sábado, 1 de abril de 2023

"Introducão à poemonáutica" - Carlos Loures




Introducão à poemonáutica





Na tercena em que a nave é construída


e na página onde o poema é concebido,


são semelhantes as magias praticadas:


o corpo de osíris, em pedaços dividido,


é, pelo amor de ísis, devolvido à vida.


Barco e poema viviam antes de nascer.


A grande poesia e os barcos belos estão


nas árvores da floresta encarcerados.


Madeira e papel, libertos da prisão,


são poema ou nau que eram sonhados


por quem os concebeu e, solto, o poema, voa alteroso;


resgatado, o barco, desliza como um delfim majestoso.



 

Carlos Loures 



Para ler o Prefácio da 2ª edição do livro CULTURA ACÚSTICA E LETRAMENTO EM MOÇAMBIQUE: Em busca de fundamentos antropológicos para uma educação intercultural” do autor do blog clique aqui


Para adquirir o livro, sob demandaclique aqui

José de Sousa Miguel Lopes - Educação cinematográfica: construindo valores

 





A importância do cinema para a educação se justifica, em primeiro lugar porque o cinema é responsável por muito do que pensamos e sonhamos, em termos de projeções de modos de ser, de lugares, de imagens e sons; em segundo lugar, porque as obras do cinema participam da educação visual realizada no mundo contemporâneo; por último, porque a linguagem do cinema tem um potencial poético que orienta o processo de subjetivação em outras direções, mais plurais, mais abertas ao novo. Sua importância em sala de aula é hoje inquestionável, pelo que seria necessário que o estudo deste fenômeno social, político, artístico que é o cinema, estivesse contido nos currículos escolares de forma disciplinar. Para ler o texto de José de Sousa Miguel Lopes clique aqui


Grande imprensa, por que você blinda Moro e enaltece Bolsonaro?

 





As denúncias de Tacla Duran contra o ex-juiz não reverberaram nos grandes jornais, que deram ampla cobertura positiva para o retorno do ex-presidente que responde a inúmeros crimes no STF. Para ler o texto de João Filho clique aqui


Leia "Chico Alves: Vítimas contam torturas feitas por Ustra, a quem Bolsonaro chama de herói" clicando aqui


Leia "Vinício Carrilho Martinez: Direitos humanos fundamentais - a supressão da mentira" clicando aqui

Vaticano repudia finalmente a "Doutrina da Descoberta", usada ao longo dos séculos para subjugar povos indígenas

 





Em Nota emitida pelos dicastérios (‘ministérios’ que compõem a Cúria Romana) para a Cultura e a Educação e para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, o Vaticano repudiou a chamada “Doutrina da Descoberta”. Embasada por bulas do século XV e usada para ‘embasar’ tratados e documentos,  ela justificou durante mais de 500 anos o direitos dos colonos europeus a invadir, expulsar, escravizar, explorar e até buscar exterminar povos indígenas, considerados ‘inferiores’. Para ler a Nota clique aqui


Leia "Vijay Prashad: China e o mundo em desenvolvimento" clicando aqui


Leia "Adhemar S. Mineiro: Perspectivas dos BRICS para o próximo período" clicando aqui


Leia "José Ricardo Figueiredo:  Uma moeda para trocas internacionais" clicando aqui


Leia "Caitlin Johnstone: A importância dada a John Bolton prova que a sociedade está doente" clicando aqui


Leia "Julio Pompeu: O mérito e a sabedoria" clicando aqui


Leia "Julián Fuks: Sobre a indecisão, esse pequeno mal que talvez aflija uma geração inteira" clicando aqui

Adriana Calcanhotto: "Larga Tudo" & "Pra Lhe Dizer"





Para ler o texto de Lucas Lanna Resende “Adriana Calcanhotto defende a alegria no disco de inéditas "Errante"” clique aqui



