Género e perda emocional profunda na velhice
A perda do cônjuge na velhice tem um profundo impacto na vida e no bem-estar da
pessoa idosa, uma vez que cria uma série de discrepâncias entre o mundo que se conhecia e
aquele que passa a existir. Este aspeto é ainda mais marcante se, a par da viuvez, o/a enlutado/a
se vê também desapossado do seu lar, numa institucionalização que acentua a sua desestruturação
identitária. Neste contexto de viuvez e de institucionalização permanente, a significação
que a pessoa idosa atribui à perda, e a sua capacidade de (re)construção da práxis quotidiana,
encontra-se intimamente relacionada com condições críticas que favorecem um perfil de maior
ou menor capacidade de superar o luto. De entre as várias condições críticas destaca-se o gênero,
enquanto principal elemento diferenciador de comportamentos nos processos de adaptação
às perdas. A partir destes pressupostos, este artigo apresenta-se estruturado em duas partes
fundamentais: num primeiro momento faremos um enquadramento teórico, focando os aspetos
mais marcantes do luto na velhice e do papel da institucionalização neste contexto de perda
emocional profunda; num segundo momento, apresentaremos, analisaremos e discutiremos os
resultados obtidos numa investigação qualitativa produzida no âmbito do Programa Doutoral
em Estudos Culturais.
Para ler o texto completo de Jenny Sousa & Maria Manuel Baptista clique aqui
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