sexta-feira, 30 de novembro de 2018

"Tanto amei que pensei que já não tinha..." - Casimiro de Brito

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Tanto amei que pensei que já não tinha
amor para dar à minha namorada.
Enganei-me. A noite brilha cheiinha
de uma carne para sempre apaixonada.
Também ela parecia que vinha
de uma solidão por demais cansada;
e eis que se abre a voz que foi sozinha
em uma boca distante e selada.
E tanto nos amamos nesta aventura
que palavras não calam tal destino
e cantam plenas a sábia loucura
de me sentir novamente menino;
bebendo no seio da fonte escura
o sal inteiro do mel mais felino.

Casimiro de Brito

BRASIL: A esperança vencerá o medo (12)

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Inteligência artificial pode beneficiar revisão de artigos científicos, diz Nature


Softwares melhoram qualidade de artigos e poupam tempo no peer review, mas tomada de decisão humana ainda é indispensável. 

Para ler o texto completo de Fábio de Castro clique aqui

07 - "Have you ever seen the rain"

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Para assistir à interpretação de "Have you ever seen the rain" pela banda 07 clique no vídeo aqui

A fórmula da Finlândia para combater o 'bullying'

Geraldine Suzette Matute, de 16 anos, numa sala da sua escola, em Honduras. A menina foi vítima de ‘bullying’ em vários colégios, o que a levou a uma depressão.
Geraldine Suzette Matute, de 16 anos, numa sala da sua escola, em Honduras. A menina foi vítima de ‘bullying’ em vários colégios, o que a levou a uma depressão.

A maioria das iniciativas foca no assediador ou na vítima, mas a plateia é um elemento crucial. A psicóloga Christina Salmivalli aponta que o observador legitima o assédio. 

Para ler o texto completo de Lola García-Ajofrín clique aqui

"A vitória das mulheres representa o fortalecimento dos movimentos de resistência por parte da sociedade norte-americana", diz pesquisadora

"A maior representação das mulheres nos Estados Unidos não pôs fim aos problemas da desigualdade de gênero, da sub-representatividade das mulheres", disse a cientista política

O novo Congresso estadunidense será o mais representativo para as mulheres da história. Nas eleições legislativas dos Estados Unidos, realizadas no dia 06 de novembro, o número de  eleitas foi recorde: 118. Dessas, pelo menos 42 são negras e três são LGBT+. Na Câmara, as mulheres conquistaram o número inédito de 98 das 435 cadeiras – até então ocupavam 84. 
Para ler a entrevista de Débora Prado clique aqui

Anti-semitismo está vivo entre os europeus e um terço sabe muito pouco sobre o Holocausto

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Uma sondagem da CNN em sete países revela um grande sentimento de antipatia pela comunidade judaica. Uma em cada 20 pessoas nunca ouviu falar sobre o Holocausto. Organizações contra o anti-semitismo dizem que os resultados são “assustadores”. 
Para ler o texto completo de Daniela Filipe clique aqui

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

"Nas cavernas do mar" - Yorgos Seferis

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Nas cavernas do mar

Nas cavernas do mar
há uma sede, há um amor
há um êxtase
inabalável como as conchas
que você segura na palma da mão.

Nas cavernas do mar
durante dias contemplei teus olhos,
e não nos conhecemos.

Yorgos Seferis

BRASIL: A esperança vencerá o medo (11)

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CARL SAGAN: As variedades da experiência científica

