APOCALIPSE NOW: O mundo que o aquecimento global nos reserva
No dia 4 de fevereiro, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, declarou à rádio Jovem Pan que “o assunto do clima deve ser tratado no âmbito da academia, pela imprensa e por técnicos, porque precisamos dar foco à administração pública para cuidar de problemas tangíveis”. Salles já havia extinguido, no começo de janeiro, os departamentos e secretarias de sua pasta que tratavam da mudança climática. “Nossa prioridade não é mandar um grupo de vinte pessoas viajar de classe executiva para discutir como vai estar o mundo daqui a 500 anos”, continuou. “Precisamos discutir o Brasil de amanhã.”
Dois dias depois, o Rio de Janeiro foi atingido por um temporal que deixou seis mortos, arrancou centenas de árvores, interditou ruas e derrubou uma ciclovia. É precipitado cravar que a chuva decorreu do aquecimento global, mas a ciência climática projeta justamente tempestades mais intensas e inundações mais frequentes caso não se faça nada para frear o avanço da temperatura do planeta. Naquela noite de verão, o Rio – cidade particularmente vulnerável às intempéries, por suas condições sociais e geográficas – teve um aperitivo do amanhã.
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