A composição integra 'Errante', 13º disco da artista, que versa sobre o nomadismo da vida em turnês pelo mundo. "Larga Tudo" pode ser compreendida como um samba de roda, estilo baiano que surgiu ainda no século 17. Herança da cultura afrobrasileira, o ritmo está ligado às rodas de capoeira e às religiões de matriz africana. Nesse sentido, os dois acordes que estruturam a melodia derivam da luta e da dança, adquirindo, antes, uma natureza cênica. Portanto, a encenação que Adriana explora em seu webclipe dá vazão à gestualidade provocada pelo ritmo baiano. No vídeo ela samba com prato e faca, tal como manda a tradição. De acordo com o conceito visual de "Errante", veste roupas brancas e superdimensionadas, indicando lassidão, ócio e meditação, condições próprias à criação poética. Ao mesmo tempo, "Larga Tudo" é uma canção altaneira, um convite à patuscada. Sua letra transmite a vontade de felicidade, típica do modernismo brasileiro. Do mesmo modo, Adriana, gaúcha com elegância carioca, deglute o samba de roda e o devolve em sua forma canção. "O meu ideal é fazer canções em que, na primeira leitura, você a compreende, mas, se você tiver os códigos, pode alcançar uma segunda camada, depois a terceira", disse Adriana. Para assistir à interpretação de "Larga Tudo" clique aqui

 

Larga Tudo

 

Larga tudo e vem passar a eternidade desta madrugada


Num quarto de hotel com vista pro céu


Larga


Larga do que vão dizer na sua casa


Larga do que vão falar nessa cidade


Larga que a felicidade pode estar pra cá desta porta


Larga tudo e vem passar a eternidade desta madrugada


Num quarto de hotel com vista pro céu


Que quando chegar a alvorada eu já vou na estrada


Que é o que me leva





 


Para assistir à interpretação de "Pra Lhe Dizer" clique aqui


Navegando pelo cinema

 





 O nazismo pelas bordas




Uma jovem aspira ser atriz, numa alegria alienada do horror que bate à porta da França. Assim, "A garota radiante" encara o momento histórico com delicadeza, em prementes sinais do cotidiano e sem os diálogos expositivos de outras obras. Para ler o texto de José Geraldo Couto clique aqui








Preencher um silêncio em "Os Faroleiros": uma conversa com o compositor Daniel Moreira 




Realizado, escrito, produzido e protagonizado por Maurice Mariaud, “Os Faroleiros” (1922) foi durante tempos considerado um dos projetos mais ambiciosos concretizados em solo português. O “drama-documentário”, desta forma descrito, apresenta-nos um trio amoroso rompante entre “ondas de paixão e de ódio”, decorrendo numa vila costeira “guardada” por um pujante farol. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui








 "A Ascensão", de Larisa Shepitko




O gelo cola nos casacos grossos, nos chapéus, nos cílios. Quando um dos dois soldados em campo aberto começa a tossir sem parar, o outro pede que coma gelo – o que sobrou para comer. Pelo menos na primeira parte, este parece ser o verdadeiro inimigo. Ou esta, a natureza indiferente à dupla soviética que, na Segunda Guerra, tenta sobreviver. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui

Novidade Editorial CLACSO

 


 
Decolonialidade, emancipação e utopias
Retorno após contágio
 
Este livro, uma colaboração entre o CLACSO, o Instituto de Estudos Dominicanos da Universidade de Nova York (CUNY) e a Cátedra UNESCO "Ciências Sociais, Políticas Públicas e Governança Democrática", é uma antologia que reúne textos de diferentes autores, unidos por uma crítica especializada que tenta modificar o sistema econômico, político e social de uma época que multiplica as formas de desigualdade, exclusão e injustiça. As diferentes obras revelam o interesse transformador do pensamento social latino-americano baseado em três pilares fundamentais: desmontar o andaime eurocêntrico das ciências sociais, redefinir o universal e dar-lhe um sentido inclusivo e repensar a utopia como ponte possível entre o presente e o futuro .
 

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