terça-feira, 31 de maio de 2011

Alguns Sites e Blogs que Recomendamos

Aqui mostramos alguns dos sites de referência sobre diversas áreas do conhecimento humano. Vozes que partem de outros portos e nos apresentam outras perspectivas.

EDUCAÇÃO
Currículo Sem Fronteiras http://www.curriculosemfronteiras.org/
A Página da Educação http://www.apagina.pt/
Instituto Paulo Freire http://www.paulofreire.org/Capa
Filosofia e educação http://www.filedu.com/index.html
Filosofia e Educação: uma escola para o século XXI http://rae.pt.vu/
Revista de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa http://sisifo.fpce.ul.pt/
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira http://www.unilab.edu.br/

FILOSOFIA
Crítica Revista de Filosofia http://criticanarede.com/

POLÍTICA

EDUCAÇÃO, MEIO AMBIENTE E POLÍTICA

SOCIOLOGIA

TEMAS SOCIAIS

CINEMA
LITERATURA

Discursos Fundadores

Aqui apresentamos pensamentos, entrevistas, matérias sobre alguns dos pensadores que influenciaram a criação deste blog. Buscamos apresentar algumas das vozes contra-hegemônicas que despertaram um olhar para além do discurso do estar-ai, indo atrás das outras vozes, daquelas que as vezes são "desqualificadas" por provocarem certa indgnação ao nos chamarem para pensar e se manifestar enquanto agente sociais.

sábado, 28 de maio de 2011

Entre fé e ciência

Richard Dawkins, teórico evolucionista britânico, apresenta neste vídeo algumas de suas considerações a respeito das perspectivas inconciliáveis entre Ciência e Fé. Para Dawkins, suas construções de mundo estão caminhando em posições opostas, onde a religião funcionaria enquanto antagonista do racionalismo científico, baseando suas justificativas sobre uma crença que "dialoga" apenas com sua autoridade construída em séculos de opressão pelo medo e sobre imposições castrativas sobre o universo fantástico do paraíso. Sofremos e morremos aqui, para alcançarmos o descanso eterno no além céu.

As Raízes norte americanas do Nazismo


Domenico Losurdo é Investigador do Istituto di Science Filosofiche e Pedagogiche, Urbino, Itália.

A invasão do Iraque, em Março de 2003, foi acompanhada por uma curiosa campanha mediática contra os movimentos de oposição à guerra, acusados então de anti-americanismo. É muito significativo que neste clima ideológico e político os acusadores não recordassem o terror exercido pelo Ku Klux Klan em nome do "americanismo puro", ou do "americanismo cem por cento", face aos negros e aos brancos que se opunham à supremacia branca. Tão pouco recordavam a caça às bruxas de McCarthy contra os defensores de ideias ou sentimentos "não americanos".


Polêmica ou Ignorância?

DISCUSSÃO SOBRE LIVRO DIDÁTICO SÓ REVELA IGNORÂNCIA DA GRANDE IMPRENSA
Marcos Bagno
Universidade de Brasília 


Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia página e saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos doque eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentementeconvencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).

Diversidade Etnocultural na Escola

 



A discriminação é promovida e reforçada na educação escolar de diversas formas. As condições salariais, a desvalorização do professor, a pouca atenção que muitos governos vêm dando à escola pública são alguns dos factores que fazem com que o próprio educador acabe, sem perceber, reproduzindo e reforçando a discriminação e o preconceito, os quais geram a violência.

Por: José de Sousa Miguel Lopes

 

O cinema da Infância

José de Sousa Miguel Lopes

Doutor em História e Filosofia da Educação pela PUC /SP, Professor no Mestrado em Educação na UNINCOR. Tem vários trabalhos publicados no campo da educação, cinema e literatura em periódicos nacionais e internacionais.


