quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

"Palavras" - Marcia Mah

 



Palavras

 




No princípio era o verbo e o desejo se fez forma



Fiat Lux! Água, montanha, mato, bicho, estrela, raio e o escambau!


Penso, logo existo! Hum, eterno início?


Ser ou não ser, eis a questão!


Dizia Hamlet com a caveira na mão



A palavra traduz, a palavra encanta


Palavra primitiva ou palavra derivada


Mar, marinheiro, marujo, marinada


Fogo, fogoso, fogacho, fogaréu


Essência é pensamento


Palavra é substância


A mente mente?


Memes – Ctrl C, Ctrl V


Copiou colou, copiou colou, copiou colou


Quanto se escreve, quanto se fala


Nessa Torre de Babel


Joga as tranças Rapunzel


Olha o liz pra cabelo sem frizz


Não sei que tem, não sei que lá


Ensaboando a conversa


Blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá



Parábola, parabolé


Língua de gente dando nome ao que é


Parabolé, parábola


Tem tanto assunto nesse mundo pra falar



Quem pergunta quer saber


Quem tem boca vai a Roma


Palavra vai, palavra vem


E quem fala pode cantar também


Toda palavra tem sua rima


Pa, pa, pa, pa, pa, pa pa palavras


Aliviam dores, lavam mágoas


Movem montanhas


Atingem o estômago, a pele a estima


Iluminam os olhos de alegria



Cruzadas, criptografadas


Palavras contidas: Baque


Erotizadas: Poemas


Feitas de melos: Canção


Ditas com as mãos: Libras


Pra imaginação: Livros


A palavra dentro da palavra



Palavra dentro da palavra: Beija-flor



Parábola, parabolé


Língua de gente dando nome ao que é


Parabolé, parábola


Tem tanto assunto nesse mundo pra falar



Jogo rápido – é com você!


Felicidade... Lembrança... Sonho... Defeito...


Pra bom entendedor as entrelinhas


Entre nós a meia palavra é um meio


Que se completa no silêncio


Uma parte é resposta


Outra dúvida posta



 

Marcia Mah


Militares tentam aproveitar crise na Abin para criar órgão de segurança cibernética ligado ao GSI

 




Iniciativa das Forças Armadas ganha fôlego com investigação da PF sobre espionagem. Mas militarização da segurança cibernética é um problema no Brasil. Para ler o texto de Paulo Motoryn clique aqui


Joaquim de Carvalho - Transparência Internacional e o lavajatismo: aliança que arruinou o Brasil sobrevive e tem juiz em posto-chave


Sergio Ramalho: Tem algo que a família Bolsonaro teme na investigação do caso Marielle


Schirlei Alves e Diego Nunes da Rocha: A dupla jornada que não aposenta as mulheres


Guilherme Arruda: Para onde vai a Saúde em 2024, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade


Melissa Rocha e LudmilaZeger: 'Violência fascinante': como o ódio nas redes leva à radicalização de crianças no Brasil (VÍDEO)


João Carlos Brum Torres: Retrato do Brasil - ensaio sobre a tristeza brasileira


Cleverson Fleming: Como Freyre revelou (e justificou) a opressão de gênero


Micael Olegário: Justiça aos Lanceiros Negros, 180 anos depois


Jeffrey Sachs: Israel não pode se esconder da Corte Internacional de Justiça

 





"Os israelenses devem entender que os EUA não podem - e não vão - salvar Israel a longo prazo", escreve Jeffrey Sachs. Para ler seu texto clique aqui



















































Nicolás Molina: "Autos y camiones" & “Full Performance”





O uruguaio Nicolas Molina é, talvez, o único cantor e compositor capaz de colocar numa mesma faixa um colaborador dos norte-americanos The War On Drugs e um do pernambucano Tagore. É, também, um músico multipremiado em seu país natal, mas cujos pré-saves de seu último disco foram majoritários no Brasil, onde ele não ocupa nenhuma mídia mainstream. E é, acima de tudo, um dos fazedores de canções mais interessantes da América Latina em atividade.


