MOÇAMBIQUE - Luís Carlos Patraquim: "A minha política é o trabalho poético"
Desengane-se quem pensa que vem aqui encontrar respostas definitivas para as perguntas e dúvidas colocadas. É certamente alguém que não conhece — e por isso precisa conhecer Luís Carlos Patraquim, natural de Lourenço Marques/Maputo desde 1953. Antes dessa data não sabe nada. Depois dela ainda menos. Perdeu-se na “Monção” (1980), sua primeira obra, coleção Autores Moçambicanos. Tem naufragado muito a cada livro: poesia, crónica, teatro, novela, crítica, jornalismo, cinema, intervenção cultural. Gosta dos amigos. Ama a terra e as suas palavras, as das línguas todas, cantando. Se nisso houver poema, só ele vive. Pelo meio, vai dizer-nos a certa altura que “quem me tramou foi o Antero de Quental. Posso dizer assim. Ler os sonetos dele aos doze anos, sentado num muro do Alto Maé, com o livrinho de capa cartonada, azul, da Sá da Costa, não se recomenda”. Mais adiante nesta conversa com o poeta João Rasteiro, para sinalAberto, Patraquim dirá ainda que “Mandela é uma figura moral única” e, na passada, a propósito do mundo e do seu país, vai acrescentar: “pior do que o partido único é o capitalismo da vigilância. Já nem produtos somos! É aí que a poesia é necessária! E o resto das malasartes”. Para ler sua entrevista clique aqui
As lesões da memória que o tempo não sarou
A Guerra Colonial Portuguesa terminou há 45 anos. Entretanto, as feridas e as marcas físicas desse tempo já sararam. Mas, e as mentais? Para ler o texto de Ana Rita Rodrigues clique aqui
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