Resumo
Neste texto analisaremos o modo como a infância se faz presente na História do cinema. Prestaremos particular atenção a uma temática muito freqüente no cinema sobre a infância, que designaremos por "narrativas iniciáticas". Em seguida, o nosso olhar irá incidir sobre o modo como a infância tem sido trabalhada pela cinematografia dominante. Em contraponto, finalizaremos com uma abordagem a outras cinematografias que buscam, em alguma medida, romper com as formas banais de tratar a infância.
Palavras-chave: Cinema, infância, narrativas iniciáticas. 


sábado, 21 de maio de 2011

O arco e o Cesto, por Pierre Clastres





                                                                
PIERRE CLASTRES nasce em Paris, em 1934. Realiza seus estudos de filosofia na Sorbonne, formando-se em 1957. Durante os anos de licenciatura começa a interessar-se pelos estudos etnológicos, seguindo os cursos de Lévi-Strauss no Collège de France a partir de 1960. Em 1963, acompanhado de sua mulher, Hélène Clastres (autora de A Terra sem Mal, 1975), vive sua primeira experiência de campo entre os Guayaki no Paraguai, onde permanece cerca de um ano. Em 1965, defende sua tese de doutorado La Vie sociale d'une tribu nômade: les Indiens Guayaki du Paraguay, na Sorbonne, e leciona no antigo Departamento de Ciências Sociais da USP, em São Paulo. Nos anos seguintes, volta à América do Sul para pesquisas mais curtas: entre os Guarani, em 1965 e 1966, e entre os Chulupi, em 1966 e 1968, experiências no Chaco paraguaio que resultaram na maior parte dos escritos reunidos em A sociedade contra o Estado [1974] e nos livros A fala sagrada [1974] e Mythologie des Indiens Chulupi [1992]- Nos anos 70, Clastres volta ao campo. Viaja à Amazônia venezuelana, de 1970 a 1971, entre os Yanomami, e visita os Guarani do Estado de São Paulo, em 1974. Seus estudos nesse período são postumamente publicados no volume Arqueologia da violência —pesquisas em antropologia política [1980]. Na França, paralelamente à investigação empírica, é diretor de pesquisa no Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, Paris) e membro do Laboratoire d'Anthropologie Sociale do Collège de France. Clastres morre em um acidente de carro em 1977.

Apresentamos um de seus textos clássicos, editado na compilação "Sociedade contra o Estado", lançado primeiramente pela editora Brasiliense, e atualmente relançado pela editora Cosac & Naify


Ficou interessando em conhecer a obra deste antropólogo,? Disponibilizamos outra de suas obras para download  "Arqueologia da Violência"






quinta-feira, 19 de maio de 2011

“Ritos Corporais entre os Nacirema”

De: MINER, Horace.  A. K. Romney e P. L. Vore (eds.): You and Others – readings in Introductory Antropology. Winthrop Publishers, Cambridge 1973, pp. 72-76 (Tradução: Selma Erlich).




                                                                            

            O antropólogo está tão familiarizado com a diversidade das formas de comportamento que os diferentes povos apresentam em situações semelhantes, que é incapaz de surpreender-se mesmo em face dos costumes mais exóticos.
            De fato, embora nem todas as combinações de comportamento logicamente possíveis tenham sido descobertas em alguma parte do mundo, o antropólogo pode suspeitar que elas devam existir em alguma tribo ainda não descrita. Este aspecto foi expresso, com relação à organização clânica, por Murdock (1949-71). Deste ponto de vista, as crenças e práticas mágicas dos Nacirema apresentam aspectos tão inusitados que parece apropriado descrevê-los como um exemplo dos extremos a que pode atingir o comportamento humano.


domingo, 15 de maio de 2011

Teste

Desafios pedagógicos e modernidade líquida - Entrevista com Zygmunt Bauman


Alba Porcheddu

Tradução: Neide Luzia de Rezende e Marcello Bulgarelli

Zygmunt Bauman (Polônia, 1925). Sociólogo, catedrático emérito de Sociologia nas Universidades de Leeds e Varsóvia, autor de diversos ensaios, entre os quais se encontram: Globalização: as consequências humanas (1999), Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria (2008), Em busca da política
(2000), Modernidade líquida (2001), Vidas desperdiçadas (2005). Seus trabalhos contribuíram para a edificação de um complexo e completo instrumental conceitual em torno da sociedade moderna. Embora seja frequentemente mencionado como um pensador "pós-moderno", seus livros não representam uma visão entusiasmada do pós-modernismo; aliás, ele se distancia da separação dicotômica modernidade versus pós-modernidade, argumentando que ambas as configurações coexistem como os lados de uma mesma moeda. Para dar conta desse fenômeno, cunhou os conceitos de "modernidade sólida" e "modernidade líquida".Continua...

