sábado, 24 de abril de 2021

Navegando pelo cinema

 


Thomas Vinterberg: "A morte de minha filha me confirmou que eu deveria rodar uma celebração da vida"



O filme ‘Druk — mais uma rodada’, que mostra a imersão de quatro professores no alcoolismo, se tornou o longa europeu mais premiado e concorre a duas estatuetas no Oscar. Para ler o texto de Gregorio Belinchón clique aqui




Temas recorrentes, tragédias perenes 



A Última Floresta documenta, com olhar antropológico, aldeia na terra Yanomami. Para ler o texto de Eduardo Escorel clique aqui




Cecilia Mangini: nada é acidente



Uma senhora com a idade impossível de contar, o corpo em direção à terra. Ela brinca com seu neto, reza no altar, conversa com os animais enquanto os alimenta e participa das atividades familiares em uma cidade rural italiana. Esse é o registro documental de Maria e os Dias (Maria e i giorni, Cecilia Mangini, 1960), expandido pela atmosfera que se impõe: uma luz dramática contorna os espaços da casa pelos quais Maria se movimenta, um plano em plongée no pátio interno, um mistério em torno do seu rosto. Sobretudo a trilha sonora, que comenta cada prisma da personagem: a criança, a louca, a bruxa. Um olhar sobre Maria e ela encarna todos os excluídos do mundo, as mulheres perseguidas, a relação ancestral com a terra, uma cultura prestes a desaparecer. “Continuo aqui, continuo útil”, diz ela. Assim é o olhar narrativo de Cecilia Mangini, cronista política e social do seu tempo, que filmou de forma singular o sul da Itália nas décadas posteriores à Liberação. Para ler o texto de Juliana Costa clique aqui

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