segunda-feira, 31 de outubro de 2022

"Quando eu morrer quero tuas mãos em meus olhos" - Pablo Neruda

 





Quando eu morrer quero tuas mãos em meus olhos

 

 

 



Quando eu morrer quero tuas mãos em meus olhos;


quero a luz e o trigo de tuas mãos amadas


passar uma vez mais sobre mim seu viço:


sentir a suavidade que mudou meu destino.




Quero que vivas enquanto eu, adormecido, te espero,


quero que teus ouvidos sigam ouvindo o vento,


que cheires o amor do mar que amamos juntos


e que sigas pisando a areia que pisamos.




Quero que o que amo continue vivo


e a ti amei e cantei sobre todas as coisas


por isso segue tu florescendo, florida.




Para que alcances tudo o que meu amor te ordena,


para que passeie minha sombra por teu pelo,


para que assim conheçam a razão do meu canto.

 

 



Pablo Neruda

 


Para ler o Prefácio da 2ª edição do livro CULTURA ACÚSTICA E LETRAMENTO EM MOÇAMBIQUE: Em busca de fundamentos antropológicos para uma educação intercultural” do autor do blog clique aqui


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"Lula tem prestígio e carisma para liderar um pacto de reforma econômica e social que promova no Brasil as transformações de que o país carece". Algumas análises

 





Nas entrevistas a seguir, pesquisadores de diferentes áreas comentam o resultado das eleições presidenciais e os desafios do próximo governo. Para ler as entrevistas clique aqui


Leia "Noam Chomsky: No Brasil e EUA, a hora de vencer o fascismo" clicando aqui


Leia "O regresso do "garoto" Lula ao centro de um vulcão" clicando aqui


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Leia "Gilberto Maringoni: Haverá bolsonarismo sem Bolsonaro no poder?" clicando aqui



Leia "Ana Carolina Evangelista: Novo Brasil evangélico será desafio para o governo Lula" clicando aqui


Leia "Jamil Chade: Com cordão sanitário, Bolsonaro deixa de ser pária e passa a ser ilegítimo" clicando aqui


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Leia "Ronilso Pacheco: Igrejas evangélicas radicalizaram extremistas no Capitólio - e no Brasil também" clicando aqui


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Leia "Marta Maria Azevedo: Em defesa dos povos originários" clicando aqui


Putin: 'A Situação é, em certa medida, revolucionária'

 





"Putin, de fato, acertou na mosca: estamos às beiras de uma Revolução", diz Pepe Escobar. Para ler seu texto clique aqui


Leia "O desespero das elites empurra a União Europeia a tornar-se parte na guerra na Ucrânia" clicando aqui


Leia "Hans-Jürgen Geese: Todas as verdades deste mundo" clicando aqui


Leia "Alfredo Jalife-Rahme: Putin traça uma nova ordem financeira mundial de multipolaridade soberana" clicando aqui


Leia "José André Campos Ferreira: Tanta verdade junta mereceu publicação - take XXIII" clicando aqui


Leia "Vladimir Danilov: Será Ursula von der Leyen forçada a demitir-se e os seus atos investigados?" clicando aqui


Leia "Wolfgang Effenberger - "Neutralidade cooperativa": a Suíça no caminho errado" clicando aqui


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Leia "Raúl Zibechi: A esperança de uma onda progressista que subverte um mar reacionário e conservador" clicando aqui


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Leia "Rodrigo Petronio - Filosofia pluralista: antropoceno versus mesoceno – o ‘anthrōpos’ em discussão" clicando aqui


Leia "Danièle Linhart: Os discursos gerenciais de felicidade no trabalho semearam a desilusão" clicando aqui


Leia "Hartmut Rosa: Parar esse crescimento que nos levou a níveis absurdos" clicando aqui

Rihanna: "Lift Me Up"

 




Para assistir à interpretação de  "Lift Me Up" na voz de Rihanna clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema

 





 "A Conspiração do Cairo", de Tarik Saleh




Lançado nos cinemas franceses em 26 de outubro de 2022, o novo filme de Tarik Saleh surpreendentemente ganhou o prêmio de roteiro no Festival de Cannes 2022. Navegando entre o cinema de gênero e a meditação política, intriga, mas luta para convencer. Para ler o texto de Olivier Bartlet clique aqui