sábado, 14 de maio de 2011

Filmes para estudantes e professores

Confira o projeto  "Curta na Escola" que tem ótimas indicações de filmes e vídeos.
Há espaço para relatos de experiência dos professores com o uso do acervo.
Este é o link do Portal Curtas da Petrobras

Imagem do vídeo (3') Roupa para tirar retrato, de Sérgio Roizenblit.

Fez-se vingança, não justiça



Do Blog do Leonardo Boff
Leonardo Boff
Teólogo/Filósofo

Alguém precisa ser  inimigo de si mesmo e contrário aos valores humanitários mínimos se aprovasse o nefasto crime do terrorismo da Al Qaeda do 11 de novembro de 2001 em Nova Iorque. Mas é por todos os títulos inaceitável que um Estado, militarmente o mais poderoso do mundo, para responder ao terrorismo se tenha transformado ele mesmo num Estado terrorista. Foi o que fez Bush, limitando a democracia e suspendendo a vigência incondicional de alguns direitos, que eram apanágio do pais. Fez mais, conduziu duas guerras, contra o Afeganistão e contra o Iraque, onde devastou uma das culturas mais antigas da humanidade nas qual foram mortos mais de cem mil pessoas e mais de um milhão de deslocados. Continua

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A morte como ritual (A morte como quase acontecimento) – Eduardo Viveiros de Castro


Esta palestra fala sobre uma experiência recorrente nos mundos indígenas: o perigoso encontro com espíritos na floresta, quando se está sozinho. As verdadeiras mortes por acidente espiritual são raras. Nos encontros com espíritos na mata, quase sempre nada acontece; mas sempre algo quase acontece, e que é propriamente a experiência do sobrenatural. O sobrenatural não é o imaginário, não é o que acontece em outro mundo; o sobrenatural é aquilo que quase-acontece em nosso mundo, ou melhor, ao nosso mundo, transformando-o em um quase-outro mundo. Quase-acontecer é um modo específico de acontecer: nem qualidade nem quantidade, mas quasidade. Não se trata de uma categoria psicológica, mas ontológica: a intensidade ou virtualidade puras. O que exatamente acontece, quando algo quase acontece? O quase-acontecer: a repetição do que não terá acontecido? Por outra: todo quase-acontecer teria sempre a forma de um quase-morrer? “Quase morri…” – essas são as histórias que vale a pena contar. O quase que permite a narrativa do quase. Nesse sentido, o quase-acontecer seria ao mesmo tempo um quase-parar de acontecer – a morte, o fim da narrativa.

Do site: www.cplfcultura.com.br
Segue o link com o vídeo na íntegra.
http://www.cpflcultura.com.br/site/2009/10/16/integra-a-morte-como-quase-acontecimento-eduardo-viveiros-de-castro/

Noam Chomsky: sobre intervenções e hipocrisias

Do Site: www.controversia.com.br
Quais são os propósitos mais amplos dos EUA nas relações internacionais, no mundo árabe e na Líbia?

Entrevista a Stephen Shallon e Michael Albert



continua...



