"Nádegas aladas, essas que voam" - Casimiro de Brito
Nádegas aladas. Essas que voam
sob os seus vestidos. Um jardim, estátuas,
talvez apenas nesta Babilónia que me habita.
Estátuas de nádegas femininas.
Ora diáfanas ora carnudas. Uma espécie
de terra crescendo, revelando
as suas raízes. Admirei-me
ou alucinei-me? Com essas nádegas
inesperadas
num corpo que, vestido, me parecia discreto,
quase neutro? E então não é que
te despiste um pouco mais? E foste
luz. E foi como se me desses a beber
um vinho de casta rara. Um sol
interior.
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