"Amo. Dou o que tenho..." - Casimiro de Brito
e quanto não tenho dou. Amar
é um ato feminino: quem ama
abre as suas portas. Quem ama
desdobra-se
em casas e mares: um palácio
em que tudo são entradas — um mar
que não cessa de cantar. Amar
é um modo de vida, uma queda
que nos revela o chão
mais glorioso. Um cruzar de pés
e de corações. Uma respiração líquida
que torna quem ama num animal
feliz. Quem ama
é possuído
pela coisa amada — e não há
mais nada.
Casimiro de Brito
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