Quem Somos

Calhou–nos um tempo difícil, aparentemente privado de convicções ou certezas, órfão de grandes narrativas, carente de referências axiológicas e terrivelmente ameaçado por fatores de perturbação, incerteza, insegurança e imprevisibilidade associados ao progresso científico, à revolução tecnológica, à complexificação de modo de vida e à recorrência de acontecimentos violentos que ensombram qualquer esperança de felicidade ou bem estar.
Face ao anunciado desmoronamento das bases teóricas, filosóficas, ideológicas, políticas e religiosas que, durante séculos, sustentaram as nossas posições, onde poderemos ir agora procurar o fundamento racional para valores humanos nucleares como o bem, a felicidade, a verdade, a paz, a justiça ou a solidariedade? É possível, ou legítimo, ambicionar a concentração de valores num mundo ‘’polifônico’’ como este em que vivemos? O que mudou realmente no universo das nossas escolhas morais? Que princípios devem estruturar hoje o espaço da ação humana? Como equacionar o futuro de um presente tão incerto, vulnerável e violento? Que novos e instigantes desafios se vislumbram no campo do saber?
As palavras de Nóvoa que servem de epígrafe ao nosso blog fazem todo o sentido. Com efeito, a contemporaneidade apresenta-se com mudanças em todos os campos do nosso viver, particularmente as que ocorrem no campo do conhecimento. Elas são de tal magnitude que exigem um profundo empenhamento das ciências, da filosofia e das artes. Cada vez mais se torna difícil continuar a operar por meio de parcelas da realidade, seguindo a lógica tradicional das disciplinas enclausuradas no seu próprio espaço. O desafio a instaurar prende-se, pois, com uma perspectiva transdisciplinar, que seja capaz de romper as fronteiras do saber, do pensar e do viver contemporâneo.
Estas inquietações levaram um grupo de alunos, junto com o professor que ministra a disciplina “Tópicos Especiais em Educação: Fronteiras do Pensamento”, do Curso de Mestrado em Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, a procurar ampliar as discussões para além do espaço da sala de aula. Este blog resultou, pois, dessa necessidade e pretende-se que nele sejam apresentados textos dos próprios alunos e de outros autores, entrevistas, vídeos, etc., por forma a tornar-se um espaço de reflexão e discussão sobre o mundo contemporâneo.
Procurar-se-á estabelecer um diálogo frutuoso com a Educação, lançando mão de temas desafiadores e instigantes nos campos das ciências sociais e das artes. Nessa perspectiva, o ponto de partida foram as leituras e discussões de renomados cientistas, artistas e grandes intelectuais da atualidade que se destacam pela ousadia de pensar a contemporaneidade.
Pretende-se o estabelecimento de enfoques dialógicos e, porque não - quando a necessidade assim o exigir - o desencadeamento de “enfrentamentos” ao lugar comum, ao definitivamente aceite, visando fazer emergir novas e estimulantes perspectivas de olhar o mundo em facetas até então ignoradas ou obscurecidas pelo pensamento hegemônico. Estabelecer e fomentar tais diálogos implica direcionar nosso olhar para uma perspectiva de fronteira, na qual nosso posicionamento no mundo se faça de modo mais aberto.
Podemos imaginar a fronteira como o traço que separa imagem de si e imagem do outro, permitindo o autorreconhecimento e a construção do sentimento daquilo que é comum e daquilo que não é; a fronteira é a linha que demarca o que é idêntico, limitando um conjunto de valores e crenças. É também o lugar de transição para o diferente, sugerindo tramas narrativas e afetivas em que o movimento entre a imagem de si e do outro (cultural, nacional) é bem demarcada, estando elas confinadas a uma referência estável, homogênea.
Muitas são as denominações utilizadas para tratar do espaço que contém relações multiculturais, de elementos diferentes que, ao entrarem em contato, se misturam e configuram novas particularidades - é o espaço onde o hibridismo se faz presente.
O grande desafio da atualidade, mais do que em outros períodos, é o de enfrentar uma cultura em movimento. Um caminho do meio consiste nesses procedimentos de deslocamento, de nomadismo, em que a identidade possa nascer da tensão entre o apelo do enraizamento e a tentação da errância, um caminho do meio para superar o fundamento encerrado pela questão identitária: afirmar-se e excluir o outro.
