quarta-feira, 3 de julho de 2024

"​​​​​​​Amar você é coisa de minutos" - Paulo Leminski

 



Amar você é coisa de minutos


Amar você é coisa de minutos


A morte é menos que teu beijo


Tão bom ser teu que sou


Eu a teus pés derramado


Pouco resta do que fui


De ti depende ser bom ou ruim

 
Serei o que achares conveniente


Serei para ti mais que um cão


Uma sombra que te aquece


Um deus que não esquece


Um servo que não diz não


Morto teu pai serei teu irmão


Direi os versos que quiseres


Esquecerei todas as mulheres


Serei tanto e tudo e todos


Vais ter nojo de eu ser isso


E estarei a teu serviço


Enquanto durar meu corpo


Enquanto me correr nas veias


O rio vermelho que se inflama


Ao ver teu rosto feito tocha


Serei teu rei teu pão tua coisa tua rocha


Sim, eu estarei aqui




Paulo Leminski



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do vento" do autor do blog clique aqui

Brasil: contra ou a favor do genocídio palestino cometido por Israel?


Apesar de condenar ações de Israel, país segue fazendo negócios com empresas envolvidas na matança. Para ler o documento "Stop the Wall" da autoria da Campanha Palestina contra o Muro do Apartheid clique aqui































Sobre Ajuda e Guerra – Como Israel usou a fome para subjugar os palestinos

 




A ajuda humanitária nunca deve ser politizada, embora, muitas vezes, a própria sobrevivência das nações seja usada como moeda de troca política. Infelizmente, Gaza continua sendo um exemplo primordial. Mesmo antes da guerra atual, a Faixa de Gaza sofreu sob um bloqueio hermético de 17 anos, o que tornou a área empobrecida virtualmente "inabitável". Para ler o texto de Ramzy Baroud clique aqui


Rula Jamal: O embargo de carvão da Colômbia contra Israel é um exemplo a ser seguido


Emilie El Khoury: Hezbollah brandindo drones para impedir uma guerra com Israel


Juan Cole: Tornando o Mar Vermelho ainda mais vermelho


José Goulão: Brincar à paz num ritual de morte


Gary Gerstle: A ordem neoliberal está ruindo. O que virá depois depende de nós


Seth Ferris - “Ser Shanghaied” no braço ucraniano: Tirando o melhor proveito de uma situação ruim!


Stephen Bryen: A guerra na Ucrânia terminará em rendição


Lucas Leiroz - Eurásia contra a OTAN: Rússia lidera a criação do Pacto Militar Multipolar


Viktor Goncharov: O fracasso da política dos EUA na África


Chris Hedges: Campanha de Craig Murray Contra o Império


Joaquin Flores - O Imperador não tem mente: A “derrubada” roteirizada de Biden


Kayla Carman - Eleição! Temporada 60: Tramas implausíveis e distrações dramáticas


Akela Lacy: Partido Democrata manobra para manter candidatura de Biden nos EUA


Josué Medeiros - França: As lições de esperança da Nova Frente Popular


David Broder: Emmanuel Macron entregou a vitória para a extrema direita


Fabio Querido: Diário de Paris (II)


Martin Jay: UE sua frio com triunfo de Le Pen


Simon Chege Ndiritu: Rastreando os autointitulados 'democratas' do G7 até seus países


Pablo Stefanoni: Até onde pode ir a extrema direita francesa?


Uma direita mascarada, mas extrema”. Entrevista com Jean-Marie Colombani, ex-diretor do Le Monde


Tarik Bouafia - França: da rebelião nas periferias à ameaça fascista


Edwin F. Ackerman: México de novo rebelde?


Edwin F. Ackerman: Como o Morena transformou a política anticorrupção em política de classe


Gabriel Honrada: O crescente apetite da China por uma luta espacial com os EUA


Chip Gibbons: Julian Assange está livre, mas a justiça não foi feita


Vladimiro Zagrebelsky: Um processo que silenciou o jornalismo investigativo


Claudio Katz: Javier Milei – seis meses de agressão, caos e resistência


Antonella Mariani -  As incansáveis apagadas: Afeganistão, uma cúpula sem mulheres


Sam Pizzigati: Uma receita prática para taxar os mais ricos do mundo


Nuno Ribeiro & Conan Osiris: "Rosa"

 




Para assistir à interpretação de "Rosa" nas vozes de Nuno Ribeiro & Conan Osiris clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema






