sábado, 12 de julho de 2025

"A cor do sonho" - Adão Cruz

 



A cor do sonho
 



A mensagem que deixaste


como laço da prenda de todos


faz pensar.


Tão sublime que exalta


e tão vaga que oprime.


Leva-nos além do falar


que só não falando se entende.


Por mais serena que seja a luz


e mais suave o convite


não sabemos quem ordena e conduz


se a razão se o palpite


se a chaga ou a lança


se a sorte ou a desdita


ou o sonho que tudo reduz


àquilo que se acredita.


Trememos de frio em dia de sol


e somos ventre de fogo


nas tardes cinzentas de chuva.


Subimos o alto dos montes


descemos o fundo dos mares


onde tudo se fecha e se abre


na falsa harmonia dos contrastes


que fazem a ponte entre a noite e o dia.


Nascem algemas de ouro


nos pulsos abertos de sangue


e não sabemos quem seguir


se a alma se a razão


quando neste vaivém de cansaço


uma entra e outra sai


como sangue no coração.


Se o sonho cai desfeito


nas trevas de tudo ter feito


entre a razão e o deserto


não há razão que resista


a uma vida em aberto.


Todos olham e dizem


o que seria bom de ouvir…


mas a farsa que a gente é


só dói mesmo de pé


antes de a gente cair.





Adão Cruz

Brasil - Radiografia semanal
























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HUMOR: O Rei, o Tempo e o Burro


Um certo dia um rei queria ir pescar. Chamou o meteorologista real e perguntou sobre a previsão do tempo para as próximas horas. O meteorologista garantiu-lhe que não havia chance de chuva nos próximos dias. Então, o rei foi pescar com sua esposa, a rainha. No caminho, encontrou um fazendeiro em seu burro. Ao ver o rei, o fazendeiro disse:

"Majestade, retorne ao palácio imediatamente, pois em breve espero uma enorme quantidade de chuva nesta área".

O rei foi educado e atencioso e respondeu: "Tenho grande consideração pelo meteorologista do palácio. Ele é um profissional com vasta formação e experiência, e eu lhe pago um salário altíssimo. Ele me deu uma previsão muito diferente. Confio nele e continuarei meu caminho."

E assim fizeram. No entanto, pouco tempo depois, uma chuva torrencial caiu do céu. O rei e a rainha estavam completamente encharcados e sua comitiva riu ao vê-los em tão vergonhosa condição. Furioso, o rei retornou ao palácio e deu ordem para demitir o meteorologista imediatamente! Então, chamou o fazendeiro e ofereceu-lhe o prestigioso e bem pago cargo de meteorologista real.

O fazendeiro disse: "Majestade, não entendo nada de previsões. Obtenho minhas informações do meu burro. Se eu vir as orelhas do meu burro caídas, significa com certeza que vai chover."

Então, em vez disso, o rei contratou o burro na hora. E assim começou a antiga prática de contratar jumentos para trabalhar no governo e ocupar seus cargos mais altos e influentes.


Reflexões sobre o tempo presente























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