Antes de conterem limites, marcos físicos ou naturais, as fronteiras são, sobretudo, o produto da capacidade imaginária de reconfigurar a realidade, a partir de um mundo paralelo de sinais que guiam o olhar e a apreciação, por intermédio dos quais os homens e as mulheres percebem e qualificam a si mesmos, o corpo social, o espaço e o próprio tempo. Assim, as fronteiras apresentam-se porosas, permeáveis, flexíveis, deslocam-se ou são deslocadas.
Se há dificuldade em pensá-las, em apreendê-las, é porque aparecem tanto reais como imaginárias, intransponíveis e escamoteáveis. Estudá-las é a difícil e desafiadora tarefa que nos propomos, procurando entender, ainda que minimamente, o sentimento de inacabamento, a ilusão nascida da incapacidade de conceber o “entre-dois mundos”, a complexidade deste estado/espaço e desta temporalidade.
O ponto de partida desta jornada centrou-se nas obras dos seguintes autores:
Michel Onfray. A Contra-História da Filosofia. São Paulo: WMF, Martins Fontes, 2008;
Richard Dawkins. Deus, um delírio. São Paulo: Companhia das Letras, 2007;
Jack Goody. O roubo da história: como os europeus se apropriaram das ideias se invenções do Oriente. São Paulo: Contexto, 2008;
Domenico Losurdo. A linguagem do Império: léxico da ideologia estadunidense. São Paulo: Boitempo, 2010;
Zygmunt Bauman. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998;
Boaventura de Sousa Santos, & Maria Paula Meneses, (orgs.). Epistemologias do sul. Coimbra: Edições Almedina, 2009;
Alain Bergala. A Hipótese Cinema. Pequeno tratado de transmissão do cinema dentro e fora da escola. Rio de Janeiro: Booklink - CINEAD-LISE-FE/UFRJ, 2008.
As reflexões do grupo iniciaram-se com a Contra-História da Filosofia e prosseguiram com outras contra-histórias, por forma a demarcarem-se, sem meios tons, o que se está propondo: andar na contra mão de uma produção que se tem configurado como hegemônica pelo pensamento eurocêntrico, procurando desnaturalizar o que está naturalizado. Pretende-se que essas novas matrizes apresentadas por inúmeros pensadores (não apenas do Norte, mas também do Sul), possibilitem pensar, compreender e dialogar com o mundo, em novas perspectivas. Como afirma Bauman em “Modernidade e Holocausto” (citando Wittgenstein, p. 238): "não podemos dizer a não ser o que pode ser dito”. A maior aproximação possível deste posicionamento deverá ser, atentamente, um objetivo a perseguir.
Boaventura de Sousa Santos estimula seus leitores quando conclama a dar o salto qualitativo que lhes permita criar uma racionalidade permeada pela solidariedade, igualdade na diversidade, justiça distributiva, respeito ao planeta, mas que, sobretudo, não sejam palavras que percorram corredores únicos, privilegiados, pois esses lugares não foram capazes de construírem essa possibilidade. Sensocomunizar o pensamento chamado de científico, não aquele produzido para espoliar, aniquilar, talvez seja o grande paradigma a provocar questionamentos. O resultado de vivermos em um mundo tão caótico, desumanizado não nos parece ser resultado apenas de transformações históricas, de causas estruturais, embora as consideremos explicações necessárias para entendermos tais fenômenos. Faz-se necessário desafiar os “papas” do conhecimento, procurando ter em atenção a invocação de Bauman a respeito da moralidade como uma dimensão fundamental não apenas no holocausto, mas em todas as dimensões do viver. Por essa via se abre uma brecha formidável para compor o corpo das explicações das ações humanas dentro das ciências sociais. Pretende-se que as reflexões do grupo se orientem, precipuamente, numa perspectiva dialógica, alicerçada no desejo de abrir fronteiras de modo a permitir o entrelaçamento, o plantio de novas sementes no campo do saber.

Professor Doutor José de Sousa Miguel Lopes
Bruno Teixeira Paes
Emiliana Maria Diniz Marques
Fábio Machado Ruza
Jalmelice da Luz Ferreira
Maria Efigênia de Souza Lima
Ângela Maria Dias Nogueira Souza
Maria Cristina Rodrigues Gomes
Rosângela Guerra de Andrade

Após 3 meses de funciona\mento, o grupo de alunos, teve de deixar o blog, em função da intensificação das atividade acadêmicas, pelo que apenas José de Sousa Miguel Lopes ficou a gerir o blog. 

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