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Leonardo Motta

08/01/2008


Acabei de ler nessas férias o belíssimo livro The Varieties of Scientific Experience (As variedades da experiência científica) de Carl Sagan. A versão original pode ser encontrada aqui e a edição em português de Portugal aqui. O subtítulo do livro é uma visão pessoal da busca de Deus. Até onde eu saiba é o único livro de Sagan que fala explicitamente sobre religião. O livro é póstumo e foi publicado no final de 2006, editado pela sua esposa Ann Druyan e consiste nas Palestras Gifford de 1985 apresentadas por Sagan. Esta série de palestras é sobre teologia natural, i.e. aspectos da religião que não são obtidos por revelação divina. Ao longo da sua existência, esta série de palestras já apresentou ideias de diversos intelectuais, teólogos e cientistas, como os físicos Arthur Eddington ('26-'27), Niels Bohr ('48-'50), Werner Heisenberg ('55-'56), Freeman Dyson ('85), Roger Penrose ('92-'93) e humanistas do porte de Hannah Arendt ('72-'74) e Noam Chomsky ('05). O livro contém belas imagens coloridas do cosmos, bem típicas da paixão do astrônomo pelo mundo natural e também um apêndice com transcrições parciais das sessões de perguntas e respostas ao final de cada palestra.

Com sua diplomacia intelectual característica, Sagan fala sobre as razões para acreditar em um Deus ou outros entes sobrenaturais que poderiam intervir no rumo do universo em especial no quotidiano humano. Sem palavras ásperas ou ataques, Sagan tenta construir um momento de reflexão para todos que tem interesse em avaliar sua fé. É um livrinho muito salutar para qualquer pessoa, e é um dos poucos com alguma chance de abalar a fé dos religiosos liberais, contrastando bastante com os mais vendidos de Richard Dawkins e Sam Harris. Infelizmente, como Sagan mantém um discurso sereno e cheio de conteúdo ao invés de inflamar corações, é bem provável que ele não figurará entre os mais lidos.
Aqui eu gostaria de colocar alguns pedaços do livro que mais me chamaram atenção.
Metafísica
Um dos aspectos da experiência religiosa é a metafísica, aquelas ideias sobre a existência, em algum sentido, de "apêndices" da realidade, da natureza. Por exemplo, a idéia de que os relâmpagos são fisicamente lançados por um homem gigante e muito forte no alto do monte Olimpo; ou a existência dos milagres, de anjos, espíritos e outros entes imateriais que podem se comunicar direta ou indiretamente conosco; ou uma consciência omnipotente que arquitetou e executou o programa da vida no universo. Vamos começar a refletir sobre este aspecto lembrando que na Idade Média acreditava-se que eram os anjos que empurravam os planetas no céu. Hoje temos a compreensão de que existe gravidade no universo. No final das contas, o aspecto metafísico da religião busca buracos na ciência e os preenche com uma hipótese do gênero: "se isso não se explica pelo movimento de elétrons, então só pode ser obra divina". Mas o fato de não termos uma compreensão completa de um fenômeno não significa que uma explicação racional, objetiva e matemática, não exista. De fato, a história tem mostrado sistematicamente que várias das idéias da metafísica da religião de séculos passados foram explicadas em termos científicos que gerou um poder de explicação muito mais abrangente. Pense por exemplo em como a hipótese de que os relâmpagos são produto de Zeus poderia nos levar a construir o aparelho de rádio.
Hoje em dia a maioria das pessoas não disputaria com a ciência o que produz o relâmpago. Embora o princípio seja o mesmo, há pessoas que aderem a concepções de mundo logicamente inconsistentes que aceitam a explicação científica para o relâmpago mas acreditam que apenas no que diz respeito a criação do universo e da vida, e somente nisso, há um dedinho de Deus. O capítulo 3 do livro de Sagan versa sobre esse debate. Algo de muito interessante que aprendi nesse capítulo é que as moléculas orgânicas mais simples  os blocos químicos que compõe os aminoácidos, proteínas, DNA e RNA — são muito comuns em lugares inesperados do universo, como por exemplo a cauda de um cometa. Além disso, no próprio sistema solar há corpos como os satélites de Saturno Iapetus e Titã que contém água e moléculas orgânicas (como cianeto, hidrocarbonetos, metano, álcoois). Titã em especial contém uma atmosfera dominada por nitrogênio, assim como é a da Terra (nós vivemos numa atmosfera quase 70% de gás nitrogênio). Carl Sagan expressa sua admiração por esse mundo:
Eu acho que é algo muito interessante que há um mundo no sistema solar exterior carregado de material para vida. E nós podemos calcular, dada a taxa com que esses materiais são formados hoje em Titã, quanto destes materiais acumulou lá ao longo da vida do sistema solar. A resposta é equivalente a uma camada de pelo menos cem metros de espessura por todo Titã e possivelmente quilômetros de espessura. [...] E, coincidentemente, há também evidências que há uma camada de oceano de hidrocarboneto líquido. Então, apenas pense sobre esse ambiente. Há terra, provavelmente há oceano. A terra é coberta por essa camada orgânica que cai do céu. [...] O que aconteceu com esse material ao longo de 4,6 bilhões de anos? Quão complexas são as moléculas lá?
A presença de moléculas orgânicas em várias partes do universo, produzidas pela ação das reações nas caudas de cometas ou formação de atmosferas de planetas e satélites indica que a vida deve ser muito comum no universo. Só o telescópio espacial Hubble é capaz de enxergar 1020estrelas (equivalente ao número de grãos de areia de toda a superfície da Terra!). Como o Sol é uma estrela típica, muitas dessas estrelas possuem sistemas planetários, e tal como o nosso, provavelmente produziram ao acaso a vida, uma vez que moléculas orgânicas estão disponíveis em abundância na formação desses sistemas. Como a evolução é um relojeiro cego, alguns desses mundos podem ter produzidos apenas micróbios, outros podem ter produzido seres muito mais inteligentes que os seres humanos. Não temos evidências de que há vida fora da Terra, todavia a argumentação precedente indica que ela muito provavelmente existe. Se um dia o projeto SETI ou outro similar fizer contato com extraterrestres inteligentes, será algo profundo para repensar o quão importante os seres humanos são para esse universo e se o criador realmente intervém a nosso favor em qualquer situação.
Folclore sobre extraterrestres