Depois da Chuva”, de Cláudio Marques e Marília Hughes




Depois da Chuva” (2013), longa de estreia dos cineastas Cláudio Marques e Marília Hughes, é um filme que não busca se exceder em sua mensagem. São enxutos 90 minutos de uma história onde a tragicidade e a desesperança refletem o tom de uma época na qual estes dois elementos tomaram lugar de qualquer bom sentimento de fé que seus personagens pudessem ter em suas vidas. É um filme que não busca dar ao espectador uma redenção antes dos créditos finais subirem. Ao final, torna-se um trabalho questionador que oferece ao seu público a oportunidade de refletir sobre o Brasil de modo seco, sem discursos hipócritas ou falsa retórica. É um trabalho cujo teor político apresenta perguntas simples que, se respondidas de modo satisfatório na época em se passa sua história, talvez esses 30 anos que a separam do momento em que a revisitamos tivessem feito alguma diferença significativa para o país. Para ler o texto de João Paulo Barreto clique aqui









Nazismo de ontem, perigo de hoje




Mais que oportuna é a estreia da série "Hitler e o Nazismo: Começo, Meio e Fim", de Joe Berlinger, em seis episódios de uma hora cada um, bem produzidos e envolventes, lançada este mês no streaming. Mesmo não se constituindo arte cinematográfica, é uma série do modelo audiovisual que deve ser considerada neste momento, apesar do tema histórico visitado e revisitado milhares de vezes. Não só pela qualidade da sua montagem e produção, mas por ser tão atual nesse tenso momento em que se vive internamente e no mundo, e pela linguagem visual, formal, atraente e pedagógica. É uma série a ser vista pelos mais idosos, para alguns que se esqueceram do que foi vivido e do quanto custou ao mundo, nos anos 30/40, a guerra genocida nazista. Uma série que deve ser conhecida também pelas novas gerações, estudantes e jovens em geral. Para ler o texto de Léa Maria Aarão Reis clique aqui




O sol na cabeça de Lô



O documentário "Nada Será como Antes", sobre o Clube da Esquina, se complementa gostosamente com esse perfil de um dos antigos garotos de Belo Horizonte. Lô Borges trouxe ao Clube um toque de rock e um punhado de canções inesquecíveis letradas pelo irmão Marcio Borges. Depois do auge na década de 1970, ficou um pouco na sombra para a maior parte do público. No entanto, nunca parou de compor e gravar. Com seu jeito brincalhão e bonachão, ele diz que não se importa muito com a repercussão no presente. Confia, talvez, na posteridade. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui


HUMOR - Porta do armário & Torneira quente




Começa assim: você ajuda um cara na academia e começam a conversar sobre pré-treino. Depois de uns dias você até admite que o novo amigo é "boa-pinta" e usa frases como "o mano se cuida" e "tá com um shape maneiro". No vestiário, um manja a rola do outro, normal, coisa de garotos. Eventualmente vocês saem juntos para jantar com suas respectivas namoradas. Elas se dão super bem. Em pouco tempo vocês já estão fazendo um churras numa casa em Maricá que é do tio desse seu amigo. E nesse fim de semana, por acaso, você acorda de madrugada, vai até a varanda e despretensiosamente dá uma mamada nele. Afinal, vocês são muito mais que amigos. São brothers. Divirta-se clicando aqui

 





O melhor macete é colocar o chuveiro na posição Morno, girar a torneira três vezes e esperar a água ficar exatamente da temperatura das suas lágrimas. Não precisa desligar o chuveiro entre as passadas de shampoo e arriscar perder o ponto da água, a gente entende que você quer salvar o meio-ambiente mas não vai ser seu banho que vai piorar o que já foi detonado pelos jatinhos dos bilionários. Pronto, agora pode chorar mais. Divirta-se clicando aqui


Reflexões sobre o tempo presente

 





Conheça seu novo chefe robô



Muitos se preocupam que a inteligência artificial (IA) e os robôs substituam os trabalhadores. Mas pouca atenção é dada ao uso crescente de sistemas algorítmicos para gerenciar trabalhadores — criando ambientes de trabalho cada vez mais autoritários e exploradores. Para ler o texto de Craig Gent clique aqui







É hora de recuperar o tempo




Nas últimas décadas, a digitalização não libertou o nosso tempo. Pelo contrário, agora que estamos sempre conectados, o trabalho invadiu ainda mais a esfera privada. Neste sentido, o fato de recuperar um tempo que não se preocupa com os lucros ou as perdas, com a produtividade ou a eficiência, não é apenas um ato subversivo mas também uma necessidade” afirma Marie-Monique Franssen. Para ler seu texto clique aqui







