"Corpo" - Maria Teresa Horta

Corpo

Sou voraz   não me apego

ao abrigo da alma

Sou o corpo   o incêndio

só o fogo

me acalma.

Maria Teresa Horta

Lula: "Esse discurso das hienas não foi feito pra vocês, foi feito pros milicianos dele"

Em entrevista exclusiva à Pública, Lula fala de Bolsonaro, Amazônia, Rede Globo, eleições 2020 e diz “O PT tem que fazer prevalecer a sua vontade e decidir quem vai ser candidato”.

Para ler sua entrevista clique aqui

Leia "É repulsivo ouvir um deputado falar de um repugnante AI-5" de Carla Jiménez clicando aqui

Leia "Os elos conhecidos da família Bolsonaro com acusados no caso Marielle" clicando aqui

Leia "Urgente: a promotora do caso Marielle precisa ser afastada" de Leandro Demori clicando aqui

Leia "A brutal gestão de Moro para os presídios" de Lucas Silva e Luisa Cytrynowicz clicando aqui

Leia "Fazenda Annoni: aqui começou o MST" de Jeisson Karnal clicando aqui

Leia "Um Fundo para transformar a mobilidade urbana" clicando aqui

Leia "Associação bancada por Nestlé e Coca-Cola tentou engavetar guia alimentar do Ministério da Saúde" de João Peres clicando aqui

A América Latina após o Outubro Rebelde

Ciclo de direita está abalado. Revoltas devastaram governos neoliberais e eleições abriram alternativas. Repressão militar foi neutralizada pelas multidões. Não há um rumo, mas velho projeto de esquerda – esgotado – pode dar lugar a algo novo. 

Para ler o texto de Antonio Martins clique aqui

Leia "Chile: 'É o começo do fim de um sistema ultramercantilizado', diz cientista político" clicando aqui

Leia "Governo de Fernández não se subordinará aos EUA, diz dirigente social da Argentina" clicando aqui

Leia "Parece que o jogo virou" de Denis Russo Burgierman clicando aqui

"Noites Cariocas" - Um chorinho clássico para recordar

Lembremos agora um dos estilos de música mais brasileiros que existem: o chorinho. Neste caso, convidamos você a ver e ouvir esta impecável performance de "Noites Cariocas", do saudoso Jacob do Bandolim, interpretada pelo grupo Dudu Maia e Regional clicando no vídeo aqui

Vida precária: Judith Butler e a irrecusável experiência da vulnerabilidade

O que pode ser feito do luto, em vez de ele se tornar um choro desesperado pela guerra e violência? Esse é um dos questionamentos feitos pela filósofa Judith Butler em seu livro Vida precária, lançado no Brasil em outubro pela Autêntica. O livro, publicado nos Estados Unidos em 2004, apresenta cinco ensaios escritos após o ataque de 11 de Setembro de 2001, nos quais discute, principalmente, a elaboração de políticas de violência após a experiência coletiva da perda, do luto ou do dano a uma “soberania” nacional. 

Para ler o texto completo clique aqui

Leia o "Prefácio" do livro "Vida Precária", de Judith Butler clicando aqui

Silvia Federici: A imagem da bruxa está no centro de uma batalha

"A coisa mais importante que as feministas podem fazer hoje é não apenas abraçar essa imagem da bruxa, mas também aprender e conhecer mais a verdadeira história das mulheres que de fato foram acusadas, presas, perseguidas e assassinadas de forma tão brutal.” 

Para ler o texto completo de Silvia Federici clique aqui

Leia "Não há mais no mundo lugar algum sem feminismo" de Pilar Álvarez clicando aqui

Cinema: Sinais de um mundo em transe

Mostra de São Paulo trouxe densas comédias e dramas humanos de todos os continentes. Entre elas, O paraíso deve ser aqui, de Elia Suleiman: um palestino, em meio às paranoias de segurança, escancara — em silêncio — o absurdo que o cerca. 

