Nos 40 anos de morte, conheça fatos inusitados sobre Agatha Christie
A
escritora Agatha Christie em foto tirada em dezembro de 1954, em Londres
Nos 40 anos de
morte, conheça fatos inusitados sobre Agatha Christie
DE SÃO PAULO
12/01/2016
Há exatos 40
anos, a escritora inglesa Agatha Christie, conhecida como "Rainha do
Crime" pela excelência de seus romances policiais, morreu em decorrência
de uma pneumonia. Desde então, nunca esteve tão viva: hoje, sua obra —66
romances e 14 contos— já ultrapassou a marca de 1 bilhão de exemplares em
mais de 400 línguas. A popularidade transborda em outras frentes culturais: no
fim de 2015, quando a BBC One transmitiu o primeiro episódio da minissérie
"And Then There Were None" —baseada no livro "E Não Sobrou
Nenhum", de 1939—, 6 milhões de britânicos (ou 10% da população)
assistiram ao programa.
Veja alguns
fatos sobre Agatha Christie e sua obra:
1. Aos 26
anos, ela manipulava venenos como forma de ganhar a vida
Na obra de Christie, o envenenamento como método de assassinato é algo comum.
Isso se deve à experiência da autora com substâncias nocivas à saúde. Ela
trabalhou como enfermeira durante a Primeira Guerra Mundial e, depois, foi
assistente em uma botica —como eram conhecidas as farmácias naquele tempo—e
tinha acesso a uma infinidade de toxinas. "Como eu estava cercada por
venenos, era natural que a morte por envenenamento fosse meu método
escolhido", ela
escreveu em sua autobiografia a respeito da inclusão de estricnina e brometo
em seu primeiro romance publicado, "O Misterioso Caso de Styles".
2. Ela foi
investigada pelo MI5 durante a Segunda Guerra Mundial
Após o lançamento de "M ou N?", em 1941, a agência de inteligência
britânica ficou com uma pulga atrás da orelha —um personagem chamado major
Bletchley poderia ser uma referência a uma pessoa real: Dilly Knox, que
trabalhava em Bletchley Park, a instalação militar secreta onde códigos eram
decifrados durante a guerra. Christie
chegou a ser investigada mas, como não havia evidências concretas, o
inquérito foi arquivado.
3. A
escritora ficou desaparecida por 11 dias
Em 3 dezembro de 1926, Archibald Christie, primeiro marido da escritora,
revelou à mulher que estava tendo um caso com uma conhecida do casal e partiu
para um fim de semana de amor com a "namorada". Naquela noite, Agatha
Christie saiu de casa. No dia seguinte, seu carro foi encontrado em um
barranco, com os faróis acesos e todos os pertences intactos dentro do veículo:
casaco de pele, mala, carteira de motorista (vencida). O desaparecimento
começou a ser investigado pela polícia; aviões, mergulhadores e cerca de 15.000
voluntários procuravam pela escritora. Onze dias depois, Agatha Christie foi
encontrada no Hydropathic Hotel, na cidade de Harrogate. Havia chegado lá de
táxi, com uma mala. Não soube dizer o que houve e os médicos diagnosticaram
fuga dissociativa, transtorno em que uma pessoa, sob muito estresse, perde a
memória e se desloca para lugares desconhecidos.
4. Poirot
teve obituário no "New York Times"
A morte do detetive Hercule Poirot, criação mais célebre de Agatha Christie,
foi estampada na capa do jornal "New York Times", na edição de 6 de
agosto de 1975. Como isso, ele se tornou o único personagem fictício a ter
obituário na história da publicação. Assinado pelo repórter Thomas Lask, o
texto dizia: "Hercule Poirot, detetive belga que se tornou famoso
internacionalmente, morreu na Inglaterra. Sua idade é desconhecida". Sobre
a sua saúde de Poirot, Lask disse: "A notícia de sua morte, dada pela dama
Agatha, não foi inesperada. Indicações de que ele estava próximo da morte
chegaram aqui em maio passado". Dois meses depois do obituário, Christie
lançou "Cai o Pano", com o último caso investigado pelo detetive.
5. As
histórias de Miss Marple formam o livro comercial mais grosso do mundo
Em 2009, a HarperCollins
UK lançou uma coletânea com todas as histórias da detetive amadora Miss Marple —12 romances
e 20 contos. O livro contém 4.032 páginas, pesa mais de 8 quilos e tem 32,2
centímetros de grossura —este último item fez com que a obra fosse parar no
Livro Guinness dos Recordes. Somando todos os textos, há 68 crimes cometidos,
11 amantes mulherengos, 68 segredos e mentiras, 22 falsas acusações e 21
histórias de amor.
FONTE: Aqui
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