A sociedade do ressentimento




"O ressentimento põe fim à esperança numa sociedade mais justa", escreve Boaventura de Sousa Santos. Para ler seu texto clique aqui


segunda-feira, 1 de julho de 2024

"carpo, metacarpo e dedos" - Maria do Rosário Pedreira


 


carpo, metacarpo e dedos




Se vieres por mim, não levantes a mão


para me chamar – na casa onde nasci,


a minha mãe contava as dores pelos


dedos do meu pai e dizia que levantar


era desculpa de quem vinha com


a doença do amor. A minha mãe – um


anjo – já lá vai. Mas tu, se vens por mim,


deixa as nuvens lá fora e não tragas o


vento para dentro de casa: o vento levanta


poeiras muito antigas e descobre pecados


onde não estavam; e atrás dos pecados




vêm perguntas feias, e gritos, e logo as


mãos – no peito, no rosto – e tantas dores.


A minha irmã – um anjo – contava-to


melhor. Mas já não está. Agora estamos




só tu e eu, e não sei onde estamos; mas, se


vieste por mim, chama-me calado no teu


coração – tão longe do mundo é esta casa


e eu ainda oiço às vezes tambores na noite:



batem talvez na morte os dedos do meu pai.




Maria do Rosário Pedreira



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do vento" do autor do blog clique aqui


O Brasil e o genocídio na Faixa de Gaza




O Brasil, apesar dos acenos positivos para cessar o massacre em Gaza, segue tendo um papel essencial em manter funcionando a máquina genocida de Israel. Para ler o texto de Maren Mantovani clique aqui 


 Fernando Lionel Quiroga: Brasil – sociedade autoritária


Da história à prática: os legados da Ciência & Cultura


Guilherme Arruda - Reforma Psiquiátrica: um novo lugar social para a loucura


Oscar Valporto: O Comando Vermelho e os marqueteiros da morte


Ricardo Nêggo Tom: O capacitismo político de Lula e a ausência de mulheres e negros no governo


Thais Carrança: Os 8 grupos mais privilegiados do serviço público no Brasil, segundo novo livro


Bruna Frascolla: A monetização do YouTube coloca em risco a soberania brasileira


Arthur Moura - Espionagem, Polícia Política, Censura e Propaganda: os pilares básicos da repressão


Informática na educação: teoria & prática v. 27, n. 1 (2024)


Plano israelense para impedir um estado palestino

 





O plano para roubar a Cisjordânia é totalmente apoiado por Netanyahu e constitui a base para a atual coligação extremista judaica de direita manter Netanyahu no poder e fora da prisão. Para ler o texto de Steven Sahiounie clique aqui



















































Sting & Stevie Wonder: "Fragile"

 




Para assistir à interpretação de "Fragile" nas vozes de Sting & Stevie Wonder clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema

 





 "Kokomo City: A Noite Trans de Nova York"



O retrato nu e cru da vida de quatro mulheres trans trabalhadoras do sexo, confrontando sua dicotomia com a comunidade negra. Para ler o texto de Alan Alves clique aqui







O quilombo das cross-dressers nos anos de chumbo



Em 1970, no auge da ditadura civil-militar, um casarão colonial de passado escravagista serve de quilombo para outro tipo de escravização. Homens insatisfeitos com sua “prisão” masculina se hospedam ali para viver fantasias femininas como cross-dressers. Observam uma série de regras como só circular “montadas”, não falar sobre suas vidas exteriores, nem praticar sexo. Trata-se apenas de viver personagens como uma famosa atriz de Hollywood, uma corretora de imóveis de luxo ou uma Primeira Dama. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







O Tempo, trabalho e melodia em "Soma das Partes": falando com o realizador Edgar Ferreira



Seis décadas, sessenta minutos de filme, é o que se resume a esta composição documental que se dá pelo nome de “Soma das Partes”, um projeto que vénia faz ao percurso histórico da Orquestra Gulbenkian, salientado as suas importâncias sociais, políticas e artísticas. Um trabalho informativamente rico, integrado por dezenas de entrevistados, solistas, maestros, todos juntos com batutas e instrumentos na mão, sonorizando este “tic-tac” - da sua fundação em 1962 por Madalena Perdigão, até à nossa contemporaneidade -, numa pauta de imagens de arquivo e performances em forma de brilharete, um aperitivo para todos aqueles que estão alheios a este universo, e que mesmo assim musicado para todos os públicos. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui


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