Para ler o texto de José Geraldo Couto clique aqui

"Meia Palavra" - Susana Félix

Meia Palavra

Tudo aquilo que queres ouvir

já to disseram com muito mais sal
é tempo de poderes descobrir
quanto é que o silêncio vale

Escuta cada entrelinha
está lá tudo o que há para dizer
põe a tua mão na minha
e ouve o marfim a correr

Meia palavra basta para falar de amor
palavra e meia é muito, sê bom entendedor
sê bom, sê bom entendedor,
sê bom, sê bom entendedor
meia palavra basta para falar de amor
palavra e meia é muito sê bom entendedor
sê bom, sê bom entendedor, sê bom...

Não sejas um filme tão espesso
com mil voltas para ir daqui ali
eu quero virar-te do avesso
e ler o que de melhor há em ti

Procura um sinal em cada olhar
a química não sabe mentir
deixa o silêncio falar
está lá tudo o que é preciso ouvir

Meia palavra basta para falar de amor
palavra e meia é muito sê bom entendedor
sê bom, sê bom entendedor,
sê bom, sê bom entendedor
meia palavra basta para falar de amor
palavra e meia é muito sê bom entendedor
sê bom, sê bom entendedor,
sê bom, sê bom entendedor

Não sejas delicodoce nem piegas
o amor avança sempre às cegas
ele sabe o caminho, deixa-o andar
não fales muito para não o assustar

Meia palavra basta para falar de amor
palavra e meia é muito sê bom entendedor
sê bom, sê bom entendedor,
sê bom, sê bom entendedor

Susana Félix

Perguntas com e ainda sem resposta sobre a menção de Bolsonaro no caso Marielle

MP do Rio diz que gravações contradizem depoimento do porteiro. Por que Aras diz ter arquivado o caso apenas "provavelmente" nesta quarta? Por que Witzel sabia da fala de funcionário? 

Para ler o texto completo de Felipe Betim clique aqui

Leia "Jair Bolsonaro é o último dos cachorrinhos adestrados de Donald Trump" de Josh London clicando aqui

Leia "Bolsonaro, falastrão de sorveteria" de Paulo Kliass clicando aqui

Leia "Bolsonaro: estelionato eleitoral" de Paulo Kliass clicando aqui

Leia "A hipocrisia como política externa" de Jamil Chade clicando aqui

Leia "O que realmente vale para o STF: Constituição ou vontade de uns generais?" de Paulo Cannabrava Filho clicando aqui

Leia "Glauber Braga: "reafirmo o dito: Sergio Moro é um juiz ladrão""  clicando aqui

Leia "Wanderley Guilherme dos Santos: modelo de intelectual público"  clicando aqui

Leia "Da Ponte para o Futuro ao Future-se: A ciência perde seu ministério" de  Otaviano Helene clicando aqui

Leia "Bens e serviços públicos são os novos ativos financeiros" Entrevista com Denise Gentil clicando aqui

Leia "Depois do "Dia do Fogo", segue devastação da floresta" de Daniel Camargos clicando aqui

"Vivemos a primeira revolta planetária da história"

Jeremy Rifkin (Denver, 1945) é um sociólogo que há décadas atua como futurólogo, como guia para as tendências mundiais. Assessor de governos em todo o mundo, é o autor de O fim dos empregos, que em 1995 abordava o desemprego pela automação, e de A Terceira Revolução Industrial e The Empathic Civilization, que trata da maneira como as novas tecnologias de comunicação convergem com as energias renováveis para criar uma sociedade na qual qualquer pessoa possa produzir sua energia, uma sociedade mais horizontal, participativa e empática.

Lá atrás, já alertava que talvez a mudança climática fosse um grave obstáculo e não errou. Agora, publica The Green New Deal, sobre o qual falou ontem na Fundação Rafael del Pino, em Madri. Chegou o momento, disse, de um gigantesco plano, como o New Deal de Roosevelt, que permita modernizar a infraestrutura, da rede elétrica aos edifícios e a produção de eletricidade, para descarbonizar a sociedade e criar milhões de empregos, por 30 anos.

