sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

"um corpo pede passagem" - Fernando e Tê Azeredo Rios

 

FOTOS CARL WARNER HTTP://WWW.CARLWARNER.COM/


um corpo pede passagem


em meio a tantos conflitos


em meio a tantas tormentas


um corpo pede passagem


não para plantar genocídios


não para construir cadafalsos



 

um corpo pede passagem


para se erigir proprietário


para se construir em mutirão


para transformar multidão solitária


em solidária multidão



 

qualquer ano qualquer mês


qualquer dia qualquer hora


é hora de encorpar


juntar corpos em sinfonia


comemorar memórias


se abraçar afetuosamente



 

que tal agora?



 

que 2025 seja um bom começo


que 2025 traga imensos bons abraços


quem sabe um dia que não tarde


com muitos e tantos corpos


o mundo amanheça abraçado



 

FERNANDO E TÊ AZERÊDO RIOS



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do vento" do autor do blog clique aqui


Brasil assumiu a presidência do BRICS a partir de 1º de janeiro de 2025




Com mais de 100 reuniões previstas para ocorrer entre fevereiro e julho em Brasília, o Brasil assume a presidência rotativa do BRICS com foco em governança global, inteligência artificial e combate às mudanças climáticas. Para ler o texto de Marco Antonio de Freitas Coutinho clique aqui


Cicero Araujo: O risco de descarrilhamento de Lula 3 


Luís Nassif: Os riscos para o governo Lula e a democracia


Antonio Bento: Os pretos desaparecem no estado de São Paulo

Editor de Oriente Médio da BBC é exposto como colaborador da CIA e do Mossad




Raffi Berg está no centro de um escândalo midiático sobre a cobertura da BBC em relação a Israel. Para ler o texto de Alan Macleod clique aqui


 

Laís Martins: Israel faz de Gaza sua demonstração ao ar livre de tecnologia de guerra, diz ativista e jurista palestina


Luiz Renato Martins: Gaza e nós


Martin Jay: As últimas sanções da mídia do Ocidente contra a Rússia são como uma criança doente chorando por ajuda


Marco Antonio de Freitas Coutinho: A questão do gás: a última batalha da guerra Russo-Ucraniana?


João-MC Gomes: Um Ano Novo sem gás barato!


Carlos Branco: Atos de ignorância e intransigência cognitiva


É um gás! Tio Sam e bandidos Banderite destroem a Europa enquanto lacaios do Euro saúdam a libertação


Helen Thompson: Como a Europa destruiu a sua indústria automobilística


Raúl Cunha: A decadência do Ocidente e o caos como arma


Gabriel Camilli: Gás e conflitos geopolíticos


Stephen Bryen: Um voo russo especial para Washington


Debajit Sarkar - Oreshnik: O míssil hipersônico da Rússia que reescreve a estratégia de guerra


Stepnoy veter: Como vai a invasão dos norte-coreanos (inventada pela propaganda ucraniana) no espaço da Internet


Rodolfo Queiroz Laterza - Causas e consequências da queda de Assad na Síria: uma reflexão crítica


Nigel Green: Preparando-se para a guerra comercial entre EUA e China que está por vir


Lorenzo Maria Pacini: Perspectivas e consequências da guerra comercial entre os EUA e o Canadá


William Pesek: Trump ao volante de um desastre financeiro iminente


Eduardo Vasco: Um império decadente e parasita


Caitlin Johnstone: Libertar-se da propaganda do Império começa com um pequeno ato de heresia


Sam Biddle: A onda dos deepfakes de IA também chegou ao Pentágono


Luiz Roberto Serrano: O que ocorrerá no mundo depois da posse de Donald Trump na presidência dos EUA?


Bill Emmott - Trump e Musk: os alegres bilionários shakespearianos de Washington


Maximilian Krah: Trump expõe falência da UE em comércio, guerra e clima


Han Feizi - Aviões de guerra misteriosos da China: farsa ou mais um momento Sputnik?


Urariano Mota: Mas quem é o terrorista?


