sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O patriotismo na educação

Neste texto, Bertrand Russell, um dos maiores filósofos e matemáticos do século XX, discute a relação entre patriotismo e educação. Segundo ele: O patriotismo, nas suas intenções, e no pensamento daqueles que o defendem, é uma coisa em grande parte positiva. O amor pelo lar, o amor pela terra natal, mesmo um certo grau de orgulho nas suas realizações históricas, na medida em que estas mereçam tal orgulho, não é nada de lastimar. Trata-se de um sentimento complexo, que em parte deriva de um real amor pela terra e por ambientes familiares, em parte de algo análogo a um amor familiar alargado. As raízes deste sentimento são em parte geográficas, em parte biológicas. Mas este sentido primitivo não é, em si mesmo, nem político, nem económico. É um sentimento para com o próprio país, e não um sentimento contra outros países. Na sua forma primitiva, dificilmente se encontra, excepto entre os que vivem em ambientes rurais e que pouco ou nada viajam. O habitante urbano que muda de habitação com muita frequência e que não possui um palmo de terra a que possa chamar seu, tem muito menos que o proprietário rural ou o camponês esse sentimento primitivo do que cresce o patriotismo. O habitante urbano, em vez disso, possui um sentimento em grande parte artificial, que é sobretudo produto da sua educação e dos jornais que lê, e que é quase totalmente daninho. Tal sentimento é muito menos um amor pelo próprio lar e pelos seus compatriotas que um ódio aos estrangeiros e um desejo de se apropriar dos seus países. Como a maioria dos maus sentimentos, aparece disfarçado de lealdade.
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