Sagan foi um explorador espacial, então muito lhe interessava alegações sobre visitas de alienígenas. Ele relata com mais cuidado sua experiência no ramo da investigação de relatos de abdução em O Mundo Assombrado Pelos Demônios (Cia. das Letras). É evidente que para critérios razoáveis de veracidade nunca fomos visitados por alienígenas. Sagan compara a experiência que teve com estas investigações com os relatos das experiências religiosas e dos milagres. Muitas pessoas genuinamente tem experiências religiosas, dizem ter visto milagres ou terem sido elas próprias salvas por milagres. Isso contudo não significa que a coisa seja como alegado. Por exemplo, uma experiência religiosa muito relatada é a sensação de atravessar um túnel com uma luz intensa no final. Esta experiência é descrita por muitas pessoas reanimadas por desfibriladores. Esta sensação é real e pode ser obtida num experimento controlado como na decolagem de um avião supersônico. O que acontece é que a desoxigenação rápida do cérebro, característica deste experimento controlado ou de certos tipos de paradas cardíacas, causa essa alucinação. As pessoas podem ser facilmente enganadas por si próprias, por desconhecerem o funcionamento de ilusões de óptica, alucinações ou delírio. Em alguns casos a questão é pura fraude. De qualquer modo, a respeito disso é muito forte o pensamento do político Thomas Paine, como citado por Sagan:

É mais provável que a Natureza sairá do seu rumo ou que um homem contará uma mentira?

Nós nunca vimos no nosso tempo a Natureza sair do seu curso. Todavia há evidências de que milhões de mentiras já foram contadas no mesmo tempo. É portanto pelo menos um milhão para um que um relator de milagres está mentido.

Ou na versão de David Hume, com um pouco mais de significado para o cristianismo:
Quando alguém me diz que viu um homem ressuscitar dos mortos, eu imediatamente me pergunto o que seria mais provável: esta pessoa estar mentido ou ter sido enganada, ou o milagre relatado ter realmente ocorrido. Eu sempre escolho a opção menos milagrosa. Se a
falsidade do relato for mais milagrosa do que o evento que ele descreve, então ele pode dizer que comanda meu credo ou opinião.

