sexta-feira, 11 de junho de 2021

Sobre o ofício de tradutor - Entrevista com Nilson Carlos Moulin Louzada - 2017

 



Ele nasceu em São Jerônimo (ES), em 1947. Tradutor de autores como Cesare Pavese, Alberto Moravia, Italo Calvino, Giovanni Boccaccio, Maurice Joly, Roberto Calasso, Carlo Ginzburg e Baldassare Castiglione, Nilson Moulin descobriu o gosto pela leitura e a primeira língua estrangeira (o francês), ainda na infância. Mais tarde pensou em ser diplomata – “para poder viajar, conhecer outras culturas, outras línguas” –, entrou para a Faculdade de Direito, mas acabou abandonando o curso no terceiro ano: “Não ia aturar aquela gente, os filhos da burguesia, da classe média alta do Rio de Janeiro, como colega de trabalho”. Viveu exilado no Chile, na Itália e em Moçambique, durante a ditadura no Brasil. Nesse período, aprofundou a experiência com línguas neolatinas como o espanhol, o francês e o italiano; atuou como professor e foi consultor da UNESCO em Moçambique e na França. Em meados dos anos 1980, retornou ao país e entrou na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, onde se formou jornalista. De lá para cá, escreveu nove livros, quatro deles em parceria com o artista plástico Rubens Matuck; envolveu-se com projetos na área de educação; foi vice-presidente do Sindicato Nacional de Tradutores (SINTRA); traduziu para o português mais de 30 livros; e recebeu os prêmios Nazionale per la Traduzione, do Ministério da Cultura da Itália (1994); Internazionale Lumière (1998), por trabalhos de docência e pesquisa nas áreas de meio ambiente e cultura; Tradução Jovem (2003), da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e o Altamente Recomendável, pela Biblioteca Nacional, por traduções e livros que escreveu. Hoje, aos 69 anos, ele vive em Brasília e sonha com o dia em que irá mudar-se para um pedacinho de terra na Serra do Caparaó: “Depois de tanta desilusão, tanta decepção, quero um lugar quieto pra ficar comigo mesmo. Ter só livros e falar com pessoas na hora que me der vontade. Eu realmente devia ter nascido na Idade Média e ser monge copista. Então meu objetivo na vida é chegar a ser próximo de um monge copista, que trabalha sozinho”. Enquanto esse dia não chega, Nilson continua trabalhando: além de um livro de crônicas sobre Brasília, ele prepara para o final de 2017 o lançamento de Makondes em sua cultura, fruto de um trabalho de pesquisa que vem realizando na África há 25 anos, com o museólogo Gianfranco Gandolfo. Nessa conversa, gravada quando ele esteve em Florianópolis, a convite da PGET (Pós-Graduação em Estudos da Tradução da UFSC), Nilson Moulin fala sobre sua trajetória de tradutor e a paixão pela leitura. Para ler sua entrevista clique aqui



Nilson Carlos Moulin Louzada: Retorno a Moçambique


Moçambique  tem  níveis  brasileiros  de  corrupção,  com  a  agravante  de  o Ministério Público ser pouco atuante e os grupos de oposição política, em sua maioria, não serem nada confiáveis. E comparar níveis de corrupção não é meramente uma abordagem moral e superficial, como agora querem alguns. Esta constatação foi o primeiro choque de uma série, para quem retornava ao país (outubro de 2009) após 24 anos de ausência. No período inicial, de novembro de 1977 até junho de 1986, foram 9 anos intensa e alegremente  vividos. Para ler o texto de Nilson Carlos Moulin Louzada clique aqui




Nilson Carlos Moulin Louzada: O português como 2a língua no Sistema Nacional de Educação de Moçambique


Para ler o texto publicado em 1987 clique aqui


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