 Apocalipse indiano




Num certo momento de "Invisible Demons", o diretor Rahul Jain ajusta o foco de sua câmera para captar as partículas de poluição que circulam no ar de Delhi, a capital da Índia. Vemos, então, os “demônios invisíveis” que fazem do ar poluído a terceira maior causa de mortes naquele país. Delhi vivia em 2020 uma crise climática sem precedentes. A temperatura atingia os 50 graus em junho, antes que as monções inundassem bairros inteiros, acarretando epidemias. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui







 "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant": gaiola de desejo




"Die bitteren Tränen der Petra von Kant" (As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, 1972), de Rainer Werner Fassbinder, começou por ser uma peça de teatro da autoria do realizador que entretanto a passou a filme através do seu olhar simultaneamente de cena e de cinema. O realizador admitiu encenar as suas peças como filmes, assim como o fez com o cinema, tratando-o como teatro. Esta peça é a transposição pessoal de Fassbinder da relação com o seu amante Günther Kaufmann e também do seu dedicado assistente Peer Raben. Para ler o texto de Carlota Gonçalves clique aqui

HUMOR - Filme pornô

 




Quem é que não gosta de ver um filme pornô? Provavelmente quem fez... Deve ser constrangedor e até um pouco humilhante. É a intimidade do casal exposta pro mundo inteiro ver. Divirta-se clicando aqui

Nos caminhos da arte

 





 Carlos Drummond de Andrade: a poética do atrito e da anarquia




O poeta – com palavras e outros recursos – fecunda acontecimentos, fatos e imagens, como uma pedra no meio do caminho ou uma flor nascendo no asfalto. Para ler o texto de Jan Cenek clique aqui







 Fora das imagens há salvação?




Na contemporaneidade, a máxima resolução imagética da representação foi convertida em índice da veracidade do que é representado. Para ler o texto de Lucas Fiaschetti Estevez clique aqui








A arte natural única de James Brunt




É sempre maravilhoso estar na natureza, mas um homem que mora em Yorkshire, na Inglaterra, decidiu torná-lo ainda melhor usando objetos naturais para criar belas obras de arte. James Brunt organiza cuidadosamente pedras, galhos, folhas e frutos em espirais, círculos concêntricos e outros padrões detalhados. Dê uma olhada em sua arte única clicando aqui

domingo, 30 de outubro de 2022

"Sou o poeta..." - Henricabilio

 



Sou o poeta...



 

 

 

Sou o poeta ...
Dos eternos DIAS frios,
das HORAS vagas e nuas,
dos MINUTOS marginais,
dos SEGUNDOS... planos existenciais,
de todos os MOMENTOS fugidios!

Sou o poeta...
Das PALAVRAS cruas,
dos VERSOS fulgurantes,
dos POEMAS elaborados,
dos SONHOS eternizados,
dos SENTIMENTOS constantes!

Sou o poeta...
Do CORAÇÃO vermelho-vida,
dos OLHOS verde-bonança,
da ALMA azul-criança
e (apesar de tanta despedida)
dos SONHOS rosa-esperança!

Sou o poeta...
Dos ACASOS e da persistência
que - da noite para o dia -
viu nascer-lhe a poesia!

Mas ACASOS - mais que coincidência -
são a LUZ que me guia!



 

 

 

Henricabilio





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Valeu, BRASIL!!!!!

 





Em seu primeiro pronunciamento após ser eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou um tom conciliador. Mesmo sem citar nominalmente o adversário Jair Bolsonaro (PL), o petista criticou o atual governo e prometeu que vai governar "para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram" nele. Para ler seu discurso completo clique aqui


Fim do domínio dos EUA é apenas uma questão de tempo

 





Mas que alternativa pode uma nova ordem multi-lateral, liderada pelos BRICS, oferecer à versão criminosa, liderada pelos EUA, de guerra e caos? Para ler o texto de Rainer Rupp clique aqui


Leia "Hans-Jürgen Geese: "Todas as verdades deste mundo" clicando aqui


Leia "Eric Zuesse: A NATO quer colocar mísseis nucleares na fronteira russa da Finlândia" clicando aqui

HAUSER: "Sway"

 





Para assistir à interpretação de "Sway" por HAUSER clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema





 'Ennio, O Maestro'