A hipótese de Deus

O ápice do livro talvez seja o capítulo 6, intitulado A hipótese de Deus. Sagan começa com um debate sobre as tentativas de justificar a existência de Deus, incluindo ideias hindus, porém se concentrando na tradição judaico-cristã-islâmica. Ele desnuda cada uma das justificativas. Depois segue-se uma breve avaliação dos problemas inerentes a existência de Deus, como o clássico problema da antiguidade grega que evidencia que Deus não pode ser ao mesmo tempo omnipotente, omnisciente e bondoso:
Deus deseja acabar com o mal, mas não é capaz?

Então ele não é omnipotente.

Ele é capaz, mas não deseja?

Então ele é malevolente.

Ele é capaz e também deseja?

Então ele pratica o mal?

Ele não é capaz nem deseja?

Então porque chamá-lo de Deus?


— Epicuro

A propósito desta parte do livro, há uma outra observação interessante apontada por Albert Einstein. Um Deus pessoal que intervém no universo a nosso favor discorda com o princípio básico da ciência de que há leis imutáveis que regem o comportamento do universo, leis que podem ser inferidas por meio de experimentos reprodutíveis. O eletromagnetismo macroscópico é descrito por equações — as equações de Maxwell  e não pela vontade de uma consciência que altera como lhe convém o comportamento da luz, da eletricidade e do magnetismo. Ou a ciência pode utilizar-se de modelos lógicos e racionais para descrever o universo sem ambiguidades ou não pode. Neste último caso, nossos modelos científicos devem estar errados.

Para encerrar o capítulo 6, Sagan faz uma pergunta legítima e simples que merece uma resposta honesta. A tradição judaico-cristã-islâmica é baseada na ideia de que algumas pessoas (entre elas, supostamente: Abraão, Moisés, Jesus e Maomé) receberam comunicação direta de Deus, sabedoria então registrada nos livros ditos sagrados. É também um fato universal que todas religiões precisam se validar de alguma forma apresentando ideias sobre como ocorrem intervenções sobrenaturais que "provam" as alegações dessas religiões (e.g. a psicografia no espiritismo ou a encarnação da pomba-gira na umbanda). Dito isto, a pergunta de Sagan é: por que Deus (ou outros deuses) não deixaram claro e evidente para todos os seres humanos sinais de Sua existência? Por exemplo, o Deus cristão bem que podia ter colocado um crucifixo maior que Júpiter em órbita ao redor do Sol. Ou ao invés de ter secretamente fornecido a Moisés os dez mandamentos no alto de uma montanha, quando ninguém estava por perto para ter certeza, poderia tê-los escrito em hebraico na superfície da Lua. É incrível como o Deus da Bíblia preocupou-se em repassar informações sobre as regras e legitimidade de escravização (e.g. Êxodo 21:2-7), o uso da pena de morte para crianças mal criadas, feiticeiros, prostitutas, ateus e homossexuais (e.g. Deuteronômio 21:18-21, Levítico 20:27, Levítico 29:1), quais vilas o exército de Israel deve invadir e destruir (Números 31:14-18), etc., todas afirmações perfeitamente passíveis de terem sido escritas por seres humanos comuns (uma análise crítica apontaria que o Velho Testamento foi mais provavelmente escrito por líderes políticos e generais de exército do que uma consciência sobre-humana), mas foi incapaz de fornecer uma única frase que seria impossível de ser entendida ou concebida por humanos na época em que as escrituras foram preparadas. Ora, Abraão e Moisés tiveram o privilégio de ver Deus eles próprios, então nada mais razoável que Deus tivesse dado a eles alguma informação que seria compreendida apenas no século 21 e que serviria da prova de sua existência. Por exemplo, ele poderia ter repassado entre os dez mandamentos: "Não ultrapassarás a velocidade da luz". Tal mandamento passaria como um enigma legítimo até o início do século 20. Com a descoberta da relatividade ficaria claro que este mandamento fora realmente comunicado a Moisés por uma consciência muito melhor informada sobre o universo do que qualquer humano daquela época poderia ser. Desta forma haveria evidências da existência de tal consciência não apenas para Moisés como para todo homem do século 21. No entanto, não há uma única mensagem matemática ou código sobre o universo escrito na Bíblia, e as poucas passagens literais sobre a planura da Terra e a origem da vida se provaram equívocas. Por que Deus não deixou prova clara de sua existência dessa forma ou por que ele cometeu erros tão grosseiros sobre a organização do cosmos?
Eu gostaria de enfatizar que o argumento precedente se aplica não apenas ao Deus das escrituras sagradas, mas igualmente a alegações sobre a existência de espíritos e outras formas sobrenaturais. Há uma ampla gama de ideias que parecem apelar para nós como evidências das religiões mas que são construídas de forma a serem deliberadamente impossíveis de serem experimentadas por todos os humanos. Portanto é legítimo e bastante honesto perguntar: se esses entes tem os poderes alegados, a importância alegada para a organização da vida humana, por que se provam escusos para quase todos nós? Por que não deixam claro a sua existência?