Leonardo Vinhas 


Para assistir à interpretação de "Autos y camiones" clique aqui









Assista agora a Nicolas Molina y Los Cósmicos em “Full Performance” (23:48) clicando aqui


Navegando pelo cinema






O cômico e afetivo "Seu Cavalcanti", de Leonardo Lacca




O documentário pernambucano que encerrou a Mostra Olhos Livres em exibição na portentosa Cine Tenda levantada em uma praça de Tiradentes tem uma equipe estrelada: Kleber Mendonça Filho e Emilie Lesclaux são os produtores, Pedro Sotero assina a direção de fotografia (certamente das cenas menos íntimas do protagonista – as demais feitas pelo próprio diretor), Maeve Jinkings interpreta uma das personagens mais curiosas do filme e os irmãos Pretti emprestam a sua inventividade para a montagem, responsável, em boa parte, pela devida organização de um vasto material caseiro que são as gravações do cotidiano de Severino Cavalcanti, avô do diretor Leonardo Lacca. Para ler o texto de Leandro Luz clique aqui


 





Mergulho Noturno




Baseado no aclamado curta-metragem de 2014, de Rod Blackhurst e Bryce McGuire, o filme é estrelado por Wyatt Russell como Ray Waller, ex-jogador da liga principal de beisebol forçado a se aposentar precocemente em função de uma doença degenerativa. Ele muda para uma nova casa com sua preocupada esposa, a filha adolescente Izzy e o filho Elliot. Ray, que no fundo ainda espera, contra todas as probabilidades, voltar à liga profissional, convence Eve de que a cintilante piscina do quintal da nova casa pode ser uma diversão para as crianças e uma ótima alternativa para as sessões de fisioterapia dele. Mas um segredo sombrio do passado da casa vai desencadear uma força malévola que levará a família ao terror mais profundo e inevitável. Para ler o texto de Cauê Petito clique aqui







"Pedágio" - A "cura gay" de Tiquinho Holiday




Performances musicais de um jovem negro, pobre e gay no filme dirigido por Carolina Markowick. Para ler o texto de Francisco de Oliveira Barros Júnior clique aqui

HUMOR - Os carros mais bizarros do mundo

 




Fabricar um carro nunca foi fácil, e ser criativo é ainda mais difícil. No entanto, encontramos alguns designs de carros que estão completamente fora dos padrões ditos normais. Práticos, estranhos e diferentes, talvez você nunca os veja em qualquer lugar, muito menos circulando nas ruas. Isso é o que há de tão divertido neles. Prepare-se para ver os carros mais bizarros do mundo clicando aquiaqui e aqui 


Nos caminhos da arte






Porque ler literatura medieval no século XXI



O conceito de Idade Média já é inventado como o lugar da alteridade por excelência. Os renascentistas dos séculos XV e XVI, buscando recuperar, ou seja, fazer renascer, os valores da antiguidade clássica grecorromana, chamam de “idade média”, ou “tempos médios” esse intervalo de tempo, esse meio do caminho escuro, gigantesco e amorfo, cuja única característica seria separá-los dessa época de ouro que buscavam recuperar no seu presente histórico. A Idade Média seria então, do ponto de vista dos renascentistas, o gigantesco saco de gatos onde seria jogado tudo que não fosse nem eles, nem os modelos e valores que buscavam recuperar. Ou seja, a Idade Média é definida por eliminação. Para ler o texto de Alex Castro clique aqui


 





Bela manipulação fotográfica do fotógrafo Dmitry Rogozhkin Masterclass




Em algum momento da minha vida, a fotografia tornou-se para mim uma forma mais conveniente de autoexpressão do que desenhar ou pintar. Para ver alguns dos trabalhos de Dmitry Rogozhkin Masterclass clique aqui







"Sobre Bantu", de Victor Hugo Pontes




O movimento é a base de tudo. De encosto a encosto temporário, foi preciso seguir em frente para criar aldeias, cidades, ocupar territórios, criar património e acumular. Acumulamos pegada ecológica inclusive só por existir, uns muito mais do que outros (Moçambique, por exemplo, é vítima das catástrofes ambientais sem ter contribuído para tal). A subsistência é o principal motor do movimento, que o digam os nómadas de todos os tempos. Mexeram-se e fizeram acontecer coisas, partiram e a sua vida provavelmente melhorou. Outros foram arrancados à força e sofreram muito. Levaram os seus rituais antigos e aculturaram-se noutros lados. No contágio cultural, novas línguas e novos movimentos aconteceram. E como o mundo não é só de quem o domina e dos seus interesses, o movimento continua a surpreender. Para mais, quando alguém perto de nós se move, uma brisa boa acontece. Para ler o texto de Marta Lança clique aqui


terça-feira, 30 de janeiro de 2024

"A mensagem que deixaste" - Adão Cruz


 


A mensagem que deixaste

 

 




A mensagem que deixaste


como laço da prenda de todos


faz pensar.


