sábado, 17 de março de 2018

DOSSIÊ: Não estamos derrotados!


Protestos oceânicos contra execução de Marielle Franco e Anderson Gomes revelam: é possível frear a espiral conservadora; mas é urgente um programa comum. Veja nossa análise e uma seleção de textos relevantes.
Para ler o texto completo de Antonio Martins clique aqui
Leia “O assassinato de Marielle Franco foi uma enorme perda para o Brasil - e para o mundo” de Shaun King clicando aqui

Leia “'Marielle, presente': a causa radical e sua apropriação pela mídia” de Sylvia Moretzsohn clicando aqui


Por Fernando Rodrigues, no Poder360
Para o articulista, volta das multidões às ruas coloca governo Temer em situação delicada e pode mudar o cenário eleitoral de 2018. “O Brasil viu nesta 5ª feira (15) imagens de grandes manifestações em capitais como Rio, São Paulo e Recife. O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco pode mudar o cenário político”.



Por José Roberto de Toledo, na Revista Piauí.
No texto, uma descrição da trajetória de Marielle Franco. “Após dez anos de trabalho como assessora parlamentar, Marielle elegeu-se em 2016 para seu primeiro e último cargo eletivo. O sucesso logo de cara predizia uma carreira política longeva. Quatro balas anularam a previsão. Mas não seu legado: foram quatorze meses como vereadora, dezenove anos como mãe, e quase quatro décadas como voz inconformada contra a violência à sua volta”.



Por Maria Teresa Cruz e Pavio, na Ponte Jornalismo
Na entrevista (o vídeo está logo abaixo abaixo), feita semanas atrás, Marielle denunciava a intervenção federal/militar no Rio. “Para Marielle, a intervenção iria trazer ‘o acirramento da violência nos corpos nossos de favelados’ e fazia parte de um processo que colocava a própria democracia em risco. ‘O processo de democratização está ameaçado por causa do que está colocado: servidor, saúde, caos em varias áreas e intervenção na segurança, o que ajuda a controlar ainda mais o que vinha sendo controlado antes’, afirmou. ‘Esses dias a gente conversava ali na Maré, sobre o quanto os 14 meses de incursão militar… e não só da PM, mas da força nacional, do Exército, o barulho dos tanques, de tanque blindado, o barulho do tanque ainda é muito latente que ficava na porta de um dos prédios que eu morei até pouco tempo. Esse medo, esse desespero é onde a gente chora porque corta na nossa carne’, disse na entrevista”.



Por Alexandra Lucas Coelho, no Sapo24, de Portugal
Um perfil de Marielle e do país depois do golpe, da intervenção e da execução. “Foi esta cidade que há um mês se viu ocupada por militares, a mando de um presidente da república não-eleito, alegadamente para fazer face ao crime. Depois do golpe na presidência, o golpe na cidade que é a cara do Brasil. O crime de Estado tem esta tradição de se justificar pelo crime. O presidente não-eleito, Michel Temer, assinou essa ocupação. O Rio de Janeiro é desde então uma cidade ocupada, num país ocupado. Todos os dias algo se soma ao horror. Chegam amigos de lá, ou mensagens de amigos, vejo as notícias, horror atrás de horror.”



Por Felipe Betim, no El Pais Brasil
As multidões que ocuparam as ruas depois da execução de Marielle Franco e Anderson Gomes causaram um curto-circuito nos planos do Palácio do Planalto. “A força das ruas tornou-se um inesperado desafio para o Governo de Michel Temer (MDB) e sua aposta em uma inédita intervenção federal como bandeira eleitoral e resposta para caos na segurança pública do Rio. O presidente colocou suas fichas em nomear como interventor federal o general Walter Souza Braga Netto, chefe do Comando Militar do Leste e, desde o último dia 16 de fevereiro, também chefe máximo da segurança pública fluminense, ainda que nem sequer haja um plano oficial para a ação. Agora, essa cadeia de comando — da Polícia Civil ao presidente — tem que responder por um dos mais emblemáticos crimes políticos da história recente brasileira”.



1 comentários:

Ana Souza 18 de março de 2018 às 13:17  

Não compreendo essa necessidade das sociedades contemporânea aos abusos. Tanto conhecimento e nos comportamos como se estivessemos na Idade Média

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