domingo, 13 de junho de 2021

Moçambique - Entrevistas com o historiador Daniel Aarão Reis Filho

 



Aos 24 anos, em 1970, Daniel Aãrao Reis Filho então estudante de Direito da Universidade Nacional, no Rio de Janeiro, integrante da Direção Geral da Frente Operária da DI-GB, foi preso em março, sendo liberto em junho, em troca do embaixador alemão Ehrenfried von Holleben, sendo assim, forçado ao exílio. Durante cerca de nove anos, passou por diversos países como Argélia, Cuba, Chile, Moçambique, França e Portugal, recolhendo experiências e observando diversas culturas. Na França, concluiu o curso de História pela Universidade de Paris VII, e defendeu o mestrado com o trabalho A Evolução do Estado Brasileiro:1945-1964 (L'évolution de l'Etat Brésilien: 1930-1964). Em seguida, dirigiu-se à Moçambique, onde iniciou a carreira universitária na Universidade Eduardo Modlane. Com a lei da anistia, retornou ao Brasil em 1979, aos 33 anos. Em 1982 iniciou doutoramento na Universidade de São Paulo, concluindo com a tese: As organizações comunistas e a luta de classes no Brasil - 1961-1968. Projeto História, São Paulo, n. 52, pp. 318-327, Jan.-Abr. 2015. 319 Professor titular de História Contemporânea na Universidade Federal Fluminense, desenvolve pesquisas sobre as esquerdas brasileiras, os intelectuais russos dos séculos XIX e XX e as modernidades alternativas, também sobre as relações entre literatura e história. Intelectual de destaque teve trajetória marcada pelo exílio, em função da resistência ao Regime Civil-Militar brasileiro, experiência que deixou marcas profundas. É autor de diversos livros, entre eles: Ditadura e democracia no Brasil (Jorge Zahar, 2014), Luis Carlos Prestes, um revolucionário entre dois mundos (Companhia das Letras, 2014) e Uma revolução perdida. A história do socialismo soviético. (Fundação Perseu Abramo, 2007). Para ler sua entrevista clique aqui





Entrevista com o historiador Daniel Aarão Reis Filho


Na década de 1960, Daniel Aarão Reis Filho, juntamente com outros militantes políticos, encampou a luta revolucionária contra a ditadura civil/militar brasileira. Daniel Aarão compunha a direção da Dissidência Comunista (futuro Movimento Revolucionário 8 de Outubro – MR-8), que juntamente com a ALN (Ação Libertadora Nacional), haviam capturado o embaixador estadunidense Charles Burke Elbrick, em 1969. Em junho de 1970, Daniel Aarão Reis Filho e outros presos políticos foram libertados pela ditadura brasileira, em troca da vida do embaixador alemão Enrenfried Von Holleben, também capturado por uma ação revolucionária. Libertados, os 40 presos políticos foram para a Argélia. Depois de Argélia, Daniel Aarão passou por Cuba, pelo Chile da Unidade Popular e de Salvador Allende, fez faculdade de história na França, e em 1976, foi trabalhar como professor de história na Universidade Eduardo Mondlane, na cidade de Maputo, Moçambique. Moçambique havia recém conquistado sua independência de Portugal, saindo de uma guerra anticolonial que durou de 1964 a 1974, consagrando sua independência em 1975. Daniel Aarão residiu em Moçambique até 1979. Por mais de duas horas, numa conversa muito agradável, Daniel Aarão, de maneira atenciosa e cortês, expôs abertamente as suas opiniões. Durante a entrevista, também foi possível conhecer um pouco mais sobre a sua experiência de vida no exílio. Daniel Aarão falou sobre a decisão de escolher Moçambique como destino, nos contou sobre a sua experiência profissional na Universidade Eduardo Mondlane, comentou suas opiniões a respeito do papel da Frelimo e nos falou de seu retorno ao Brasil. Para ler sua entrevista clique aqui



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