Para ler a entrevista de Jeremy Rifkin clique aqui

Leia "Thomas Piketty: 10 recomendações para acabar com a desigualdade econômica" clicando aqui

Leia ""O comum é uma luta", diz Christian Laval" clicando aqui

Leia "Não podemos continuar pensando na natureza como uma fonte infinita de recursos" Entrevista com Inger Anderson clicando aqui

Leia "O novo velho Continente e suas contradições: Os senhores da Direita e o futuro da Europa" de Celso Japiassu clicando aqui

Leia "'Segredos oficiais': a verdade por trás da guerra do Iraque" de Jon Schwarz clicando aqui

Leia "Por que o Líbano também diz basta!" de Nizar Hassan clicando aqui

Leia "Chile: conquistas e impasses no levante da população" Entrevista com Luan Vasconcelos Fernandes clicando aqui

Leia "'O Chile acordou': autora da foto viral que marcou protestos conta o que sentiu ao capturar imagem" de Marcia Carmo clicando aqui

Leia "Ken Loach: uberização é o trabalho escravo moderno" clicando aqui

Mark Knopfler - "Sultans Of Swing"

Para assistir à interpretação de "Sultans Of Swing" por Mark Knopfler clique no vídeo aqui

O último navio negreiro dos Estados Unidos. Dos porões do Clotilda até Africatown

Em maio de 2019, a notícia de que arqueólogos haviam descoberto os destroços do Clotilda – o último navio negreiro registrado a chegar nos Estados Unidos, 52 anos após a proibição do comércio internacional de escravos – foi manchete em todo o mundo. No entanto, toda a atenção se concentrou no dono do navio, em seu capitão e no próprio navio, não nas vítimas dessa terrível jornada. 

Para ler o texto completo de Sylviane A. Diouf clique aqui

5 motivos para descriminalizar o porte de drogas para uso pessoal

Entenda a importância e o impacto da descriminalização para a sociedade clicando aqui

Terra-natal dos humanos modernos fica no norte de Botswana

Cientistas assinalam o lugar preciso em África de onde vieram os humanos modernos a partir da mais antiga linhagem maternal e segue o rasto das primeiras migrações empurradas pelas mudanças no clima. 

Para ler o texto completo de Andrea Cunha Freitas clique aqui

"As tuas mãos" - Encandescente

As tuas mãos

Como podem tuas mãos ser em mim fogo e água
E atearem labaredas e correrem como um rio
E matarem minha sede e serem fogo e arrepio
E serem chama e calor
E serem úmidas brasas
E serem sólidos os teus dedos
E em mim nascerem asas
E voar nas tuas mãos
Fogo, água e arrepio
Tremer ardendo de paixão
E desfazer-me em gotas de água
Entre os teus dedos
Nas tuas mãos
Minha prisão e minhas asas. 

Encandescente

PSL e MBL já estão em campanha para as eleições municipais. E a esquerda?

polí

É estarrecedor constatar que as eleições municipais não estão no centro do debate e da mobilização da esquerda atualmente. É mais frustrante ainda pensar essa postura é um mero reflexo de um processo que vem ocorrendo há muitos anos: o afastamento das lideranças políticas partidárias das camadas populares, esquecendo o trabalho de base, enquanto a extrema-direita ocupa esse vazio sem concorrentes.

Recentemente, a deputada Áurea Carolina fez um apelo importante para direcionarmos nossa atenção às eleições municipais. O pleito de 2020 está se aproximando, e a extrema-direita tentará eleger um exército de vereadores e prefeitos no Brasil todo. Se os extremistas conseguirem o que planejam, haverá a capilarização do bolsonarismo. Uma vez entranhados na micropolítica local, teremos anos e até décadas de avanço conservador e autoritário. Pode ser a pá de cal sobre nossas esperanças. 

Para ler o texto completo de Rosana Pinheiro-Machado clique aqui

Leia "Wikileaks revela gravíssima sabotagem dos EUA contra Brasil com aval de FHC" de Beto Almeida clicando aqui

Leia "O enigma chileno (e o nosso)" de Silvio Pedrosa clicando aqui

Leia "O que o Brasil pode aprender com as eleições na Argentina" de Rafael Duarte clicando aqui

Leia "O ônus da desigualdade no Brasil" de Sucena Shkrada Resk clicando aqui

Leia "Le Monde analisa motivações por trás de "Bolsonaro, o presidente-miojo"" clicando aqui

Leia "Avaliação da pós-graduação brasileira: um olhar paras o futuro" de  Isaac Roitman clicando aqui

Leia "Maus tratos, depressão e morte nas ruas de SP" de Paulo Eduardo Dias clicando aqui

Leia ""Nossa Senhora quer": como o líder dos Arautos induzia jovens a conseguir dinheiro" de Thais Reis Oliveira clicando aqui

Žižek: De Hong Kong ao Chile?