FONTE: Aqui

Leia “A sequência de Cosmos que estava nos planos de Carl Sagan” de Élisson Amboni clicando aqui


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Leia um trecho (“A hipótese da existência de Deus”) retirado do livro “As variedades da experiência científica” de Carl Sagan, clicando aqui

Leia “Sagan à procura de Deus” clicando aqui

Bruce Springsteen - "Save The Last Dance For Me" (Live Albany 2014)

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Para assistir à interpretação de "Save The Last Dance For Me" na voz de Bruce Springsteen clique no vídeo aqui

Judith Butler: “Matar é o ápice da desigualdade social”

A filósofa norte-americana Judith Butler em Guadalajara (México).

Filósofa norte-americana, alvo de protestos no Brasil no ano passado por sua teoria sobre gênero, prepara uma nova obra sobre a ética da não violência. 

Para ler o texto completo de Marién Kadner clique aqui

O cientista maluco que quer que você pense como criança e viva o presente

O engenheiro John Cohn com sua característica bata colorida.

John Cohn, engenheiro da IBM, especialista na ‘internet das coisas’, destaca a importância de brincar no trabalho: colocar em prática ideias arriscadas para aprender com o fracasso e explorar a criatividade. 

Para ler o texto completo de Javier Cotés clique aqui

Os filhos da loucura genética

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Estou profundamente preocupado, para não dizer escandalizado, tanto pelo método como pelo conteúdo do anúncio: o nascimento, na China, de gêmeos, cujo DNA foi alterado para torná-los resistentes ao vírus da Aids.
Para ler o texto do  médico oncologista e imunologista italiano Alberto Mantovani, clique aqui

Leia "Reacende o medo da ciência mal utilizada" – pesquisadora fala sobre edição de genes embrionários” clicando aqui

Leia "Cientista chinês que modificou geneticamente dois bebês defende seu experimento" de Victoria Pascual e Macarena Vidal Liy clicando aqui


Leia China investiga suposta criação de bebês geneticamente modificados de Macarena Vidal Liy clicando aqui

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Dois poemas de Mia Couto

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Avesso bíblico 
No início,
já havia tudo. 

Mas Deus era cego
e, perante tanto tudo,
o que ele viu foi o Nada. 

Deus tocou a água
e acreditou ter criado o oceano. 

Tocou o chão
e pensou que a terra nascia sob os seus pés. 

E quando a si mesmo se tocou
ele se achou o centro do Universo.
E se julgou divino. 

Estava criado o Homem. 

Mia Couto


O adeus ateu 

Este é o adeus sem lenço, 
Um tempo no Tempo suspenso, 
Um silencia no arco tenso. 

Um adeus sem deus, 
Um deus sem adeus. 

Esta é a despedida sem fim, 
um rasgão dentro de mim, 
um poente depois do confim. 

