DOSSIÊ: Não estamos derrotados!
Protestos oceânicos contra execução de Marielle Franco e Anderson Gomes revelam: é possível frear a espiral conservadora; mas é urgente um programa comum. Veja nossa análise e uma seleção de textos relevantes.
Para ler o texto completo de Antonio Martins clique aqui
Leia “O assassinato de
Marielle Franco foi uma enorme perda para o Brasil - e para o mundo”
de Shaun King clicando aqui
Leia “'Marielle,
presente': a causa radical e sua apropriação pela mídia” de Sylvia
Moretzsohn clicando aqui
Por Fernando Rodrigues, no Poder360.
Para o articulista,
volta das multidões às ruas coloca governo Temer em situação delicada e pode
mudar o cenário eleitoral de 2018. “O Brasil viu nesta 5ª feira (15) imagens de
grandes manifestações em capitais como Rio, São Paulo e Recife. O assassinato
da vereadora carioca Marielle Franco pode mudar o cenário político”.
Por José Roberto de Toledo, na Revista Piauí.
No texto, uma
descrição da trajetória de Marielle Franco. “Após dez anos de trabalho como
assessora parlamentar, Marielle elegeu-se em 2016 para seu primeiro e último
cargo eletivo. O sucesso logo de cara predizia uma carreira política longeva.
Quatro balas anularam a previsão. Mas não seu legado: foram quatorze meses como
vereadora, dezenove anos como mãe, e quase quatro décadas como voz inconformada
contra a violência à sua volta”.
Por Maria Teresa Cruz e Pavio, na Ponte Jornalismo.
Na entrevista (o
vídeo está logo abaixo abaixo), feita semanas atrás, Marielle denunciava a
intervenção federal/militar no Rio. “Para Marielle, a intervenção iria trazer
‘o acirramento da violência nos corpos nossos de favelados’ e fazia parte de um
processo que colocava a própria democracia em risco. ‘O processo de
democratização está ameaçado por causa do que está colocado: servidor, saúde,
caos em varias áreas e intervenção na segurança, o que ajuda a controlar ainda
mais o que vinha sendo controlado antes’, afirmou. ‘Esses dias a gente conversava
ali na Maré, sobre o quanto os 14 meses de incursão militar… e não só da PM,
mas da força nacional, do Exército, o barulho dos tanques, de tanque blindado,
o barulho do tanque ainda é muito latente que ficava na porta de um dos prédios
que eu morei até pouco tempo. Esse medo, esse desespero é onde a gente chora
porque corta na nossa carne’, disse na entrevista”.
Por Alexandra Lucas Coelho, no Sapo24, de Portugal
Um perfil de
Marielle e do país depois do golpe, da intervenção e da execução. “Foi esta
cidade que há um mês se viu ocupada por militares, a mando de um presidente da
república não-eleito, alegadamente para fazer face ao crime. Depois do golpe na
presidência, o golpe na cidade que é a cara do Brasil. O crime de Estado tem
esta tradição de se justificar pelo crime. O presidente não-eleito, Michel
Temer, assinou essa ocupação. O Rio de Janeiro é desde então uma cidade
ocupada, num país ocupado. Todos os dias algo se soma ao horror. Chegam amigos
de lá, ou mensagens de amigos, vejo as notícias, horror atrás de horror.”
Por Felipe Betim, no El Pais Brasil.
As multidões que
ocuparam as ruas depois da execução de Marielle Franco e Anderson Gomes
causaram um curto-circuito nos planos do Palácio do Planalto. “A força das ruas
tornou-se um inesperado desafio para o Governo de Michel Temer (MDB) e sua
aposta em uma inédita intervenção federal como bandeira eleitoral e resposta
para caos na segurança pública do Rio. O presidente colocou suas fichas em
nomear como interventor federal o general Walter Souza Braga Netto, chefe do
Comando Militar do Leste e, desde o último dia 16 de fevereiro, também chefe
máximo da segurança pública fluminense, ainda que nem sequer haja um plano
oficial para a ação. Agora, essa cadeia de comando — da Polícia Civil ao
presidente — tem que responder por um dos mais emblemáticos crimes políticos da
história recente brasileira”.
1 comentários:
Não compreendo essa necessidade das sociedades contemporânea aos abusos. Tanto conhecimento e nos comportamos como se estivessemos na Idade Média
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