Treze fragmentos mínimos do “Livro de Eros” - Casimiro de Brito
Treze fragmentos mínimos do “Livro de Eros”
1144
As saudades são plantas trepadeiras como as raízes do teu jardim.
1188
Quem abraça devora. Quem beija. Quem ama.
1198
Quando não estás a meu lado durmo com a noite.
1202
Quem ama clama. Clama um regresso ao passado. Ao passado do seu amor.
1214
A boca quando beija: um fruto que não se esgota.
1219
Mata-me, o perfume da minha amada, que tanto gozo me dá.
1229
Do sexo: sol interior.
1252
Amar-te é uma bebedeira sem fim.
1266
Amo. Sei que tudo é seio.
1274
As lágrimas bem desenhadas não são afrodisíacas.
1281
Descalça vem ela para a fonte da minha cama.
1288
A minha amiga é uma boca de sombra, uma fonte plena que me devora.
1290
Um arco-íris com pequenos e implacáveis dentes, o da minha amada.
Casimiro de Brito
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