domingo, 31 de dezembro de 2023

"Cantata de paz" - Sophia de Mello Breyner Andresson

 



Cantata de paz

 




Vemos, ouvimos e lemos


Não podemos ignorar


Vemos, ouvimos e lemos


Não podemos ignorar




Vemos, ouvimos e lemos


Relatórios da fome


O caminho da injustiça


A linguagem do terror




A bomba de Hiroshima


Vergonha de nós todos


Reduziu a cinzas


A carne das crianças




D’África e Vietname


Sobe a lamentação


Dos povos destruídos


Dos povos destroçados




Nada pode apagar


O concerto dos gritos


O nosso tempo é


Pecado organizado.



 

Sophia de Mello Breyner Andresson


Tempos urgentes da nossa estruturação mental - materialismo e espiritualismo

 




Há uns anos atrás publiquei este texto na Revista da Ordem dos Médicos. Perante a onda de obscurantismo religioso, quase medieval, que hoje nos envolve, e perante o inimaginável avanço da Ciência da Evolução e das Neurociências, resolvi publicá-lo novamente, ciente de que está, não só atualizado, mas nuclearmente reforçado. Para ler o texto de Adão Cruz clique aqui


DOSSIÊ - A disputa Israel × Palestina sob a perspectiva da guerra





A proposta deste Hors-série é um tanto diferente da dos anteriores, uma vez que se trata de organizar um debate a quente e em fluxo contínuo sobre acontecimentos não só extremamente controversos, mas sujeitos a reversões espetaculares. Para acessar o dossiê clique aqui




























Estas Tonné e seu violão fantástico!

 




Estas Tonné é um violonista russo, autointitulado de "Trovador dos tempos modernos", que não se identifica com apenas um país ou uma nação, mas sim com a riqueza cultural do mundo. Ele cativa seu público nas ruas onde se apresenta, bem como faziam os menestréis de antigamente, que iam de um lugar a outro tocando sua música, contando histórias e espalhando as novidades aos aldeões. Durante a última década, Estas viajou e se apresentou com seus belíssimos solos de violão nos Estados Unidos, México, Índia e por toda a Europa. Quando ele começa a tocar seu violão acústico de 6 cordas, a música explode com paixão e vida, mesclando elementos de guitarra espanhola, música cigana, clássica, folk e rock em perfeita harmonia. Confira clicando aqui


Navegando pelo cinema

 





Com Nuri Bilge Ceylan, vi o Além por um travelling...




Da Anatólia, na cadência de “Era uma vez” [2011], o turco Nuri Bilge Ceylan reinventou-se e fez a partir daí um cinema enquanto seu universo. Para ler o texto de Hugo Gomes clique aqui








O maestro e o monstro




Assim como "Priscilla", de Sofia Coppola, enfoca o casal Priscilla-Elvis Presley, "Maestro" trata do casal Leonard Bernstein-Felicia Montealegre. Mas o que dá as cartas aqui não é o conflito entre celebridade e romance. Todo o filme gira em torno de uma só questão: num contexto artístico relativamente permissivo, até onde vai a tolerância da família para com a bissexualidade do co-autor de "West Side Story"? A união com a atriz Felicia não cessou a atração de Leonard por rapazes, a ponto de quase ensaiarem uma vida a três. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui








Em 2023, mulheres diretoras e o cinema queer foram os verdadeiros destaques




Há quem diga que o cinema vive uma crise (ninguém que mereça ser levado a sério de verdade), e tenho dúvidas se isso é verdade ou se quem diz essas palavras só está olhando para o lugar de sempre. Existem vários argumentos para dizer que nesse ano, homens e mulheres na direção fizeram bons trabalhos e deve ser verdade, basta olhar a lista de qualquer premiação que começa a pipocar agora, e ver a cota de uma única mulher em qualquer lista. Na verdade, esse texto nasce de um incômodo recorrente, a repetição das mesmas pessoas, sempre. Entra ano e sai ano, alguns filmes (dirigidos por mulheres e pessoas queers) sempre são escanteados, e são sempre resgatados dentro de bolhas especificas de discussão, o que faz esses filmes terem alguma sobrevida. Para ler o texto de Alan Alves clique aqui

