SOCIEDADE DE DISCIPLINA: Uma breve análise à luz de Foucault
Uma das afirmações bastante difundidas no Brasil atual diz respeito ao vício
da impunidade, sempre associado aos percalços da violência, da corrupção e ao
funcionamento dito ineficaz do Estado. Os desvios encontrados neste país seriam,
tanto para alguns representantes dos meios de comunicação quanto para
determinados grupos sociais, frutos da percepção de que nada acontece para
aqueles que burlam as leis e as condutas consideradas adequadas na convivência
cotidiana. Os desesperados bradam em uníssono: pena de morte aos vagabundos!
Sem desconsiderar a relevância de tais sentenças (com exceção da última, fora de cogitação para quem vos escreve), contanto que deixemos claro que os fenômenos sociais não possuem causas únicas no que concerne às suas querelas, pretendemos aprofundar a reflexão acerca das questões supracitadas. De fato, a trajetória das sociedades ocidentais nos últimos séculos conformou uma tendência a naturalizar as decorrências de relações sociais construídas historicamente por agentes sociais protagonistas das situações que, portanto, nada carregam de naturais, objetivas ou imutáveis. É imperativo enfatizar isso, no intuito de evidenciar nossa concepção de que conviver com a impunidade não simula um fator intrínseco ao povo brasileiro, sejam quais forem os argumentos desferidos em favor dessa posição.
Na medida em que entendemos as sociedades contemporâneas sob o prisma da complexidade, apresentaremos, na tentativa de buscar as suas características, algumas das abordagens centrais de Michel Foucault relacionadas à punição, controle e disciplina. Por intermédio das colocações do pensador francês, ofereceremos subsídios para problematizar as relações sociais da contemporaneidade, indo além de respostas fechadas, como a ideia de impunidade – e suas contrapartidas, conectadas aos projetos de punições severas por excelência – sugere em diversos momentos. Para ler o texto completo de Bernardo Caprara clique aqui
Sem desconsiderar a relevância de tais sentenças (com exceção da última, fora de cogitação para quem vos escreve), contanto que deixemos claro que os fenômenos sociais não possuem causas únicas no que concerne às suas querelas, pretendemos aprofundar a reflexão acerca das questões supracitadas. De fato, a trajetória das sociedades ocidentais nos últimos séculos conformou uma tendência a naturalizar as decorrências de relações sociais construídas historicamente por agentes sociais protagonistas das situações que, portanto, nada carregam de naturais, objetivas ou imutáveis. É imperativo enfatizar isso, no intuito de evidenciar nossa concepção de que conviver com a impunidade não simula um fator intrínseco ao povo brasileiro, sejam quais forem os argumentos desferidos em favor dessa posição.
Na medida em que entendemos as sociedades contemporâneas sob o prisma da complexidade, apresentaremos, na tentativa de buscar as suas características, algumas das abordagens centrais de Michel Foucault relacionadas à punição, controle e disciplina. Por intermédio das colocações do pensador francês, ofereceremos subsídios para problematizar as relações sociais da contemporaneidade, indo além de respostas fechadas, como a ideia de impunidade – e suas contrapartidas, conectadas aos projetos de punições severas por excelência – sugere em diversos momentos. Para ler o texto completo de Bernardo Caprara clique aqui
0 comentários:
Postar um comentário