Chloe Atkinson: A crise dos sem-abrigo está prestes a piorar muito


Bruna Frascolla: Neopentecostalismo e a descristianização do cristianismo


Maureen Tkacik - Missão Suicida: o que a Boeing fez com todos os tipos que se lembram de como se constrói um avião


Patrick Porter - Olhando para trás: relembremos a Terceira Guerra Mundial


Diogo Piçarra e Pedro Abrunhosa: "Amor de Ferro"




Para assistir à interpretação de "Amor de Ferro" nas vozes de Diogo Piçarra e Pedro Abrunhosa clique no vídeo aqui

 

Navegando pelo cinema com Carlos Alberto Mattos





Balanço e favoritos de 2024



Afora a rotina diária de filmes, meu ano foi marcado por dois trabalhos paralelos. De um lado, concluí a montagem do video-ensaio Paisagens do Fim, baseado no site-livro homônimo lançado em 2021. De outro, avancei muito na preparação do meu próximo site-livro, Fim de Turno, que pretendo lançar em março de 2025, quando se completam 130 anos da primeira filmagem dos Irmãos Lumière. Fim de Turno é um estudo do tropo da saída de fábrica no cinema, dos Lumière ao cinema contemporâneo. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui

 






Uma joia da animação eslava




A belíssima animação polonesa "Camponeses" ("Chlopi") é mais um cumprimento à expertise dos eslavos nesse métier. Baseia-se no romance homônimo de Władysław Reymont, clássico da literatura polonesa já levado às telas várias vezes desde 1922. Reymont, detentor do Prêmio Nobel, pertenceu ao movimento modernista Jovem Polônia (1890-1918), que abrangia literatura e pintura. O casal de cineastas Dorota Kobiela e Hugh Welchman inspiraram-se principalmente na estética daquele movimento para chegar às imagens do filme. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui






Uma noite para não esquecer



Por trás dessa história ultrarromântica de um homem e uma mulher que redescobrem o amor na terceira idade está um filme altamente subversivo para os padrões repressores do cinema iraniano. "Meu Bolo Favorito" ("Keyke mahboobe man)" pode não ser tão frontalmente político como A Semente do Fruto Sagrado, mas desafia diversos tabus do cotidiano de gente comum no Irã. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







O cinema ainda pode operar milagres?




“Soy Ana… Soy Ana”, repete Ana Torrent (foto acima) numa cena de "Cerrar los Ojos". É a mesma frase que a atriz pronunciava, 50 anos antes, quando interpretava uma menina em "O Espírito da Colmeia". Aquele era o primeiro filme de Victor Erice, autor quase mítico do cinema espanhol. Este agora é apenas o seu quarto longa-metragem, realizado 31 anos depois do anterior, "O Sol do Marmelo". O eco das palavras de Ana Torrent é mais uma sutileza de Erice ao lidar com a memória, a identidade e o cinema. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







Três atos de um casal na China



Nesse que é talvez o seu projeto mais heterodoxo, Jia Zhang-ke compõe um film-fleuve com materiais filmados ao longo de três décadas. Além de sobras de dois filmes, há cenas rodadas como experimentação em várias épocas, tudo tenuemente reunido em torno da história de um casal. Zhao Tao, sua esposa e atriz permanente, e o ator Zhubin Li formam esse eixo tristemente romântico entre 2001 e 2022. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







Jazz numa hora dessas?



Este é um filme excessivo, no bom e no mau sentidos. Durante duas horas e meia somos bombardeados por informações sobre o estado do colonialismo na África nos anos 1960. São dezenas de personagens políticos pululando ao ritmo da bateria de Max Roach e de outras estrelas do jazz estadunidense. A pletora de imagens e áudios de arquivo é complementada por uma infinidade de letreiros com as respectivas referências bibliográficas. Um livro em filme, eu quase diria. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







Cinderela do Brooklyn




Pegue um pouco de "Uma Linda Mulher" e um bocado dos filmes de gangster de Scorsese. Agora mergulhe a mistura num molho de antigas screwball comedies e você terá "Anora", a surpreendente Palma de Ouro de Cannes 2024. Surpreendente porque competia com filmes de peso como "A Semente do Fruto Sagrado", "Levados pelas Marés"/Jia Zhang-ke, "Grand Tour"/Miguel Gomes, "Emilia Pérez", "Megalópolis" e o badalado "A Substância". "Anora" era apenas o grande divertissement do festival. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui








Uma imensa paisagem




Quantos de nós já passamos pelos livros de Heloísa Buarque de Hollanda, agora Heloísa Teixeira? Seja no que toca a poesia marginal, feminismo, contracultura ou culturas periféricas, sua obra é incontornável quando se pensa o nosso tempo fora das caixinhas do bem-pensar. Mas a gente só conhece mesmo Heloísa quando a vemos falar. É isso o que nos proporciona, fartamente, o documentário "O Nascimento de H. Teixeira". Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui


Nos caminhos da arte fotográfica





O fotógrafo português Tiago Silva já trabalhou com a Netflix e ganhou prémios em Cannes



Todo artista tem seu próprio estilo, seja usando tintas à base de óleo, aquarela, acrílicas ou até tinta spray. Alguns artistas usam materiais incomuns, enquanto outros usam telas incomuns. Tiago Silva, um artista de Portugal, usa perspectiva e sombra para criar ilusões ópticas surpreendentes. As ilusões em suas fotografias são feitas sem o uso de software de edição ou modificação, baseando-se apenas no ângulo e na visão do artista. Para ver 56 fotografias que, certamente, farão você divertir-se e sorrir com admiração clique aqui







Viagem, cultura e humanidade: 30 imagens impressionantes do fotógrafo F. Dilek Yurdakul



F. Dilek Yurdakul não é apenas uma advogada ou fotógrafa — ela é uma contadora de histórias em uma missão para inspirar. Nascida em Çanakkale, Turquia, ela equilibra uma carreira em direito com sua paixão pela fotografia, capturando imagens de viagens, ruas e documentários de tirar o fôlego que contam as histórias das pessoas e cidades que ela encontra. Para ver algumas de suas fotos clique aqui






De celebridades a moradores de rua: 45 retratos emocionantes tirados por Lee Jeffries



Lee Jeffries ficou conhecido por nos dar uma visão mais próxima de pessoas sem-teto. Com o tempo, no entanto, o fotógrafo expandiu seu portfólio para incluir celebridades também. Entre seus temas estão rostos familiares como os membros do Metallica e estrelas de cinema renomadas como Keanu Reeves. Para ver algumas das fotos clique aqui


Reflexões sobre o tempo presente




O Deus de Spinoza


Mesmo para um ateu, anticriacionista, filosófica e cientificamente materialista, este texto é admirável, devendo ser lido e meditado por todos os crentes. Para ler o texto de Adão Cruz clique aqui


 




Porque não dou presentes



Não dou presentes porque estimula o consumismo; cria uma obrigação de reciprocidade; e é uma ferramenta de controle. Para ler o texto de Alex Castro clique aqui




Nas ideologias da cultura a arte nunca está no centro



Os gêneros da indústria da cultura não são arte popular e funcionam como fetiche de colonização enquanto ideologia de domínio. Para ler o texto de Rubens Russomanno Ricciardi clique aqui



Vinicius Siqueira: O epistemicídio negro – Sueli Carneiro


Adão Cruz: A Verdade


Carlos Nobre - 2024: o ano em que os riscos dos extremos climáticos se tornaram realidade


Douglas Barros - Para uma teoria do “corre”: vagas arrombadas e vida precária


Michel Goulart da Silva - Friedrich Engels e o desenvolvimento do marxismo


Cássio Wollmann: Arranha-céus afetam temperatura, velocidade do vento e criam apartheid social


quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

"Por que escrevemos?" - José Paulo Pinto Lobo


 


Por que escrevemos?




Por que escrevemos?


Por que fazemos as palavras bailar na virgem folha de papel?


Para desconstruir ou construir outras histórias


A nossa própria história?


Para exorcizar fantasmas


Para expurgar a dor sentida ou infligida


Para fazer balanços de rotas e derrotas


Dos caminhos que escolhemos nas encruzilhadas da vida


Do que poderia ter sido e não foi?


Não há regresso ao ponto de partida


A um hipotético recomeço


Nos findamos com tantas promessas incumpridas


Com esperanças decepcionadas


De resignação conformada


O Tempo tem somente dois tempos


O passado ancorado nas memórias


E o futuro idealizados nos sonhos


E os sonhos, esses


Qualquer que seja a idade


Latitude e longitude


Tal como as aves migratórias


Sempre regressam



 

José Paulo Pinto Lobo



(Poeta moçambicano)


 

Cascais, 31/12/2024



Para ter acesso ao mais recente livro de poesia "Nas sílabas do vento" do autor do blog clique aqui

Democracia na encruzilhada – o Brasil no governo Lula




Com pequena margem de diferença, a civilização ganhou da barbárie no Brasil na eleição presidencial em 2022 com a vitória de Lula sobre o candidato da extrema direita que conquistou quase metade dos votos do eleitorado. Com uma frente ampla de defesa da democracia e da justiça social, o presidente Lula iniciou seu governo costurando uma aliança com o mercado, com os militares e com a direita parlamentar, indevidamente chamada de Centrão. Para ler o texto de Liszt Vieira clique aqui















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