O cineasta Giuseppe Tornatore presta homenagem a Ennio Morricone e relembra a vida e a obra do lendário compositor italiano: desde a sua estreia com Sergio Leone até o filme "Os Oito Odiados", que conquistou o Oscar de melhor trilha sonora. Para ler o texto de Marcelo Castro Moraes clique aqui

 





 "O iluminado", de Stanley Kubrick 



O terror está preso ao controle do tempo. Menos à aceleração, mais à calmaria. Com alguma frequência, após momentos de medo e tensão, Stanley Kubrick recorre à elipse em "O Iluminado". Ao tempo, ao senhor que permite a passagem ao “próximo capítulo”, como se voltasse à estaca zero. O tempo corre, o terror arrefece. Para ler o texto de Rafael Amaral clique aqui







 "Roleta Chinesa": a arena das paixões




O primeiro plano é monumental na sua singeleza contraída (e contrariada…). Uma mulher (Margit Carstensen, uma das atrizes – senão mesmo a atriz – fetiche de Fassbinder) sentada à janela. As suas pernas estão estendidas sobre o aquecedor; uma perna esticada, a outra meio dobrada. O enquadramento é simétrico no modo como filma a arquitetura da divisão: duas janelas, lado a lado, o aquecedor ao centro, e o formato 1.66:1 é “sobre-enquadrado” pela moldura da porta, que recorta o espaço num “académico” 1.37:1. Neste primeiro plano de "Chinesisches Roulette" (Roleta Chinesa, 1976) é possível encontrar respostas a quase tudo o que está por vir. Há um efeito de concentração neste plano que parece sublimar o gesto do filme (as suas intrigas e personagens, as suas questões e dilemas), apresentando-o de forma cristalizada (e cristalina…). É a capacidade de síntese. Para ler o texto de Ricardo Vieira Lisboa clique aqui


HUMOR - Casamento

 




O casamento. Para os noivos, o dia mais importante de uma vida. Para a família, o início de um novo ciclo. Para os padrinhos, o dia seguinte da despedida de solteiro. Para a Gretchen, apenas mais um dia. Divirta-se clicando aqui

VÍDEO - Passados mais de 70 anos, essas palavras ainda emocionam!

 




Um dos discursos mais lindos e emocionantes de toda a história do cinema foi feito justamente por uma grande estrela do cinema mudo: Charles Chaplin. Mas ele fez muito mais do que comédias. Chaplin é considerado um dos grandes gênios da sétima arte e um dos mais importantes cineastas de toda a história do cinema. Aqui, você vê o trecho mais emocionante de 'O Grande Ditador', e vai ver que essas palavras, ditas há mais de 70 anos, continuam verdadeiras, pulsantes e atuais. Para assistir ao discurso clique no vídeo aqui



sábado, 29 de outubro de 2022

"Ainda assim me levanto" - Maya Angelou

 




Ainda assim me levanto

 

 

 



Você pode me riscar da História


com mentiras lançadas ao ar.


Pode me jogar contra o chão de terra,


mas ainda assim, como a poeira, eu vou me levantar.


Minha presença o incomoda?


Por que meu brilho o intimida?


Porque eu caminho como quem possui riquezas dignas do grego Midas.


Como a lua e como o sol no céu,


com a certeza da onda no mar,


como a esperança emergindo na desgraça,


assim eu vou me levantar.


Você não queria me ver quebrada?


Cabeça curvada e olhos para o chão?


Ombros caídos como as lágrimas,


minh'alma enfraquecida pela solidão?


Meu orgulho o ofende?


Tenho certeza que sim


porque eu rio como quem possui


ouros escondidos em mim.


Pode me atirar palavras afiadas,


dilacerar-me com seu olhar,


você pode me matar em nome do ódio,


mas ainda assim, como o ar, eu vou me levantar.


Minha sensualidade incomoda?


Será que você se pergunta


por que eu danço como se tivesse


um diamante onde as coxas se juntam?


Da favela, da humilhação imposta pela cor,


eu me levanto.


De um passado enraizado na dor,


eu me levanto.


Sou um oceano negro, profundo na fé


crescendo e expandindo-se como a maré.


Deixando para trás noites de terror e atrocidade,


eu me levanto.


Em direção a um novo dia de intensa claridade,


eu me levanto


trazendo comigo o dom de meus antepassados,


eu carrego o sonho e a esperança do homem escravizado.


E assim, eu me levanto


eu me levanto


eu me levanto.



 

 

 

Maya Angelou



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