Devemos evitar a todo custo celebrar esses protestos por conta de sua distância em relação à política estabelecida. Há aqui uma difícil tarefa “leninista” diante de nós: como organizar o crescente descontentamento em todas as suas formas, incluindo os protestos ecológicos e feministas, na forma de um movimento coordenado e de larga escala? Se fracassarmos nisso, o que nos aguarda é uma sociedade de estado de exceção e descontentamento civil permanentes. 

Para ler o texto de Slavoj Žižek clique aqui

Leia "Oportunidades diante da crise no Iraque: especialista dos EUA ressalta a "saída neoliberal" como solução para recuperação do país, mas isso é bom para quem?" de Rodrigo Amaral clicando aqui

Leia "América Latina: As razões da derrota do neoliberalismo são as mesmas da esquerda" de Cesar Sanson clicando aqui

Leia "Nas ruas, o Haiti resiste à sanha neocolonial" de Cristóbal León Campos clicando aqui

Leia "Chile. A insurreição popular vem do subterrâneo e perfura a máquina violenta e neoliberal" Entrevista com Karmy Bolton clicando aqui

Leia "O modelo [ultraliberal] chileno se esgotou" Entrevista com Carla Alberti clicando aqui

Leia "Fracasso de Macri e acerto político de Cristina explicam vitória de Fernández, diz sociólogo Atilio Borón" clicando aqui

Leia ""Que nossos opositores sejam conscientes das cinzas que deixaram", diz Alberto Fernández" clicando aqui

Leia "A crise climática é um problema global e individual" Entrevista com Jonathan Safran Foer clicando aqui

Leia "O perigoso discurso da emergência climática" de Silvia Ribeiro clicando aqui

Rui Reininho & Rita Redshoes - "Dançar Sós"

Para assistir à interpretação de "Dançar Sós" nas vozes de Rui Reininho & Rita Redshoes clique no vídeo aqui

A difícil fuga da sociedade rottweiler

Seria possível restaurar um capitalismo civilizado e reviver as políticas de coesão social do pós-II Guerra? Que razões estruturais podem ter tornado esta via impossível, exigindo agora uma transição muito mais profunda, incerta e atrevida? 

Para ler o texto completo de Eleutério F. S. Prado clique aqui

Leia "Capitalismo, teu nome é ditadura financeira" de Grace Brakeley clicando aqui

Leia "Capitalismo atolado" de León Bendesky clicando aqui

Leia "A resistível ascensão dos "novos" fascistas" de Michael Löwi clicando aqui

Leia "Qual é o real tamanho da pobreza no mundo?" de José Eustáquio Diniz Alves clicando aqui

Por que razão o racismo ainda é uma questão europeia?

Nas últimas semanas, Lilian Thuram, futebolista campeão do mundo pela França em 1998, voltou ao centro das notícias e debates na Europa quando se pronunciou em defesa de um jogador negro vítima de racismo de torcedores. Thuram teve a coragem de dizer que os brancos pensam ser superiores e acreditam nisso, pois o racismo é uma construção de séculos e muito difícil de ser mudada (1). O fato de a frase virar alvo de polêmica revela a necessidade de se discutir o racismo na Europa como um legado da história imperial ultramarina de diversos países europeus, mas também a necessidade de ir além desta discussão. Como afirma Ângela Davis, “não basta não ser racista, há que ser antirracista” (2). 

Para ler o texto completo de Fernanda Vilar clique aqui

MIA COUTO: "Pássaros cegos" e mais cinco contos

No caminho de regresso, o meu pai seguiu à frente, peito enfunado, passos determinados ecoando sincopadamente pelo hospital. Regressava não a casa mas ao seu passado militar. Foi oficial do Exército até ao dia em que a nossa mãe morreu. Nesse dia, deixou tombar no chão a farda, as divisas e a arma e saiu em roupa interior pela porta do quartel. 

