delas permanecem ativadas no histórico das identidades espelhadas nessa descendência. Embora expressões artísticas do passado, o texto escrito ou ilustrado foi difusor de argumentos culturais e fonte de crenças e a elas valorizações e desvalorizações que ainda repercutem como camadas assentadas para o imaginário coletivo. Para ler o artigo completo de Heloisa Pires de Lima clique aqui...
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