Tão sublime que exalta


e tão vaga que oprime.


Leva-nos além do falar


que só não falando se entende.


Por mais serena que seja a luz


e mais suave o convite


não sabemos quem ordena e conduz


se a razão se o palpite


se a chaga ou a lança


se a sorte ou a desdita


ou o sonho que tudo reduz


àquilo que se acredita.


Trememos de frio em dia de sol


e somos ventre de cobiça


nas tardes cinzentas de chuva.


Ressumamos de inveja gotas de suor


na face dos que pensam


sermos nós o melhor.


Subimos o alto dos montes


descemos o fundo dos mares


onde tudo se fecha e se abre


na falsa harmonia dos contrastes


que fazem a ponte entre a noite e o dia.


Nascem algemas de ouro


nos pulsos abertos de sangue


e não sabemos quem seguir


se a alma se a razão


quando neste vaivém de cansaço


uma entra e outra sai


como sangue no coração.


Se o sonho cai desfeito


nas trevas de tudo ter feito


entre a razão e o deserto


não há razão que resista


a uma vida em aberto.


Todos olham e dizem


o que seria bom de sentir…


mas nós não queremos ouvir.


A farsa que a gente é


só dói mesmo de pé


antes de a gente cair.



 

Adão Cruz

O apagão de professores no Brasil




Em 2022, 58% dos alunos de cursos de licenciatura desistiram de se formar. Jovens professores desistem do magistério após 5 anos, pelas más condições de trabalho e sofrimento mental. Em 15 anos, estima-se que faltarão professores na educação básica. Para ler o texto de Mariana Serafini clique aqui

 

Alexandre Aragão de Albuquerque: Uma agenda para libertar o Brasil


Clara Mattei: Brasil precisa de outro rumo


Caio Araujo: A deturpação liberal do anarquismo indigenista


Como o jogo de guerra de Netanyahu está prejudicando Israel




Desde 7 de Outubro de 2023, cerca de 100.000 palestinianos foram dados como desaparecidos, mortos ou feridos na guerra Israel-Hamas. Israel está a cometer uma limpeza étnica no enclave de Gaza. O governo israelita colocou a força desta guerra totalmente sobre o Hamas. No entanto, analistas de todo o mundo veem esta afirmação com muita suspeita. As forças israelitas estão a conduzir operações indiscriminadas na Faixa de Gaza. Muitos hospitais, escolas, mesquitas e igrejas foram bombardeados pelas forças israelitas em Gaza desde 7 de Outubro. Mais de 100 jornalistas também foram mortos nesta guerra pelas forças de defesa israelitas. Este último nem sequer se importou com a vida dos trabalhadores das Nações Unidas nos seus bombardeamentos e assassinatos indiscriminados em Gaza. Para ler o texto de Taut Bataut clique aqui

 

Pepe Escobar: Uma vitória sul-africana impedirá o genocídio em Gaza?


Martin Jay: A decisão da CIJ deve ser vista pelo que é: simbólica. Mas o que acontece a seguir é crítico


Jeff Halper - A decisão da CIJ sobre "genocídio plausível" em Gaza: uma vitória incompleta


Henrique Giroux: Genocídio e a política de falsas equivalências


Sudip Bhattacharya: A crise na Cisjordânia


Salem Nasser: Genocídio e Antissemitismo


Norman Salomon: Difamando manifestantes do cessar-fogo, Pelosi combina devoção a Israel com mania da Guerra Fria


Alexandr Svaranc: No Médio Oriente, o foco está a mudar para o Irão


Finian Cunningham: A estúpida campanha eleitoral machista dos EUA empurrará Biden para uma guerra condenada


José Goulão: A tentação fascista das elites europeias


Declan Hayes - Coragem holandesa: Sonja van den Ende, Russell Brand e as guerras de desinformação da OTAN


Vladimir Terehov: Viagem do ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, à África e à América Latina


Dmitry Orlov: Quando os russos atacam


Nick Turse: Guerra remota e pessoas dispensáveis


Sonali Kolhatkar: Uma história de dois pastores


Alice Marcelino: As tecnologias continuam a favorecer o projeto de desumanização


Ronald León Núñez: O duplo processo de restauração e revolução na Europa Oriental


OMS: o engodo da Cobertura Universal de Saúde


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