Nos caminhos da literatura

 




 "Fuga da Sibéria"



Para ler a Apresentação de Leonardo Padura do livro "Fuga da Sibériade Liev Trótski clique aqui







O Bocage de José Paulo Netto



Para ler as Considerações de Dênis de Moraes sobre a antologia poética de Manuel Maria de Barbosa du Bocage, organizada por José Paulo Netto clique aqui








O poeta moçambicano Rui de Noronha




António Rui de Noronha nascera a 28 de Outubro de 1909, filho de pai originário de Goa e de mãe nascida na África do Sul. Estreou-se aos 17 anos, colaborou em jornais e revistas, fez crítica de teatro e de cinema. Viveu apenas 34 anos. Para ler o texto de Nelson Saúte clique aqui

REVISTAS





 













sábado, 30 de dezembro de 2023

"Natal em Gaza" - Eva Cruz & "Se eu tiver de morrer" - Refaat Alareer e Farah Siraj


 


Natal em Gaza

 




Mais uns versos a martelo


Merecendo ser a cinzel


Na rude textura da pedra


Bordados na maciez da seda


Ou pintados no papel


Mas a arte não chega a tanto.


Natal dos meninos de Gaza


Sem lar, sem lareira


Sem eira nem beira


No amparo de uma palmeira


Que as bombas deixaram de pé.


Natal! Futuro!


Tudo em escombros


Sem esperança e sem fé.


Legitimados terroristas


Assassinos


Marginais


apoiados por monstros enlouquecidos


Que se dizem normais


Matam crianças a rodos


Entoando as Boas Festas


Glória a Deus nas alturas


Ao som de balas e canhões.


Digo tristemente mea culpa


Por nada poder fazer


De pés e mãos atados


Sem saber como lutar


Mas a nada vou ceder.


Nestes versos tão pobres


Cabe a rima da revolta


A cadência da luta


E a melodia da esperança


Numa vitória da justiça


Em que a paz há-de chegar.



 

Eva Cruz


Refaat Alareer



Se eu tiver de morrer

 

 




Se eu tiver de morrer


tu tens de viver


para contares a minha história


para venderes os meus pertences


e comprares um pedaço de pano


e alguns cordéis


(façam-no de cor branca com uma cauda comprida)


a fim de que uma criança, algures em Gaza


ao virar os olhos para o céu


à espera do seu pai que morreu envolto em chamas —


sem se despedir de ninguém


nem sequer dos seus


nem sequer de si próprio —


veja o papagaio, o papagaio que tu me fizeste


a voar alto no céu


e pense por um momento que vai ali um anjo


que traz o amor de volta


Se eu tiver de morrer


deixem-no trazer a esperança


deixem-no ser uma lenda. 



 

Refaat Alareer




Farah Siraj


If I must die” (“Se eu tiver de morrer”) poema cantado por Farah Siraj que pode escutar clicando aqui


O rearranjo do campo democrático

 




Para avançar no acúmulo de forças é preciso construir uma identidade programática que consiga ir além da reação às ações da ultradireita. Para ler o texto de Gerson Almeida clique aqui


Luiz Eduardo Soares: O direito de ir à praia


Paulo Motoryn: Governo FHC espionou MST e até correntes do PT, revelam relatórios inéditos


Vinício Carrilho Martinez: Inteligência altamente artificial


João Filho: Nunca foi Lula, sempre foi sorte


João Carlos Loebens: Para construir um Brasil melhor


Murillo Otavio: Quais os entraves para o ensino afro-brasileiro nas escolas


Durma agora no fogo: o ano climático





Uma nova investigação publicada esta semana na revista Science sugere que mesmo com 1,5 graus Celsius de aquecimento acima dos níveis pré-industriais, a Terra perderá quase metade dos seus 214 mil glaciares, resultando numa subida de mais de 7 centímetros do nível do mar. Três graus C (5,4 graus F) de aquecimento, conclui o estudo, resultariam na perda de mais de 70% dos glaciares globais e aumentariam o nível global do mar em 12 centímetros. Para ler o texto de Jeffrey St. clique aqui

