terça-feira, 20 de maio de 2014

Freud, o inconsciente social, Echelon e a mídia

No poema-livro Café – Tragédia Secular, do poeta modernista brasileiro, Mário de Andrade, é possível ler os seguintes versos: “Eu sou aquele que disse:/ eu sou a fonte da vida/Não conte o segredo aos grandes /e sempre renascerás./Força!... Amor!... trabalho!... paz...”. Por sua vez, no poema “Nosso Tempo”, do livro A rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade, os seguintes versos podem ser lidos: “ó conta, velha preta, ó jornalista, poeta, pequeno historiador/[urbano/ó surdo-mudo, depositário de meus desfalecimentos, abre-te e conta,/moça presa na memória, velho aleijado, baratas dos arquivos,[...], colchetes no chão da/[costureira, luto no braço, pombas, cães errantes,/[animais caçados, contai./Tudo tão difícil depois que vos calastes...”
Que relação possível teria entre os versos “Não conte segredo aos grandes/ e sempre renascerás”, de Mário de Andrade; e o apelo do poeta mineiro, Carlos Drummond de Andrade, para que os não grandes, velhas pretas, poetas, pequenos historiadores, pombas, cães errantes contem ou venham a contar os seus segredos inconfessáveis? Como guardar segredo aos grandes e contar aquilo que estes não apenas não querem ouvir, mas também e antes de tudo fizeram calar? O inconsciente social de uma dada época de tradição do oprimido estaria na relação entre o que se conta para os grandes, através destes e o que é calado, inviabilizado, tornando-se inconfessável?
Para ler o texto completo de Luís Eustáquio Soares clique aqui

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