Para ler o conto "Pássaros cegos" e mais cinco contos clique aqui

"Para o meu coração basta o teu peito..." - Pablo Neruda

Para o meu coração basta o teu peito,
para a tua liberdade as minhas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.

És em ti a ilusão de cada dia.
Como o orvalho tu chegas às corolas.
Minas o horizonte com a tua ausência.
Eternamente em fuga como a onda.

Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e como os mastros.
Como eles tu és alta e taciturna.
E ficas logo triste, como uma viagem.

Acolhedora como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma.

Pablo Neruda

Guedes (Drummondiana nº 1) - Antônio Oswaldo

Guedes (Drummondiana nº 1)

E agora, Guedes?
O Chile acordou,
A luz acendeu,
A noite esquentou,
Estudante gritou,
Revolta espalhou,
Escumalha aderiu...

E agora, Guedes?
O que será do Chile,
Se salário já não há
E a universidade pública
Virou paga por lá?
E os velhinhos suicidas,
Sem plano de saúde?
E o povo todo,
Sem saúde pública?
O que seus Chicago's Boys,
Mimados playboys,
Aprontaram por lá?

E agora, Guedes?
O metrô não veio,
Santiago parou,
O Chile descarrilhou,
Barricada surgiu,
Tudo queimou,
General decretou
Toque de recolher,
Não adiantou,
Povaréu desafiou...

E agora, Guedes?
A receita falhou?
Seu modelo faliu?
O Chile não era tão bom?
Eu não quis acreditar
Que você faria
Igual por aqui...
E agora que o Chile fracassou
Onde está seu modelo
Que já matou vinte,
Feriu cem,
Prendeu mil?...
Seu modelo chileno
Não era tão bom?
Como foi que faliu?

E agora, Guedes?
Chile não há mais...
Você está sozinho no escuro,
Perdido, sem rumo...
Mas errar é tão humano!
Corrija a rota,
Admita a derrota
Dos seus Chicago's Boys,
Seus Chicago's "Toys"
De gente que manda,
Comanda a miséria...

E agora, Guedes?
Que seu neoliberalismo
Nos lançou no abismo
Da desesperança?
Coragem!
Faça mea culpa,
Saia de cena,
Mas não fuja correndo,
Diga que falhou,
Beba o seu veneno
E morra com a honra
Tão pouca que lhe sobrou...

Antônio Oswaldo

(D'après Carlos Drummond de Andrade, in JOSÉ)

Regime de Capitalização em Regime de Capitão

Segundo a Bíblia, a Árvore da Vida é uma das duas árvores especiais colocadas por um ente sobrenatural no centro do jardim chamado Éden. A outra é a “Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal”, de cujo fruto, Eva, e depois Adão, acabaram por comer por influência de uma serpente. A serpente é O Mercado? Ou O Estado?

Em muitas outras crenças e mitologias se acham metáforas com as características do Éden bíblico. Numerosas ilustrações fornecem indícios de reflexos da Árvore da Vida e da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal nas crenças dos fenícios, sírios, persas, gregos, sicilianos, maias, astecas, javaneses, japoneses, chineses e indianos. 

Para ler o texto completo de Fernando Nogueira da Costa clique aqui

Leia "Documento revela pressão da Embratur sobre a Funai para transformar terra indígena em hotel de luxo na Bahia" de Amanda Audi clicando aqui

Leia "O Brasil à beira do precipício" de Breno Altman clicando aqui

Leia "'Caçador de corruptos' dos anos 90 reprova Deltan, Aras, Lula e Bolsonaro" de Eduardo Militão clicando aqui

Leia "Entre tantos retrocessos, Bolsonaro traz de volta a antiga e superada tensão com a Argentina" de Tereza Cruvinel clicando aqui

Leia "Base de Alcântara: os perigos aos quilombolas" de Danilo Serejo clicando aqui

Leia "Carta Aberta ao Governador da Bahia" de Boaventura de Sousa Santos clicando aqui

Leia "Danem-se os escrúpulos. Dias Toffoli já sinaliza excepcionalidade para decisão sobre trânsito em julgado" de Denise Assis clicando aqui

Leia "O interesse em construir hidrelétricas em vez de investir em alternativas é a grande quantidade de dinheiro que pode ser ganho nas obras" Entrevista com Philip Fearnside clicando aqui