 

Seymour Hersh: Relatórios secretos


MK Bhadrakumar: O renascimento da Índia em relação à Palestina é mais do que parece


Viktor Mikhin - Israel: Divisões Internas sobre a Guerra em Curso


Finian Cunningham: Não, Biden não está sendo interpretado por Netanyahu. A política imperialista dos EUA é o problema sistemático


Daniel Beaumont - Beco sem saída: Israel se perde em Gaza


Katleen Wallace - Um perigo de contágio: como a guerra contra os palestinos ameaça o mundo inteiro


Michael Schwalbe: As lesões morais de testemunhar o genocídio


Sonja van den Ende: O Oriente Médio em chamas


César Chelala: Gaza, uma terra e pessoas devastadas


John Helmer: Uma armadilha de mel para israelenses e americanos no Mar Vermelho


Judith Deutsch: Uma proposta modesta para salvar imediatamente vidas palestinas


Raouf Halaby: De Guernica a Gaza


Vladimir Mashin: Houthis do Iêmen mostram solidariedade com os palestinos


Alexandr Svaranc: O tema dos reféns cria uma nova crise em Israel


Alastair Crooke: Netanyahu foi enganado por 'Wily' Biden? Não, Biden está sendo manipulado


Jamal Kanj: Desumanizando os Palestinos


Jean Pierre Chauvin: Os agitadores do império


Robert Hunziker: A irrealista triplicação da energia nuclear na COP28


2023 - O ano em que o mundo viu o imperador dos EUA nu e grotesco


Susana Cala: "No Lo Recuerdo"

 




Para assistir à interpretação de "No Lo Recuerdo" na voz de Susana Cala clique no vídeo aqui

Navegando pelo cinema





Sembène Ousmane, reinventando o futuro?




Cabe a nós criar os nossos valores, reconhecê-los, transportá-los por todo o mundo, mas somos o nosso próprio sol”, disse Sembène Ousmane. No dia 21 de maio de 2023, no Pavilhão do Cinema Mundial do Instituto Francês do Festival de Cinema de Cannes, uma mesa redonda moderada por Catherine Ruelle reuniu Ghaël Samb Sall, que em Dakar dirige o Fundo de Arquivos Africanos para a Salvaguarda das Memórias, bem como aquele as edições Vive Voix que acabam de publicar Ousmane Sembène, o fundador,  na coleção “Os grandes cineastas pan-africanos”; Valérie Berty, Universidade de Paris, Nova Iorque, autora de Sembène Ousmane, um homem de pé ; Renaud Boukh, diretor da editora de Marselha Héliotropismes que republicou Le Docker noir , primeiro romance de Sembène (1956), enriquecido com numerosos arquivos; Abdoul Aziz Cissé, cineasta e secretário permanente da FOPICA; e Cheick Oumar Sissoko, secretário-geral da FEPACI. Para ler as intervenções dos participantes clique aqui

 




Cinema, música, iluminação



Eis um filme único, que só André Luiz Oliveira poderia gestar entre nós. Esse prodigioso cineasta combina suas raízes no cinema de invenção com uma paixão criadora pela música e uma dramaturgia em busca de transcendência. O resultado é uma obra tão singular como "Ecos do Silêncio", que estreou na Mostra Brasília do recente Festival de Brasília. Para ler o texto de Carlos Alberto Mattos clique aqui




Três filmes: "O Mundo Depois de Nós", "EXMas" e "O Maestro"



Para ler o texto de Marcelo Costa sobre os filmes "O Mundo Depois de Nós", "EXMas" e "O Maestro" clique aqui


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