Este é um deus ateu, 
num adeus só meu

Mia Couto

BRASIL: A esperança vencerá o medo (10)

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Entidades da educação cobram STF e lançam Manual de Defesa contra a censura nas escolas

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Grupo faz apelo para julgamento e divulga estratégias contra ataque a educadores. 

Para ler o texto completo de Paulo Saldaña clique aqui


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Leia o ”Manual de Defesa contra a censura nas escolas” clicando aqui


Natasha St-Pier - "Alors on se raccroche"

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Para assistir à interpretação de "Alors on se raccroche" na voz de Natasha St-Pier clique no vídeo aqui

"Ninguém criou o universo": Stephen Hawking explica por que Deus não existe & Capítulo do livro póstumo 'Breves Respostas para Grandes Questões'


Existe vida inteligente fora da Terra? É possível prever o futuro? E fazer uma viagem no tempo? Sobreviveremos no nosso planeta? Deveríamos tentar colonizar outros cantos do universo? A inteligência artificial vai nos superar? Deus existe? Respostas para essas perguntas nada fáceis que Stephen Hawking nos oferece em "Breves Respostas Para Grandes Questões", livro póstumo que acaba de chegar às livrarias. 
Para ler o texto completo de Rodrigo Casarin clique aqui

Leia o artigo “O último livro de Stephen Hawking diz que "não há possibilidade" de Deus existir em nosso universo” originalmente publicado no Live Science  clicando aqui

Leia “Há mais vida inteligente no universo?”  capítulo do livro póstumo de Stephen Hawking, ‘Breves Respostas para Grandes Questões’ clicando aqui

Leia mais 16 páginas, que incluem o Prefácio, do livro de Stephen Hawking "Breves Respostas Para Grandes Questões" clicando aqui




Contra o desastre climático, só a ação radical


O “realismo” político diante do aquecimento global fracassou — porque as elites e as corporações bloquearam as saídas. É hora de pensar na reconversão geral da economia.
Para ler o texto completo de George Monbiot clique aqui

Rússia, Índia e China contra atacam sanções impostas por Trump e abandonam o dólar


Os maiores benefícios das transações em moedas nacionais são a ausência de flutuações cambiais e a ampliação do comércio bilateral entre estes países.
Para ler o texto completo clique aqui

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

"Confluência passional" - Altair de Oliveira

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Confluência passional
Imaginem rios que se querem
e se esperem presos pelo cheiro
se arrastem tortos pelo mundo
afagando o leito em desespero...
Imaginem rios que se gostem
e se encostem longos de desejo
e se encontrem prontos de ternura
se misturem cada vez mais beijo
e se deixem em êxtase de espuma
troquem águas, algas, mágoas, peixes...

Altair de Oliveira

BRASIL: A esperança vencerá o medo (9)

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Leia "Com Paulo Guedes, os brasileiros serão ratos de laboratório?" de Carlos Drummond clicando aqui

Não serei eu mulher? As mulheres negras e o feminismo, por bell hooks


"A minha experiência enquanto jovem e negra não era reconhecida. A minha voz e as vozes das mulheres como eu não eram ouvidas", relata a escritora bell hooks. 
Para ler seu texto clique aqui
Leia "Angela Davis: A potência de Sojourner Truth" clicando aqui

Joyner Lucas - "I'm Not Racist" ("Eu não sou racista") - Um vídeo surpreendente!

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Para assistir a este vídeo surpreendente clique aqui

Morreu Bernardo Bertolucci, o último imperador do cinema italiano

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O Último Tango em Paris talvez seja o seu título mais "célebre", se o escândalo for a bitola. Quanto a Óscares, há os nove O Último Imperador. Mas a obra-prima será A Tragédia de um Homem Ridículo (1981), filme em que se confrontava com a Itália desses anos. Esses títulos mostram o calibre de um percurso: do cinema lírico sobre a experiência pessoal à mega-produção de prestígio. 
Para ler o texto completo de Vasco Câmara e Luis Miguel Oliveira clique aqui

Leia “Bernardo Bertolucci se via como um "descobridor de atrizes" clicando aqui

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