Leia "Fiori: Danação da História e disputa pelo futuro" clicando aqui

Leia "Sobre as próximas eleições: há similaridades entre Bolsonaro e Collor" de  Marcos Coimbra clicando aqui

Leia "Feminismo cristão: católicas e evangélicas querem descriminalizar o aborto" de Aline Takashima clicando aqui

Leia "Mente aberta" de Luara Calvi Anic clicando aqui

Leia "Abismo tropical: um ano depois, filme revive pesadelo da eleição de Bolsonaro - Entrevista com Paulo Caldas" clicando aqui

Leia "De Junho a Bolsonaro, documentário revela o fim de um Brasil conciliador" de Murilo Cleto clicando aqui

O rebentar sul-americano, encruzilhadas do neoliberalismo

Há algumas semanas que as direitas sul-americanas estão numa encruzilhada. As resistências no Chile, Equador e Argentina procuram, por diversas vias, confrontar o neoliberalismo pós-globalizado. As pessoas sentem que já nada têm a perder. Menara Guizardi diagnostica três respostas a um modelo voraz. São compostas pela reação imediata ao ajuste econômico e pela experiência acumulada durante anos de protestos.

Para ler o texto completo de Menara Guizardi clique aqui

Leia "A agitação social que inflama a América do Sul" de Thomaz Milz clicando aqui

Leia "A dupla crise - da narrativa histórica e descrição geográfica - contra o dragão do neoliberalismo" de Bruno Cava Rodrigues clicando aqui

Leia "A onda progressista da América Latina não acabou", afirma vice-presidente da Bolívia Álvaro García Linera" clicando aqui

Leia "Evo venceu. E agora?" de Katu Arkonada clicando aqui

Leia "Contra injustiça, Alberto Fernández pede "Lula livre", grito que ecoa pela Argentina" de Vanessa Martina Silva clicando aqui

Leia "Caiu o primeiro: derrota de Macri anuncia mudança de ventos na América do Sul" de Cynara Menezes clicando aqui

Leia "LIVRO - "La integración latinoamericana en debate: Incertidumbre, formatos institucionales fragmentados y caminos alternativos latentes"" clicando aqui

Luka Sulic - "Spring"(1st movement) de Vivaldi

Para assistir à interpretação de "Spring"(1st movement) de Vivaldi pelo violoncelista Luka Sulic clique no vídeo aqui

Uma tributação para o século XXI

“É necessário que os pesquisadores, distantes das disputas políticas e das urgências de curto prazo, projetem um sistema coerente de impostos que substitua os velhos esquemas, que estimule o cuidado ambiental e a eficiência econômica, que garanta recursos suficientes para o financiamento do gasto público. Tudo isso é imprescindível tanto para garantir os direitos de cidadania, como para manter a progressividade e a justiça fiscal”.

Para ler o texto completo de Juan A. Gimeno, da Universidade Nacional de Educação a Distância (UNED) e membro da organização Economistas sem Fronteiras, Espanha, clique aqui

Inteligência Artificial, horror e resistência

O reconhecimento facial alastra-se. Todos os seus trajetos serão rastreáveis. Câmeras revelam emoções. Imagens pessoais são armazenadas e catalogadas, sem consentimento. Porém, as sociedades resistem — e alcançam vitórias. 

Para ler o texto completo clique aqui

Cirque du Soleil - "Kurios"

Para assistir ao show "Kurios" do Cirque du Soleil clique no vídeo aqui

"Bastava-nos amar" - Joaquim Pessoa

Bastava-nos amar

Bastava-nos amar. E não bastava 
o mar. E o corpo? O corpo que se enleia? 
O vento como um barco: a navegar. 
Pelo mar. Por um rio ou uma veia. 

Bastava-nos ficar. E não bastava 
o mar a querer doer em cada ideia. 
Já não bastava olhar. Urgente: amar. 
E ficar. E fazermos uma teia. 

Respirar. Respirar. Até que o mar 
pudesse ser amor em maré cheia. 
E bastava. Bastava respirar 

a tua pele molhada de sereia. 
Bastava, sim, encher o peito de ar. 
Fazer amor contigo sobre a areia. 

Joaquim Pessoa