terça-feira, 2 de abril de 2019

O naufrágio do Ocidente. Entrevista com Sandro Veronesi e Tahar Ben Jelloun

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Não tínhamos o mar, mas a solidão, toda a solidão do mundo. Quando se tem 20 anos, o isolamento e a negação da liberdade se assemelham a um assassinato silencioso. Não tínhamos o mar, mas sonhávamos com ele.” Tahar Ben Jelloun tinha pouco menos de 30 anos quando deixou o Marrocos. Ele conta esse sonho em A punição: o que significa escapar de um punhado de homens que negam o seu direito de pensar – e, portanto, de ser – com o objetivo de manter o status quo e reprimir o impulso à mudança.
Avancemos rapidamente de 1971 até hoje, com milhares de jovens que todos os dias esperam para partir da costa africana. Muito poucos – cada vez menos – conseguem. E muitos morrem. Dezoito mil e sessenta e seis vítimas desde o naufrágio de Lampedusa em 3 de outubro de 2013 a janeiro de 2019, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. Dezoito mil e sessenta e seis sonhos acabaram no fundo do mar.
Mediterrâneo é um túmulo. Hoje, nessa margem, Sandro Veronesi, romancista, ensaísta e jornalista italiano, grita, com os seus Cães de verão, toda a dor de uma parte da sociedade atônita. Não só. Veronesi dá um corpo às palavras para combater esse muro – cada vez mais alto – que impede de sonhar com esse mar. 
Para ler a entrevista de Tahar Ben Jelloun e Sandro Veronesi clique aqui

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