Navegando pelo cinema
Passeio com João de Deus
O isolamento leva-me a este estado de espírito, e este estado de espírito a João César Monteiro. É uma espiral viciosa de melancolia na “boa” companhia de João de Deus, que me enche de um sentimento inexplicável de “saudade” (essa palavra, ou antes sentimento que desejamos nós, portugueses, “vender” como exclusiva), ao mesmo tempo refletindo a suja natureza da perversão, encostando-o a uma naturalidade hoje inconcebível. João, o padroeiro das prostitutas e dos loucos, de Lisboa concretamente, é aqui uma criatura rastejante que nunca busca o perdão nem sequer a consolidação para com a Ordem Sagrada, vive, mais que vivendo, alimentando-se dos prazeres da carne e do desejo incontrolavelmente mórbido. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui
Programa legal
O star-system tem dessas coisas. Por mais diversificados que tenham sido seus papéis ultimamente, Emma Thompson continua fortemente associada aos clássicos de Shakespeare, às adaptações literárias de época e à franquia Harry Potter. Por isso é divertido vê-la se preparando para fazer um boquete num garoto de programa em "Boa Sorte, Leo Grande" (Good Luck to You, Leo Grande). É um papel sem dúvida ousado, em que a atriz se expõe fisicamente na idade madura e flerta com a concupiscência (para usar um termo empregado nos excelentes diálogos escritos por Katy Brant). Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui
'A mulher rei': bom primeiro passo, mas longe do ideal
Na coletiva do último dia 19 de setembro, no Rio de Janeiro, a estrela e produtora deste “A Mulher Rei”, Viola Davis, demonstrou uma leve irritação com a pergunta de um jornalista. É que a tal questão cometia o sacrilégio de enquadrar o longa como um filme de ação. Viola retorquiu, dizendo ser reducionista encarar a obra nesses termos. O correto, segundo ela, seria dizer “drama histórico de ação”. Para ler o texto de Marcos Faria clique aqui
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